sábado, outubro 13, 2007

Ajuda a Timor-Leste... apesar do bloqueio (Os desafios da economia cubana)

Desde 3 de abril de 2004 que chegaram a Timor-Leste os primeiros membros da Brigada Médica Cubana até 30 de julho de 2007 foram feitas 1.578.939 consultas externas, 499.396 consultas de terreno, 9.696 cirurgias, 8.961 vidas salvadas... Hoje já estão a funcionar 212 salas de aulas, em igual número de sucos, cumprindo com a Campanha Nacional de Alfabetização que implementa-se segundo o programa cubano “Eu sim posso”, assessorado por professores cubanos... Mais de 700 jovens timorenses estudam Medicina em Cuba e em Timor-Leste com professores médicos cubanos...

Se depois de 48 anos, os cubanos só pudessem exibir como resultados positivos da Revolução, o que já conseguiram em saúde e educação do povo, bastaria para que o mundo todo sentisse admiração por essa nação.

Passaram 48 anos a resistir invasões, agressões de todo tipo, ações terroristas que já custaram a vida a milhares de filhos e danos físicos irremediáveis a muitos outros, de luta por sobreviver um bloqueio genocida cujas perdas econômicas ultrapassam 89 mil milhões de dólares e tem obrigado a investir grandes esforços e recursos na defesa do país; bloqueio que já foi condenado pela Assembléia Geral das Nações Unidas durante os últimos quinze anos; bloqueio que se mantem desconhecendo o apelo da maioria da comunidade internacional.

Quando desapareceu o bloco socialista da Europa do Leste e a União Soviética desintegrou, Cuba perdeu, em pouco menos de dois anos, mais de 75% dos mercados de exportação e mais de 70% das importações. Os treze milhões de toneladas de petróleo que recevia para satisfazer as suas necessidades, tornaram-se reduzidas a três milhões. Em 1992, o PIB já tinha caido em 35% com relação ao ano 1989 e o país estava envolvido numa profunda crise econômica. Muita gente vaticinou um colapso inevitável e os adversários de Cuba aproveitaram para acrescentar, muito mais, a guerra econômica.

Superar a crise, que foi o periodo mais difícil da sua história, em condições de bloqueio cruelmente acrescentado, obrigou os cubanos a fazerem grandes sacrifícios. Os cubanos sofreram carestias de todo tipo, graves afetações em serviços básicos, depresão em setores completos da economia nacional. Tiveram necessidade de recompor a sua sociedade, adaptar sua economia às novas condições, e de pospor a realização de sonhos desejados e merecidos.

Levou aos cubanos mais de uma década superar a crise mas conseguiram.

Em 2006, a economia cubana cresceu 12,5%, o maior crescimento atingido nos anos da Revolução e o mais alto da América Latina. Este alto crescimento do PIB é continuação da tendência que começou em 2004 com 5,4%, e continuou em 2005 com 11,8%. Isto foi possível num ano em que a guerra econômica contra o povo cubano tinha atingido a sua mais alta intensidade na perseguição das operações econômicas cubanas, das remessas e das visitas ao nosso país; no qual o petróleo manteve preços altíssimos e os dos alimentos subiram notávelmente.

Apesar das grandes dificuldades dos últimos 48 anos, e de ser um país subdesenvolvido, não apenas são a saúde pública e a educação os resultados positivos da Revolução. Os cubanos também podem exibir com orgulho realizações extraordinárias em esporte, em cultura, em segurança social da qual se beneficiam hoje mais de um milhão de aposentados e pensionistas, no desenvolvimento das ciências com 30 mil cientistas que já construiram modernos centros de pesquisas e de produção de medicamentos, no desenvolvimento de recursos humanos a contar hoje com mais de 800 mil diplomados universitários e todos os trabalhadores do país com nível médio básico (nove classes) como mínimo.

Cuba é hoje o país de maior eqüidade na distribuição do ingresso na América Latina, aquele que possui os serviços de educação elementar e secundária de maior qualidade assim como os de saúde, o primeiro em indicadores favoráveis de mortalidade infantil em menores de um ano (5,3 por cada mil nascidos vivos, só superada na América pelo Canadá), com uma expectativa de vida ao nascer de 76 anos, aquele de menor taxa de desemprego con 2%, quem oferece atenção médica primária permanente e remisão a serviços gratuitos de alta tecnologia, quem oferece atenção segura e grátis à mulher grávida e a toda criança menor de um ano, quem garante formação educacional de mais de nove classes a todos os jovens e aceso a estudos de nível superior em qualquer lugar do país a todos os que queiram fazer, e que conta hoje com mais de 600 mil estudantes universitários.

