sexta-feira, outubro 12, 2007

Mais...

Malai Muti deixou um novo comentário na sua mensagem "Mais sobre o abandono de Portugal a Timor-Leste......":

Já aqui escrevi sobre a (des)organização da cooperação portuguesa em Timor. Vejo que você está cheio de ilusões quanto à cooperação... se achar que a politica interna é má... as politicas internacionais, a diplomática... é bem pior!!!

A mim parece-me que o investimento de Portugal em Timor foi mais para "Inglês" ver...

Portugal em Timor tem interesses e uma posição antagónica à austrália.

Portugal estava e estará em Timor de peito aberto, sem jogos, sem interesses escamoteados, em parte para se redimir do processo de descolonização que deixou Timor à sua sorte... abandonado... e pimba... os indónésios entraram e fizeram o que todos conhecemos.

Os vizinhos australianos, querem o mar de timor, o petróleo que já era seu... e as posições geo-estratégicas... e para o conseguir, fazem o que for precisso, sem qualquer problema, ético ou moral, pois timor e seus habitantes são e serão para eles cidadãos de segunda... Basta ver as carrinhas que troxeram para Timor para transportar os detidos... parecem os carros que aqui em Portugal o canil usa!!

Basta pensar que só na decada de 50 foi proibida por lei as caçadas aos aborigenas... era precisso proibir???? Há... mas há relatos que existiram até aos anos 80 clatestinamente...

Portugal, sempre foi subserviente aos americanos... e os australianos são quem zela pelos interesses americanos nesta zona do globo... logo... entra a diplomacia e portugal sai!!

Mas questiono-me também sobre os verdadeiros propósitos da cooperação portuguesa...

A titulo de exemplo, a lingua, bem sabemos que a ideia de formar professores para estes depois ensinarem as crianças foi uma asneira, pois alguêm que não tenha tido a lingua portuguesa como lingua mãe, dificuldades terá em falá-la e escreve-la correctamente... logo ensinar outros... asneira...!!!! Deviam era ter apostado nas crianças... que depois serão por sua vez Pais e ensinariam os seus filhos... é assim, ou é precisso demorar 7 anos a perceber que a aposta foi errada... ou não interessava ver? Não sei, fica-me a duvida...

A Justiça... veio muito dinheiro para a justiça, mas será que chegou aos tribunais, com meios humanos e suficientes??? Não me parece... a maioria ficou-se na manutenção da máquina administrativa e burocrática das Nações Unidas!!!


Tinham muitos juízes e procuradores... era precisso era dizer que eram muitos... ok, mas serem muitos é bom... e quem cumpria as decisões dos mesmos??? Quem punha o tribunal a funcionar??? Funcionários para o tribunal a cooperação portuguesa e nações unidas só tinham 3 ou 4 pessoas... mas juizes e procuradores eram bem mais!!!! Não é precisso ser grande entendido na matéria para ver que algo estava errado. Será que não sabiam ou não interessava ver??? As minhas duvidas mantêm-se...

Para terminar, digo-lhe que não vai adiantar muito reclamar com a cooperação... as minhas duvidas mantêm-se!

Mais sobre o abandono de Portugal a Timor-Leste...

Comentário na sua mensagem "Portugal negociou e entregou Timor-Leste à Austrál...":

Corroboro o que está escrito! Portugal, com tanto paleio de "COOPERAÇÃO" e...veja-se a triste figura!

Porque não há-de Portugal dedicar-se a TIMOR como se de um filho pequeno se tratasse, para ao menos fazer esquecer o que em devido tempo NÃO fez por TIMOR!?

Vai ter que ser, uma vez mais, o cidadão anónimo a não deixar cair TIMOR!! É preciso que continuemos a falar, a gritar, que houve um povo que sofreu muito e precisou de ajuda e que agora continua a precisar!!

A comunicação social é sempre a mesma coisa: se há sangue, os vampiros voam logo para lá, se não há...esquece-se!

Porque é que a RDP-ANTENA 1 TEM UMA FREQUÊNCIA CHAMADA "RDP ÁFRICA" E NÃO TEM UMA "RDP ÁSIA"????

