terça-feira, abril 08, 2008

UNMIT conduz inspecção interna sobre 11 de Fevereiro

Díli, 07 Abr (Lusa) - A Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT) ordenou uma inspecção interna aos acontecimentos de 11 de Fevereiro, em que o Presidente timorense, José Ramos-Horta, foi gravemente ferido a tiro.

A inspecção interna foi confirmada à agência Lusa por uma porta-voz da UNMIT, Allison Cooper, que esclareceu que "a análise interna vai debruçar-se sobre a resposta das Nações Unidas aos ataques de 11 de Fevereiro".

A criação de uma equipa de inspecção interna foi decidida pelo representante especial do secretário-geral das Nações Unidas em Timor-Leste, Atul Khare, chefe da missão internacional.

A equipa de inspecção é "um órgão formal, sob a autoridade do chefe da UNMIT", e o seu trabalho consiste em "interrogar testemunhas essenciais, tanto dentro como fora da UNMIT, e analisar toda a documentação relevante".

O Presidente da República, José Ramos-Horta, e vários outros responsáveis timorenses, incluindo as chefias militares, lançaram nas últimas semanas críticas muito duras às forças da Polícia das Nações Unidas, integradas na UNMIT, e ao contingente das Forças de Estabilização Internacionais (ISF), sob comando australiano.

"Quando a inspecção estiver concluída, as Nações Unidas partilharão as conclusões com a liderança política timorense", adiantou à Lusa a mesma porta-voz.

"As recomendações da inspecção serão também divulgadas em público", adiantou Allison Cooper.

"O objectivo é fazer uma avaliação honesta das acções que foram executadas em resposta aos acontecimentos de 11 de Fevereiro e identificar qualquer falha ou lição que possa ser tirada dessa resposta", segundo os termos de referência da equipa de inspectores.

"O relatório final da avaliação tem que ser um documento consequente", diz também o texto que orienta a inspecção interna.

Um relatório preliminar deve ser submetido à chefia da UNMIT a 09 de Abril, e a versão final da inspecção deverá ser apresentada a 13 de Abril, oficialmente, à sede da ONU em Nova Iorque e ao governo de Timor-Leste.

PRM
Lusa/fim

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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