Cuba é o país que tem o mais alto número de médicos no mundo per cápita (um médico a cada 167 pessoas).

Segundo a UNESCO, Cuba tem a menor taxa de analfabetismo e a maior taxa de instrução da América Latina.

Segundo a prestigiosa organização não governamental World Wild Fund (WWF), Cuba é, nesta altura, o único país do mundo que combina um alto desenvolvimento humano e um desenvolvimento medioambiental sustentável.

E em conseqüência com a sua vocação internacionalista, a Revolução cubana compartilha seus recursos e suas experiências com as nações irmãs do Terceiro Mundo.

Cuba tem milhares de médicos e outros trabalhadores do setor da saúde fornecendo cooperação em mais de 60 países, onde têm ido para ajudar a remediar os danos causados por desastres naturais e a pedido de muitos governos de diferentes sistemas políticos, sem outra aspiração que não seja ajudar esses povos. Nesses muitos lugares, os nossos colaboradores têm cumprido a suas missões e têm voltado com o agradecimento e reconhecimento de governos e povos, como aconteceu na Indonésia, no Pakistão e noutras latitudes.

Na verdade, se inclui-se a cooperação em educação, esportes, agricultura, e outras áreas, os cubanos cooperam hoje com mais de 30 mil colaboradores em mais de 100 países. Nas escolas e universidades cubanas já se formaram mais de 45 mil jovens de 129 países do Terceiro Mundo e atualmente estão a estudar mais de 27 mil bolsistas, 80% deles nas Faculdades de Medicina.

O programa cubano de alfabetização, “Eu sim posso”, aplica-se com sucesso em dezesseis países e em outros seis trabalham para implementá-lo.

Conjuntamente com a Venezuela e em poucos anos, mais de meio milhão de latinoamericanos e caribenhos pobres, beneficiados pela chamada “Operação Milagre”, recuperaram a visão a través de cirurgias oftalmológicas gratuitas.

Em Timor-Leste, centos de médicos cubanos assistem ao povo maubere, espalhados pela geografia toda do país, e desta maneira ajudam a salvar vidas e prevenir doenças dos seus irmãos timorenses. Ao mesmo tempo, em Cuba, estudam medicina centos de jovens timorenses para que, daqui a uns anos, possam resolver definitivamente as limitações de médicos no Sistema de Saúde com seus próprios meios e recursos. A cooperação, que também se implementa em educação e, com certeza, se estenderá a outras áreas no futuro.

Alguns não entendem o que é que cubano busca com a cooperação neste país, por outro lado, outros imaginam que Cuba é um país muito rico. É importante todos saberem que os cubanos em Timor-Leste recevem e receverão o reconhecimento e o amor do povo agradecido, que é a única coisa à que aspiram; e que Cuba não da o que lhe sobra, os cubanos compartilham o que ganharam com muito sacrifício... apesar do bloqueio genocida dos Estados Unidos de América durante quase meio século.

(Arsenio A. Lesmes)

Relatório de Cuba sobre o bloqueio em 2007: http://www.cubavsbloqueo.cu/Informe2007/index.html

Mais informações podem ser obtidas escrevendo para: PRIMER SECRETARIO embacubatimor2@mail.timortelecom.tp


Nota de Rodapé:

Em primeiro lugar gostaria de reconhecer e agradecer o apoio de Cuba a Timor-Leste, nomeadamente na área da medicina. Desde os cursos que facultam aos jovens timorenses em Cuba, aos médicos que enviam para Timor-Leste, esta ajuda tem sido preciosa e praticamente única.

Os médicos cubanos marcam a diferença por todo o território, estão presentes em praticamente todos os centros de saúde ou hospitais, e na maioria dos casos são a única assistência médica às populações fora de Díli.

Nenhum outro país deu a Timor-Leste uma ajuda tão eficaz na área da medicina.

Lembro um episódio passado no hospital Guido Valadares em Díli, onde um grupo de amigos tentava evacuar para a Austrália, a seus custos, um amigo timorense em coma, com tramatismo craniano e sem qualquer hipótese de sobreviver nesse hospital. Esse timorense também tinha passaporte português e é casado com uma portuguesa.

