sexta-feira, março 28, 2008

Dos leitores

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "José Ramos-Horta diz que houve falhas na segurança...":

“Qualquer acto que se realizasse na altura de força teria resultado na morte de muita gente do lado de Reinado e na morte do outro lado de quem fizesse o ataque"

Se RH pensa mesmo assim, então para ser coerente não pode vir agora exigir que os responsáveis dos ataques sejam "julgados e punidos". Ou agora já não há perigo de morrer muita gente? Especialmente se a força internacional e a UNPOL tivessem agido como "verdadeiramente profissionais", "com blindados e helicópteros"?

O que mudou de então para cá? O que o fez mudar de opinião?

O que é facto presenciado por todos nós é que a sua "revogação" (RH não percebe mesmo onde acabam as suas funções como PR) do mandado de captura teve como resultado um atentado à vida do Presidente da República, que não morreu por muito pouco.

Não me agrada nem um pouco dizer isto, mas se RH tivesse falecido ele teria sido um dos principais responsáveis, senão o maior responsável, da sua própria morte.

Paradoxalmente, este facto gravíssimo é que veio mudar a atitude de RH, que agora exige o julgamento e a punição dos responsáveis.

Digo paradoxalmente porque, apesar de ter mudado de opinião, RH continua a dizer que estava certo antes. Mas se estivesse certo antes não teria havido atentado e agora RH não precisaria de exigir o julgamento nem a punição de ninguém.

A verdade é que o atentado fez RH mudar de opinião e, ao mudá-la, RH acaba por dar razão ao tal "juíz português", que agora já não pode acusar de "desafiar" e "criticar a postura" do Presidente da República e Governo (não "de todos os órgãos de soberania").

Note, Sr. PR que o poder judicial, do qual são titulares os tribunais, também é um órgão de soberania, pelo que este com certeza que não se desafiou nem criticou a si próprio.

Compreendemos que seja difícil dar o braço a torcer, mas este volte-face na opinião do PR mostra que ele está finalmente no bom caminho. É pena que essa teimosia quase lhe tenha custado a vida (só quem não o conhece), mas mais vale tarde do que nunca...

Sem comentários:

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.