PORQUE É QUE ACABARAM COM O PROGRAMA DE QUARENTA E CINCO MINUTOS, (QUE COMEÇOU ANTES DA INDEPENDÊNCIA E ACABOU POUCO TEMPO DEPOIS) E ERA TRANSMITIDO ÀS QUARTAS FEIRAS DO CENTRO CULTURAL CAMÕES OU DE QUALQUER OUTRO LOCAL DE TIMOR, EM QUE O ANTÓNIO VELADAS DEU A CONHECER UM TIMOR PROFUNDO, TENTANDO ASSIM MOSTRAR A ALMA DO POVO DE TIMOR???

PORQUE ACABOU ESSE PROGRAMA???

PORQUE NÃO TEMOS REPORTAGENS NA RTP, PELO MENOS, SOBRE O QUE A COOPERAÇÃO PORTUGUESA FAZ EM TIMOR???

Estou a tentar ir trabalhar para Timor e digo-vos. é bom que a Cooperação funcione porque senão, vou arranjar um pé de vento!!!

Fítun Taci

Vergonhoso

Blogue AZ - Abaixo de Zero - Quinta-feira, 11 de Outubro de 2007

Nuno Pinto

É uma situação no mínimo estranha. Por falta de condições nos estádios do país, a selecção de futebol de Timor Leste vai defrontar Hong Kong, na fase de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2010, na Indonésia. Não ter um único estádio para a sua selecção jogar em casa é triste, mas por si só não é vergonhoso. Pois vergonhoso não é bem isso. Vergonhosa é a situação em que o povo de Timor-leste vive, no limiar da dignidade humana. Vergonhosa é a contínua situação de conflito político interno. Vergonhoso é querer tirar vantagens na pobreza dos outros.

Vergonhoso é a relativa indiferença daqueles que não há muito tempo erguiam lenços brancos e faziam correntes humanas.

Onde está essa gente toda? Aqui mesmo, na surdina.

Onde está Timor-Leste? No mesmo sítio e na mesma pobreza.

Mea culpa.

Thursday, 11 October 2007 - UNMIT – MEDIA MONITORING

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any consequence resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports

Mario Carascalao: Anticipate Election If there is Insecurity

The Social Democrat Party President, Mr. Mario Carascalao said there will only be elections if the Government fails to create a secure nation.

However, he added that instability should not be created to force an election. (DN)

Taur Matan Ruak Believes Situation Back to Normal

The F-FDTL Brigadier-General, Taur Matan Ruak said that the security situation in the country is returning to normal.

He said that this is due to continued collaboration between all entitled including the government, UNMIT and the ISF.

“The situation in eastern part is back to normal and due to this, the F-FDTL will be withdrawn and return to headquarters,” said the General. (DN)

“Jardim” Refugees Demand National Parliament

Ten representatives of the Internal Displaced Persons camp located in Jardim-Colmera-Dili have demanded the Government speed up solving the problems that are preventing them from returning home.

“Refugees are demanding that they want to leave the camps very soon,” said Fernanda Borges, member of Commission C. (STL)

Paulo Martins Ready to Be Witness for the PNTL Massacre

Former PNTL Commander, Paulo de Fatima Martins, now as member of National Parliament said that he is ready to be witness in court regarding 25 May 2006 case.

Mr Martins has been formally requested by the Court to be a witness. (TP)

Palácio das Cinzas, 12 October 2007 - Press Release

“I will remember Ken Fry for the rest of my live as a carrying human being,”

A Former Federal Parliament member, Mr Ken Fry, passed away at the age of 87, on October 10 2007. As soon as HE President Ramos-Horta arrived from New York, he phoned his wife Audrey Fry and his son Warwick to whom he expressed his friendship and sympathy.

Ken Fry is one of the most loyal and persistence supporters of the Timor-Leste’s struggle for independence since 1974-1975. He was a champion cause of Timor-Leste’s independent, with the Federal Parliament in Cambera and elsewhere.

For 24 years, Ken Fry was always a staunch supporter of Timor-Leste, he is a personal friend of President Ramos-Horta who they have been a friend with him and family over the years.

“I know Ken Fry for more than 30 years and he taught me about friendship, solidarity, and compassion. He hosted me in their home, gave me political support for many years,” President Ramos-Horta said.

“I will remember him for the rest of my live as a carrying humanbeing and as an inspirator. He is a truly inspiring human being.

Fry was born in Inverell New South Wales and completed a diploma at the Hawkesbury Agricultural College in 1938. During World War II, he served in the Second Australian Imperial Force from 1939 to 1945, including service in New Guinea, Borneo and South East Asia. He married Audrey Clibbens in 1946 and then worked in business and farming in the Bathurst district from 1947 to 1967. He joined the Australian Public Service in 1968 as an agricultural officer. He completed a B.A. at the Australian National University in 1973 and a B.Litt. in 1981.

