terça-feira, maio 06, 2008

Apoio do PUN no Parlamento "depende do Governo"

Díli, 05 Mai (Lusa) - O apoio ou oposição do Partido Unidade Nacional (PUN) à coligação no poder depende do próprio Governo, nomeadamente a nível de justiça e boa governação, afirmou hoje à Agência Lusa a deputada Fernanda Borges.

Questionada sobre se este partido apoiará o Executivo chefiado por Xanana Gusmão ou se votaria para o fazer cair, na sequência do acordo político assinado hoje entre a Associação Social Democrática Timorense (ASDT) e o maior partido da oposição, Fretilin, a líder do PUN afirmou que "depende deste governo".

O PUN elegeu três deputados ao Parlamento e, no caso de uma moção de censura ou uma moção de confiança, a sua bancada pode ser crucial para aguentar ou derrubar o governo.

"Sem justiça e boa governação, Timor-Leste não vai avante", explicou Fernanda Borges sobre os critérios de viabilização, ou não, do governo da Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) pelo seu partido.

"Este governo vai ter que implementar o relatório da Comissão de Acolhimento Verdade e Reconciliação (sobre a violência durante a ocupação indonésia) e o relatório da Comissão Especial Independente de Inquérito" à crise de 2006, declarou Fernanda Borges.

Fernanda Borges salientou também que "é importante o sector de segurança”, considerando que o governo da AMP vai ter que fazer muitas mudanças nas Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste e na Polícia Nacional".

"Nós vamos apoiar políticas para o interesse nacional. Não vamos apoiar nenhum partido nem nenhuma coligação", frisou Fernanda Borges.

"Se é para a justiça, a boa governação e o bem do povo, vamos votar a favor. Se não é para nenhuma destas três coisas, com certeza que vamos voar contra ou abster-nos", acrescentou Fernanda Borges.

Num comunicado distribuído hoje, os líderes da ASDT e da Fretilin anunciaram que os dois partidos decidiram formar "uma sólida coligação" para formar "o próximo Governo constitucional de Timor-Leste".

A coligação ASDT/PSD (Partido Social Democrata) integra a Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) que constitui a plataforma de quatro partidos que sustenta o actual Governo, juntamente com o Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), liderado por Xanana Gusmão, e o Partido Democrático (PD), de Fernando "La Sama" de Araújo.

Entretanto, o presidente do Partido Social Democrata (PSD) timorense, Mário Viegas Carrascalão, defendeu hoje a apresentação de uma moção de confiança pelo governo, na sequência do acordo político entre a ASDT e a Fretilin.

"Se eu pertencesse ao partido maioritário dentro da AMP (Aliança Para Maioria Parlamentar), pediria uma moção de confiança. Não se pode governar em cima de vidros. Temos que saber com o que contamos e se nós ainda merecemos a confiança da maioria ou não", declarou Mário Viegas Carrascalão à Lusa, à margem da sessão plenária.

Para o líder do PSD, "é altamente necessário" que o Executivo apresente a moção de confiança.

PRM.
Lusa/fim

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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