Quando conseguiram contactar o hospital de Darwin, que aceitou o doente, os médicos pediram para falar com o médico que o assistia em Díli, que era australiano.

Quando lhe perguntaram se se tratava de um português, o médico australiano respondeu que "estou a olhar para ele e parece-me tudo menos português, é timorense."

Depois disto, o hospital de Darwin recusou-se a receber o doente.

Quando tentaram evacuá-lo para Sidney, Perth, e muitas outras cidades na Austrália, sempre que os médicos de lá falavam com o médico do Hospital de Díli, a resposta era a mesma. Não existia uma única cama de cuidados intensivos na Austrália!

Apenas com a ajuda do MNE português junto das autoridades em Camberra, e da embaixada de Portugal em Díli, foi evacuado para a Austrália, dois dias depois.

Dúvido que algum médico cubano tivesse este tipo de atitude.

Mas não posso deixar de lamentar o facto de Cuba ser uma ditadura, com presos políticos, sem liberdade de expressão ou de movimentos para os seus nacionais. O que não só lamentamos, mas condenamos vivamente.

E também lamentamos, que as democracias ocidentais, que fazem tanta publicidade acerca dos montantes do seu apoio aos países sub-desenvolvidos, que na realidade fazem chegar tão pouco ao terreno e na maior parte das vezes com tão pouca eficácia, comparando com a ajuda de Cuba.

Basta dar o exemplo da "ajuda" australiana. Por cada milhão que "dão" a Timor-Leste roubam 30 ou 40 milhões em petróleo, por não cumprirem as leis internacionais marítimas.

Ou Portugal, que todos os anos anuncia uma ajuda de vários milhões de euros e que depois apenas "entrega" um quarto ou menos, porque o IPAD atrasa ou não executa deliberadamente os projectos. E mais um assunto para o qual o Governo socialista também não tem oposição.

PELOS BIRMANESES ESCREVA AOS DITADORES

You can copy and paste this sample letter into an e-mail or a document to print out. If you are planning to write your own appeal please read our letter writing guide.
Please send appeals to:

Foreign Minister Nyan Win Ministry of Foreign Affairs Naypyitaw Union of Myanmar
Fax: +95 1 222 950 OR +95 1 221 719
E-mail: mofa.aung@mptmail.net.mm

Dear Minister

I am deeply concerned by the reports that hundreds of monks and other peaceful protesters, including well-known comedian Zargana and member of parliament Paik Ko have been detained.

I strongly urge the Myanmar authorities to release them immediately and unconditionally, unless they are to be charged with recognizably criminal offences. I call on the authorities to ensure that, while they remain in custody, all the detainees are held only in official places of detention, and are given immediate access to lawyers, their families and any medical treatment they may require. I also call on the authorities to ensure that the detainees are not subjected to torture or any other ill-treatment.

I call on the authorities to ensure that all people in Myanmar are able to peacefully exercise the rights to freedom of expression, association and assembly without fear of harassment, intimidation or arbitrary detention, in line with international human rights standards.

Yours Sincerely

(nome, país)

ENTREGÁMOS TIMOR-LESTE À AUSTRÁLIA?

In Blog Portugal Directo

Quinta-feira, 11 de Outubro de 2007
TIMOR-LESTE MERECE MELHOR!


Para quem tem ou teve, de algum modo, ligação com Timor e com os timorenses torna-se doloroso saber o que lá se passa e aquilo que não tem sido feito com os apoios publicitados pela comunidade internacional e principalmente por Portugal, que é o maior doador.

Muitos milhões de dólares têm sido canalizados para a ajuda a Timor-Leste - assim o anunciam - mas é mais que legítimo perguntar se esses milhões estão na realidade a reverter para os timorenses, para a população timorense, ou se são desviados para contas bancárias dos que não precisam e que são as tais sanguessugas a que muitos apontam os dedos - caso das ONGs, dos gestores internacionais, dos técnicos internacionais, dos peritos internacionais, dos cravas internacionais, etc.

Quem anda a "aboletar-se" com os tais milhões de que tanto se fala mas que o timorenses quase não vêem?

As escolas, têm condições e funcionam convenientemente? A formação profissional está a proceder à formação dos timorenses de forma significativa? Estão a ser criadas estruturas de saneamento básico nas cidades e aglomerados mais populosos? A saúde está a ser olhada com responsabilidade e os hospitais, centros de saúde estão a funcionar com instalações e organização progressivamente melhorada? A habitação continua a não ser condigna para a maioria dos timorenses? Têm-se construído casas ou "barracas"? O investimento tem sido fomentado? A corrupção combatida?