ENDS

Mais sobre o abandono de Portugal a Timor-Leste...

Comentário na sua mensagem "Portugal negociou e entregou Timor-Leste à Austrál...":

Portugal continua a desinvestir em Timor, a prova disso é o abandono a muito curto prazo da cooperação entre a Fundação das Universidades Portuguesas e a Universidade Nacional de Timor Lorosae.

Existem fortes pressões e desinvestimentos por parte da FUP e do IPAD, prejudicando claramente a qualidade de ensino e os alunos timorenses, com o intuíto de terminar a sua cooperação o mais rapidamente possível.

Este ano alguns dos cursos deixam de funcionar e a curto prazo terminarão os outros, ficando assim, a meio um projecto em que Portugal ja investiu muitos milhões de euros.

A Austrália está preparada para arrancar com uma universidade em Timor assim que Portugal feche mais esta porta.

Mais sobre o abandono de Portugal a Timor-Leste...

Comentário na sua mensagem "Portugal negociou e entregou Timor-Leste à Austrál...":

Não é que seja inocente, mas por algum tempo acreditei que Timor podia ser mesmo independente. É verdade que os dinheiros enviados por Portugal para Timor não foram aplicados da melhor maneira e muitas criticas podiam ser feitas, mas também se podia mudar a forma em que a cooperação se encontrava (des)organizada e não desistir!

Para quem trabalhou em Timor e sentiu a alma do seu povo, fica desiludido com a a anunciada decisão, pois sabe que Timor e os Timorenses não vão com toda certeza para melhor.

É certo que os lideres timorenses também terão a sua parte de responsabilidade no sucedido, mas, não nos podemos esquecer que a suposta independência de timor é muito recente.

Não me queria alongar muito... mas como estou revoltado terei sempre que dizer que é verdade, caros amigos, para quem duvidas tivesse, a "teoria da conspiração" existiu de facto e... conclui-se!

Os meus parabêns ao ex-primeiro ministro Mari Alkatiri por ter sido um resistente e um sonhador, sim, porque ele quis um Timor verdadeiramente independente, dos FMI`s, das ingerências estrangeiras. Desculpe os que não o compreenderam, que não perceberam o seu sonho para Timor. O povo queria resultados rápidos e não consegui esperar... a austrália dará a timor essa resposta rápida, mas a factura a pagar será alta e de subjugação...

Ministro dos Estrangeiros das Ilhas Salomão condena a ocupação Australiana na Assembleia Geral da ONU

Tradução da Margarida:

WSWS
Por Patrick O’Connor, Candidato do Partido Socialista para a Igualdade por Grayndler
11 Outubro 2007

O prolongado conflito entre os governos das Ilhas Salomão e Australiano escalou no princípio do mês quando o ministro dos Estrangeiros do país do Pacífico Patteson Oti denunciou a “ocupação” pela Austrália na Assembleia Geral da ONU. O discurso estridente de Oti marcou uma escalada significativa das trocas de palavras cada vez mais crescentemente hostis entre os dois países.

As tensões estão-se a acumular já há mais de um ano, dado que o governo Australiano do Primeiro-Ministro John Howard tem tentado desestabilizar e derrubar a administração das Ilhas Salomão liderada pelo Primeiro-Ministro Manasseh Sogavare.

A caracterização por Oti da presença da Austrália nas Ilhas Salomão como uma força de ocupação é inteiramente correcta. Em 2003, mais de 2,000 soldados e policies foram destacados debaixo da bandeira da Missão de Assistência Regional para as Ilhas Salomão (RAMSI). Montes de burocratas Australianos, funcionários judiciais, e outro pessoal tomou o controlo efectivo do aparelho de Estado do país, incluindo polícia, prisões, sistema judicial, serviços públicos e departamento das finanças.

A operação neo-colonial é de duração indefinida e o governo de Howard deixou claro que não admite interferências do governo das Ilhas Salomão. Respondendo ao discurso de Oti, o ministro dos estrangeiros Australiano Alexander Downer acusou o governo de Sogavare de tentar destruir a RAMSI. Os media enterraram com eficácia a história, enquanto o Labor e os Verdes mantêm a boca rigorosamente calada.

