domingo, março 02, 2008

Ramos-Horta perdoa Reinado e pede apoio para a família


Díli, 03 Mar (Lusa) - O presidente da República timorense perdoou Alfredo Reinado, responsável pelos ataques de 11 de Fevereiro e que foi morto na altura, e pediu ao Governo que apoie a sua família, afirmou hoje o chefe de Estado interino.

Num comunicado oficial, Fernando "La Sama" de Araújo escreve que José Ramos-Horta "perdoa ao falecido Alfredo Reinado e pede ao Governo que apoie a sua família".

"La Sama" de Araújo visitou José Ramos-Horta no Real Hospital de Darwin, onde o Presidente da República continua hospitalizado.

José Ramos-Horta foi atingido com gravidade durante um ataque à sua residência em Díli liderado pelo major Alfredo Reinado, no qual o militar fugitivo perdeu a vida.

Segundo "La Sama" de Araújo, que visitou José Ramos-Horta durante cerca de duas horas, o chefe de Estado "está a recuperar muito bem".

"O presidente está muito lúcido, mostrando a sua preocupação pelo país e a responsabilidade do chefe de Estado", acrescentou Fernando "La Sama" de Araújo num comunicado distribuído hoje pela Presidência timorense.

José Ramos-Horta pediu a Fernando "La Sama" de Araújo que fosse conduzida uma investigação detalhada ao duplo ataque de 11 de Fevereiro, de que também foi alvo o primeiro-ministro, Xanana Gusmão.

Com a morte de Alfredo Reinado, o seu grupo passou a ser liderado pelo ex-tenente Gastão Salsinha, que continua fugido.

Hoje, em Díli, o Comando Conjunto da operação "Halibur" anunciou a entrega de Kaer Susar, um dos elementos mais importantes do antigo grupo de Reinado.

Pouco depois de chegar a Díli, Susar reconheceu aos jornalistas que participou no ataque ao Presidente da República e que "estava ao portão" da residência.

Susar entregou-se às autoridades em Turiscai, Manufahi, com a colaboração de Francisco Xavier do Amaral, natural da mesma aldeia, que depois fez o contacto com o Comando Conjunto da operação "Halibur".

Mari Alkatiri, secretário-geral da Fretilin e ex-primeiro-ministro, também visitou José Ramos-Horta em Darwin este fim-de-semana, na companhia de outro ex-chefe de governo, o deputado Estanislau da Silva.

Segundo Mari Alkatiri, José Ramos-Horta afirmou ter reconhecido quem quem disparou sobre si, um elemento do grupo de Alfredo Reinado.

PRM.
Lusa/fim

5 comentários:

Anónimo disse...

Viva Ramos horta és filho da nação a sua capacidade e sensibilidade de perdoar o mayor falecido e pedido para que o estado ajuda a familia de reinado de mostra que és homen de verdadeira da paz.

Viva timor leste

Anónimo disse...

De paz? Ramos Horta respira de alívio por estar vivo e por Reinado estar morto. A saga continua, agora com Ramos Horta e Xanana mais descansados!
acordem, Timor está a arder!

Anónimo disse...

Daqui de tão longe dessa querida terra que não conheço,digo que admiro a actitude e a grande capacidade de Ramos Horta em perdoar.
Só mesmo um Prémio Novel é caspaz de tão grande gesto Nobre
Parabens Dr. Ramos Horta

Eunice Vieira

Anónimo disse...

não por ser premiado novel mas sim ele nasceu para ser homen perdoador

Anónimo disse...

Amiga Eunice. Ve-se mesmo que de Nobel da Paz voce nao entende. Como dizia o Leandro Isaa:'O Ramos Horta devia ganhar o premio nobel da Guerra' quando o Ramos Horta mandou as Forcas Internacionais capturar o major Alfredo em Same e que causou tantas mortes inocentes. Porque nessa altura nao se recorreu ao dialogo ja que muitos de vos acreditam que o pobre homem e um homem de Paz? eu diria um grande cigano que sabe enganar pessoas como voce.

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Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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