Um sem número de questões poderão ser postas que a resposta é sempre não.
Para cúmulo existem mais de cem mil deslocados a viver em campos de barracas de lona onde falta quase tudo. Até o que comer e água potável!

Será importante referir que estes deslocados são fruto daquilo que denominam de "crise de 2006", mas que se traduz na realidade pura e dura por um golpe de estado fomentado por desassossego da Austrália que encontrou em Xanana Gusmão, Ramos Horta e mais uns quantos, a real predisposição para tomar o Poder a qualquer preço, objectivos que conseguiram.

Verdade seja dita que parece notar-se não ter o governo da Fretilin, com Mari Alkatiri por primeiro-ministro, governado do melhor modo. Igualmente é verdade que Timor-Leste é um país que acabou de nascer e onde todos estão a aprender. Verdade também que Timor-Leste nasceu das cinzas deixadas pelos militares tiranos indonésios - a quem Xanana e Horta abraçam irmã e comovidamente.

Tudo isso é verdade mas não invalida que o governo Alkatiri devesse ter feito mais, muito mais, pelo desenvolvimento acelerado do país. Ajudas não lhe faltaram e dinheiro também não devia faltar. Mesmo que as ajudas não chegassem intactas a Timor-Leste - como certamente não chegaram, pelos motivos apontados e mais aqueles que Malaca Casteleiro apontou.

Verdade, foi também que o governo da Fretilin foi um acesso e imperturbável defensor dos interesses que assistem a Timor no referente ao Mar de Timor, seu petróleo e gás. Que se louve facto tão patriótico.

O mesmo não poderemos dizer sobre a continuidade que Horta e Xanana - actuais ocupantes do Poder - irão dar à defesa desses interesses.

O governo Fretilin era um poderoso e persistente "engulho" para a política neocolonialista do governo australiano do ultra-conservador Howard, por isso o golpe de estado, por isso Horta e Xanana estarem nos cargos que a Howard interessa.

Enquanto isso, o governo português de Sócrates tem andado a pairar e a esquivar-se às responsabilidades morais que tem para com Timor. Em momento algum se referiu à Austrália como a principal força desestabilizadora do país. Freitas do Amaral, então ministro dos Estrangeiros, foi o único que teve um comportamento digno e chamou os bois pelos nomes em relação à Austrália - isto logo no inicio da crise de 2006. Mas Freitas do Amaral foi embora e a corte de Sócrates borrifou-se para o assunto, entregando o caso a um jovem da Cooperação que só há uns anos sabe onde é Timor-Leste, mesmo assim de passagem para a Austrália.

João Gomes Cravinho, secretário de estado da tal Cooperação e mais qualquer coisa, visitou Timor para anunciar que Portugal doaria 60 milhões de dólares americanos em três anos... E que mais?

Disse Gomes Cravinho que era amigo da esposa australiana de Xanana Gusmão. Pois, provavelmente isso bastou. É que mesmo que não se queira pensar torto sabemos que na política as coisas quase nunca acontecem por acaso...

Ao "passear" pelos blogs relacionados com Timor-Leste conseguimos perceber que a "crise" continua e que não será Horta nem Xanana a resolver tão depressa quanto prometeram os enormes problemas que contribuíram para acrescentar aos já existentes.

Os refugiados-desalojados ultrapassam os 130 mil, nem todas as crianças frequentam as escolas, as escolas não têm condições, na maior parte dos casos...

Os jovens de Timor, que são a maioria da população, vagueiam sem perspectivas. Sem educação nem formação profissional. A alimentação é péssima ou muito escassa...

Enfim, a miséria graça por Timor-Leste e desmente os bem intencionados padres que ajudaram ao golpe de estado, os bem intencionados líderes históricos que parecem ser mais amigos dos torcionários indonésios do que dos seus irmãos timorenses.

Nesses mesmos blogues percebemos que há quem em Timor-Leste se aperceba do afastamento do governo português socratiano e sem rebuço afirme que Portugal entregou Timor à Austrália.
Claro que a afirmação é contundente e transmite desgosto para os imensos portugueses que adoram Timor.