Este silêncio—depois de um representante de topo de um governo vizinho ter emitido a denúncia extraordinária da intervenção da Austrália na região perante o fórum dos líderes do mundo—fornece uma prova reveladora da extensão do apoio à operação nas ilhas Salomão do governo de Howard por todo o campo político e dos media.

A direcção para manter à força o controlo directo de Canberra, com a violação da lei internacional e os direitos democráticos dos habitantes comuns das Ilhas do Pacífico para determinarem o se próprio futuro, será uma das que não serão mencionadas na campanha para as próximas eleições. Seja qual for o partido que vá para o Gabinete, as manobras sujas e os truques porcos que têm caracterizado as operações do governo de Howard na região continuarão sem pausa.

Em 1 de Outubro, Oti dirigiu-se à Assembleia Gerald a ONU declarando que “o nosso direito soberano para determinar os termos pelos quais o governo das Ilhas Salomão permitirão a nossa continuada ocupação pelo contingente visitante não pode ser minado por nenhum membro das Nações Unidas.” Continuou ele, “seja qual for a embalagem ou a racionalização, a intervenção e ocupação autorizam as nações ‘assistidas’ a gastar e a receber rendimentos substanciais para os seus negócios e indústrias de apoio. O meu é um governo demasiado nacionalista para se tornar refém das fortunas que justificam a nossa perpétua retenção sob cerco.”

Sogavare e os seus apoiantes representam uma camada de elite das Ilhas Salomão que, ao mesmo tempo que não tinham uma oposição de princípio à intervenção do governo de Howard, está a tentar monobrar entre poderes e pressões rivais de Canberra para reconfigurar a missão da RAMSI numa nova base mais favorável aos seus interesses. Depois de chegar ao poder em Maio do ano passado, o governo de Sogavare tentou reduzir o controlo da RAMSI sobre o departamento das finanças do país e terminar com o veto efectivo sobre gastos públicos. O primeiro-ministro tem repetidas vezes insistido que não procura expulsar a RAMSI e que quer um compromisso com o governo de Howard.

O discurso de Oti perante a ONU incluiu um apelo para o órgão mundial actuar como um contrapeso a Canberra. Contudo um maior envolvimento da ONU nada alterará. Em Timor-Leste, para dar apenas um exemplo, o órgão mundial tem carimbado a força de intervenção dominada pelos Australianos e nada disse quando Canberra conspirou para expulsar o governo da Fretilin de Mari Alkatiri.

Contudo o governo das Ilhas Salomão espera ganhar o apoio doutros poderes para pressionar o governo de Howard. Até agora, Canberra tem recusado qualquer compromisso. Sogavare e os seus ministros de topo têm sido alvejados juntamente com o procurador-geral Julian Moti, que está ainda a ser perseguido com um pedido de extradição inventado relativo a alegações de violação que foram descartadas num tribunal de Vanuatu em 1999. Em 4 de Agosto o governo de Sogavare rejeitou formalmente o pedido de extradição, descrevendo a tentativa de processo como “nada mais do que uma caça às bruxas política”.

Os esforços do governo de Howard para destruir politicamente Moti têm sido guiados especialmente pela sua determinação em fazer descarrilar a Comissão de Inquérito sobre as causas dos motins de Abril de 2006, que destruíram muito da capital das Ilhas Salomão, Honiara. Evidência substancial indica que polícias e tropas da RAMSI estiveram deliberadamente parados para facilitar a destruição desencadeada por desassossego pós-eleitoral antecipado por muita gente.

O Ministro dos Estrangeiros Oti referiu os esforços de Canberra para travar o inquérito no seu discurso na ONU, sublinhando que a investigação “finalmente este ano está a avançar depois do falhanço de manobras orquestradas do exterior para o descarrilar”. Ele insistiu que “o meu governo está determinado em aprofundar as causas históricas das fricções entre as nossas gentes”.

Parlamento das Ilhas Salomão prepara a revisão da RAMSI

A operação nas Ilhas Salomão é o alfinete de segurança das ambições estratégicas de Canberra no Sul do Pacífico. As rivalidades dos grandes intensificam-se enquanto aumenta a influência económica e diplomática de Pequim. As despesas do governo de Howard de mais de um bilião de dólares com a RAMSI desde 2003 são vistas como um investimento crítico a longo prazo, com a operação louvada como um modelo para potenciais tomadas de poder noutros Estados do Pacífico. Um revés teria enormes consequências.