No blogue "TIMOR ONLINE" podemos ler a seguinte abertura de post:

"Infelizmente, este governo negociou com o Governo australiano a "entrega" de Timor-Leste.
O SNEC, João Cravinho, deixou de financiar a cooperação nas áreas críticas, em que Portugal contribuia não só para o desenvolvimento de Timor-Leste, mas que também ajudava Timor-Leste a garantir a sua soberania e independência, em relação aos seus vizinhos menos escrupulosos.


Desde os Serviços da Alfândega, ao Gertil (Gabinete de Arquitectura responsável pelos planos de ordenamento), à Missão Agrícola, ao contingente da PSP (quiçá em breve a GNR), à falta de apoio aos juízes portugueses (de partida), às empresas portuguesas, Portugal abandonou Timor-Leste."

O autor deste post não está longe da verdade, aliás, ele documenta em texto as suas afirmações.

Também nos comentários se percebe que há portugueses que se sentem envergonhados com a postura do governo socrático e com alguns portugueses que vão para lá para "sacar" e se borrifam para os valores histórico-culturais que unem portugueses e timorenses. Esses são os escroques de Portugal que deviam ficar pela Austrália assim que pensem em regressar.

Quanto ao governo português de socráticas e vestutas personalidades, esperemos que arrepie caminho em relação aos apoios efectivos que os portugueses querem dar aos timorenses, não esquecendo que para além do cantinho que eles têm nos nossos sentimentos, devemos-lhes imenso moralmente por via de uns quantos militares portugueses cobardolas e pseudo revolucionários que deixaram uns quantos jovens de Timor tornarem-se em "líderes" da desgraça do país - coisa que continuam a querer ser apesar de já estarem na casa dos sessentas.

Timor-Leste merece melhor, muito melhor!

Tenhamos esperança que Cravinho ainda não tenha entregue Timor-Leste à Austrália e que a oposição parlamentar saiba perguntar exactamente isso ao primeiro-engenheiro. Engenheiro?

Isso para muitos nunca foi devidamente esclarecido.

É isso e não haver corrupção em Portugal. Olha quem o diz!

Mário Motta

Pobreza: Portugal é dos países desenvolvidos que menos ajuda dá aos mais pobres – relatório

8:30 Sábado, 13 de Out de 2007

Lisboa, 13 Out (Lusa) - Portugal é um dos países em desenvolvimento que menos ajuda dá aos países mais pobres, estando longe de cumprir as metas estabelecidas para o cumprimento dos Objectivos do Milénio, revela um relatório divulgado sexta-feira.

De acordo com o Índice de Compromisso para o Desenvolvimento (ICD) 2007, no ano passado "Portugal deu apenas 0,21 por cento do Rendimento Nacional Bruto (de 315,8 milhões de euros)" para os países mais pobres.

Em declarações à agência Lusa, Luís Mah, coordenador em Portugal da campanha do Milénio das Nações Unidas, disse que "esse valor não dá mais do que oito cêntimos por cada português".

"Acredito que Portugal pode dar mais do que isso", acrescentou.

Para o responsável, ICD mostra que Portugal está "muito longe" de cumprir os compromissos assumidos na Declaração do Milénio, em 2000, que foram de dar 0,51 por cento do Rendimento Nacional Bruto até 2010 e 0,78 por cento até 2015.

Segundo o Índice de Compromisso para o Desenvolvimento, numa comparação aos esforços dos 21 países que assinaram a Declaração do Milénio estão a fazer para cumprir os objectivos propostos, Portugal encontra-se em 18º lugar.

"Os índices da 'Ajuda' e 'Migrações' são os piores, estando Portugal em último lugar da tabela no que respeita às 'Migrações'", disse à Lusa Luís Mah.

O "Comércio", a "Segurança" e a "Tecnologia" são os índices onde Portugal obteve melhores resultados.

Para Luís Mah, o facto de este relatório ser divulgado no mesmo dia em que foi apresentado o Orçamento de Estado na Assembleia da República, é positivo.

"Temos de continuar a fazer ver que é preciso manter e cumprir os objectivos assumidos", disse o responsável, para quem "cabe ao ministro das Finanças aumentar o orçamento para a Ajuda Pública para o Desenvolvimento".

"É isso que gostaríamos de ver reflectido no Orçamento de Estado", acrescentou.

Questionado pela Lusa, Luís Mah disse ter "esperanças" que Portugal consiga cumprir o que prometeu.

Quanto aos Objectivos do Milénio, o responsável mostrou-se optimista em vê-los atingidos.

"Acreditamos que o mundo tem os recursos necessários para vencer a pobreza", afirmou.

MCL.

Lusa/Fim

Ramos-Horta mostra reservas à atribuição do Nobel a Al Gore

AO Online
Internacional 2007-10-12 17:33

O presidente de Timor-Leste congratulou-se com a atribuição do Nobel da Paz à causa do ambiente, mas lamentou que Al Gore, hoje premiado, não tenha tido o mesmo empenho nesta área quando foi vice-presidente dos EUA.

"Se a decisão do Comité Nobel é para promover ainda mais a causa da luta pelo meio ambiente, para a prevenção das alterações climáticas, se é isso, é uma decisão que traz mais consciencialização sobre uma determinada questão ou causa", afirmou José Ramos-Horta, referindo-se ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC) que dividiu com Al Gore o Nobel da Paz deste ano.

"No tocante a Al Gore, o papel dele é recente. Não sei sequer o que ele fez pelo meio ambiente quando foi vice-presidente durante oito anos (1993 a 2001) na Casa Branca", afirmou o Nobel da Paz de 1996, em declarações à Antena 1.

"Com o poderio da Casa Branca, dos Estados Unidos, se Al Gore, mais Bill Clinton (o então presidente), tivessem feito o que ele fala hoje, creio que teríamos avançado muito mais" na luta pela preservação do Meio Ambiente, acrescentou.

Al Gore e o IPCC foram distinguidos hoje pelo Comité Nobel norueguês "pelos esforços de recolha e difusão de conhecimentos sobre mudanças climáticas provocadas pelo Homem e por terem lançado as bases para a adopção de medidas necessárias para a luta contra estas alterações.

O Nobel - um diploma, uma medalha de ouro e um cheque de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 1,08 milhões de euros) - ser-lhes-á entregue em Oslo a 10 de Dezembro, data do aniversário da morte do fundador do prémio, o sábio e filantropo sueco Alfred Nobel.

Lusa / AO Online

LUSOFONIA PODE IMPEDIR SÓCRATES DE FUGIR ÀS RESPONSABILIDADES

Blog Timor Lorosae Nação
12.10.2007

Decoro e transparência também devem os portugueses exigir ao Governo do PS que nos tem vindo a atormentar desde que existe - existindo à custa de mentiras que levaram os portugueses a dar-lhe uma folgada maioria.

Não se trata de aqui pedir decoro e transparência na política nacional. Isso não seria viável para comprovados mentirosos compulsivos, como é o caso de José Sócrates...

O decoro e transparência que deve ser exigido, neste caso, é em relação a Timor-Leste e às relações que temos e queremos continuar a ter com aquele povo e país irmão.

Faz o género de José Sócrates sacudir a água do capote sempre que não é sensível ao que tem pela frente. No caso de Timor-Leste, Sócrates herdou um compromisso de governos anteriores, de governos de há séculos a este tempo.

Não creio que exista engenharia histórica, portanto, Sócrates, não vai conseguir mudar a história e o facto de estar a entregar Timor-Leste à Austrália ou seja a quem for, se acontecer, virá demonstrar que o sujeito é um político ainda mais desgarrado que aquilo que possamos admitir.

Muitos de nós estamos a constatar que o comportamento das entidades oficiais portuguesas não é desejável e que está inserido numa política que Sócrates tem levado para a frente, de desresponsabilizar-se perante imensos direitos, liberdades e garantias que nos são devidos. No caso de Timor-Leste está a fazê-lo em relação a compromissos históricos e de afectividades.

Isso, não podemos, nem devemos tolerar.

Como o absoluto primeiro-ministro faz-se de ouvido duro perante as verdades e constatações contrárias aos seus quereres quase ditatoriais, a solução passa por os portugueses mais interventivos nos assuntos de Timor-Leste, bem como os timorenses que se considerem mais ligados a Portugal, dirigirem uma petição ao PR Cavaco Silva, à AR de Portugal e ao Governo PS solicitando uma política séria e mais interventiva nos apoios a Timor-Leste. Não sei bem como, mas isso seria possível de organizar através deste meio, a Internet, e era bom que outros opinassem.

Os restantes irmãos da lusofonia certamente que terão uma palavra a dizer, talvez mais por parte do Brasil, mas de todos não devemos esquecer-nos.

Organizemo-nos e façamos valer aquilo que nos tem unido: a história e a miscigenação de raças e culturas.

A. Veríssimo

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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