O governo de Howard está particularmente preocupado com a decisão do parlamento das ilhas Salomão de 26 de Agosto de rever o Acto de 2003 de Facilitação da Assistência Internacional. Isso esboçou esta legislação e forçou à sua ratificação antes da intervenção inicial. O Acto de Facilitação dá ao pessoal Australiano poderes integrais, incluindo imunidade completa da lei local e isenção de todos os controlos de imigração e vistos. Isenta ainda corporações estrangeiras conectadas com a RAMSI de muitos registos comerciais e de obrigações fiscais.

O Procurador-Geral Moti escreveu um memorando detalhando o carácter duvidoso do Acto de Facilitação em relação tanto com a lei internacional como com a Constituição das Ilhas Salomão. Moti sublinhou que a chamada missão de assistência regional, RAMSI, nem sequer está mencionada no Acto. Isso não deixa evidente “a natureza precisa da sua personalidade legal”. Similarmente o Acto não inclui nenhuma referência ao Fórum das Ilhas do Pacífico ou a nenhuma outra organização regional ou internacional, o que faz uma paródia dos esforços do governo de Howard para apresentar a sua tomada de poder como uma operação multilateral e regional.

Moti levanta ainda uma série de questões relativas à Secção 24 do Acto de Facilitação, que impede o parlamento das Ilhas Salomão de aprovar legislação subsequente “emendas ou revogações, ou de qualquer outro modo para alterar o efeito ou a operação de, deste Acto ou legislação subsidiária feita sob este Acto”. Esta condição especial que contraria normas constitucionais e parlamentares há muito estabelecidas, tinha o objectivo de garantir que o parlamento continuasse a ser uma fachada impotente para as autoridades ocupantes Australianas.

O chefe da RAMSI Tim George convocou no mês passado uma conferência de imprensa em Honiara para denunciar a revisão pendente. Sem tentar sequer rebater qualquer especificidade da análise legal de Moti do Acto de Facilitação, George descreveu o memorando do Procurador-Geral como um “documento muito defeituoso e confuso” que “revela uma abordagem mental negativa da RAMSI”.

O desabafo de George enfatiza a oposição entrincheirada de Canberra a qualquer modificação dos termos da operação. A insistência em que polícias, soldados e burocratas Australianos continuem sem responsabilização e acima da lei expõe o carácter fraudulento das afirmações do governo de Howard de que a RAMSI é uma operação “humanitária”. A RAMSI quer imunidade legal para permitir que opere sem restrições em defesa dos interesses das corporações Australianas. De certeza que reprimirá com ferocidade qualquer movimento opositor que se desenvolva no seio da população local.

As Ilhas Salomão permanecem entre os países mais empobrecidos do mundo. Virtualmente não foi gasto na educação e na saúde nenhum dinheiro da ajuda Australiana, ao mesmo tempo que a presença de centenas de empregados altamente pagos da RAMSI inflacionou as médias de alugueres e outros custos de vida. No meio do ressentimento crescente e da frustração, particularmente entre jovens desempregados que vivem nos bairros de lata de Honiara, está a contar o tempo duma bomba social.

O governo de Howard continua a insistir que a RAMSI goza do apoio duma vasta maioria, e reclamou de facto o direito de descartar o parlamento e o governo das Ilhas Salomão na base de um “mandato” popular “. Uma sondagem patrocinada pela RAMSI emitida o mês passado tentava mostrar to que 90 por cento da população apoiava a presença da RAMSI e que uma maioria pensava que re-emergiria a violência comunal se as forças estrangeiras fossem forçadas a sair.

Previsivelmente, Downer e George agarraram a oportuna emissão das conclusões da sondagem para cantarem vitória.

Contudo foram levantadas questões sérias acerca da sondagem. O ministro das Finanças Gordon Darcy Lilo ordenou uma investigação criminal a alegados pagamentos secretos de $SI100,000 ($A16,000) feitos a estatísticos do ministério das finanças e do tesouro, que usaram recursos e informação pública para a sondagem da RAMSI. “Esses funcionários recebem salários para trabalhar para o governo,” declarou Lilo. “È suposto que salvaguardem as nossas informações do serviço de informações nacional e que não as vendam para ganhos pessoais privados.... Isto é provavelmente apenas a ponta do iceberg. Quem sabe o que é que mais se passa neste país sem o nosso conhecimento e aprovação?”

Autorizado por N. Beams, 40 Raymond Street, Bankstown, NSW

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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