segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Sócrates diz que Portugal está "empenhado" na estabilização de Timor-Leste

DiárioEconomico.com
Timor-Leste/Atentados 2008-02-11 13:12

O primeiro-ministro, José Sócrates, mostrou-se hoje "chocado" com os atentados contra os chefes de Estado e de Governo timorense, Ramos Horta e Xanana Gusmão, tendo garantido que Portugal estará "empenhado" e "disponível" em ajudar na estabilização da democracia em Timor-Leste.

Pedro Duarte

Ao falar em conferência de imprensa, depois de ter recebido na residência oficial de São Bento o presidente do Parlamento Nacional de Timor-Leste, Fernando "La Sama" Araújo, Sócrates disse ser "prematuro" falar já em novos apoios concretos a conceder por Portugal a Timor-Leste, vincando que os militares portugueses estão integrados numa força das Nações Unidas.

Para o primeiro-ministro, um eventual aumento do número de militares da GNR em Timor-Leste terá de passar por uma avaliação que será necessariamente feita no âmbito das Nações Unidas.

...

Nota à Comunicação Social

CPLP - Secretariado Executivo
11.02.2007

O Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), embaixador Luís Fonseca, enviou mensagens de solidariedade ao Gabinete do Presidente da República Democrática de Timor-Leste, Dr. José Ramos-Horta, e ao Sr. Primeiro-ministro, Xanana Gusmão, repudiando o ataque de que foram alvos.

Foi com “choque e a mais profunda consternação que tomei conhecimento dos atentados perpetrados contra Sua Excelência o Dr. José Ramos Horta, Presidente da República Democrática de Timor-Leste, personalidade eminente da vida internacional e da nossa Comunidade, e contra o Primeiro-ministro, Xanana Gusmão” sublinhou o Secretário Executivo da CPLP.

O atentado é “tanto mais condenável quanto é sabido que a não-violência, o diálogo e o respeito pelos direitos do homem têm sempre norteado a vida e a acção política do Dr. Ramos Horta”, referiu o embaixador Luís Fonseca.

Nesta hora de grande inquietação e angústia para os povos e autoridades dos Estados que integram a CPLP, “quero associar-me aos votos expressos pelos seus dirigentes e por representantes da sua sociedade civil, de uma rápida recuperação de Sua Excelência o Dr. Ramos Horta, para que possa reassumir em breve as suas funções como Presidente da República”, observou o SE CPLP, manifestando também “a solidariedade dos Estados-membros da Comunidade para com o povo e autoridades de Timor-Leste, fazendo votos de que a situação política no país se estabilize rapidamente, e que as instituições possam funcionar normalmente, para a resolução dos imensos desafios que se colocam ao jovem país”.

“Desejo ainda reiterar o empenho do Secretariado Executivo em trabalhar com os restantes Estados membros para, em colaboração com o governo timorense, o apoiar nos seus esforços de edificação de uma sociedade próspera, democrática e livre”, colmata o Secretário Executivo da CPLP.

Timor-Leste: Sócrates elogia GNR e elementos do INEM na resposta aos atentados de Díli

Lisboa, 11 Fev (Lusa) - O primeiro-ministro, José Sócrates, elogiou hoje a actuação profissional dos militares da GNR e dos elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) na resposta aos atentados contra os chefes de Estado e de Governo timorenses.

As palavras do primeiro-ministro português foram proferidas em conferência de imprensa, depois de receber na residência oficial de São Bento o presidente do Parlamento Nacional de Timor-Leste, Fernando "La Sama" Araújo.

"Como todos os portugueses, fiquei chocado com os acontecimentos em Timor-Leste. Quero por isso, em nome pessoal e do Governo português, repudiar com veemência os atentados" contra o Presidente da República timorense, Ramos Horta, e contra o seu primeiro-ministro, Xanana Gusmão, declarou o chefe do Governo português.

Perante estes acontecimentos ocorridos em Díli, José Sócrates transmitiu "a completa solidariedade do Governo português com as instituições democráticas de Timor-Leste".

Depois, o primeiro-ministro português referiu-se ao estado de saúde crítico em que se encontra o chefe de Estado timorense, que foi alvejado com dois tiros.

"Acompanho com preocupação o estado de saúde do Presidente da República de Timor-Leste, Ramos Horta. Em meu nome pessoal e do Governo português, quero desejar-lhe um rápido restabelecimento", disse.

José Sócrates referiu então que o presidente timorense "é prémio Nobel da Paz, sendo uma das personalidades que mais se bateu pela independência de Timor-Leste e pela estabilidade das instituições democráticas" deste país.

Já numa alusão à actual situação política em Timor-leste, o primeiro-ministro português frisou que acompanha as decisões tomadas pelo chefe do Governo timorense, Xanana Gusmão, "para garantir a estabilidade política e social do país".

"Quero também deixar uma palavra de elogio à GNR e aos elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) pelo trabalho que realizaram e pelo profissionalismo da sua actuação", declarou o primeiro-ministro.

Neste contexto, o primeiro-ministro reiterou a "disponibilidade e empenho de Portugal no apoio às instituições democráticas de Timor-leste em tudo o que for necessário".

"O bem-estar do povo timorense exige estabilidade política e respeito pelas instituições democráticas. Este é também o interesse de todo o povo português, que está solidário com o povo timorense", salientou.

Interrogado sobre uma eventual decisão de Portugal no sentido de reforçar o seu contingente militar da GNR em Timor-Leste, José Sócrates considerou "prematuro" colocar já esse cenário.

"É prematuro falar-se em novos apoios em concreto. Hoje, como no passado, Portugal sempre esteve disponível para apoiar Timor-Leste", respondeu.

De acordo com o chefe do Governo português, neste momento, a preocupação de Lisboa é prestar "total" solidariedade política a Timor-leste.

"Estamos numa hora difícil, em que o presidente timorense sofreu um atentado que ameaçou - e ameaça - a sua vida. É por isso natural que as autoridades em Timor-Leste estejam preocupadas com alguma possibilidade de desestabilização social, mas espero que isso não ocorra", observou o primeiro-ministro português.

Na perspectiva do primeiro-ministro, "há por vezes apoios políticos que são mais importantes que outros apoios concretos".

"Em matéria de segurança, os militares portugueses que se encontram em Timor-Leste estão integrados numa força das Nações Unidas. E qualquer alteração terá de ser equacionada em função da avaliação que as próprias Nações Unidas fizerem", justificou.

Homens armados tentaram hoje matar José Ramos-Horta e Xanana Gusmão, em dois ataques concertados.

O ataque contra Ramos-Horta foi liderado pelo major Alfredo Reinado, que foi morto no incidente.

Ramos-Horta foi ferido a tiro e teve de ser submetido a uma intervenção cirúrgica no hospital militar australiano em Díli, de onde seguirá ainda hoje para um hospital na cidade australiana de Darwin.

De acordo com um elemento da segurança do primeiro-ministro, o tenente Gastão Salsinha, um dos peticionários que abandonaram as forças armadas em 2006, comandou o ataque contra Xanana Gusmão, que saiu ileso.

PMF.

Lusa/fim

«Demorámos 10 minutos a chegar»

Portugal Diário
2008/02/11 11:58 Hugo Beleza

Timor: militar português conta ao PDiário operação de socorro na residência do presidente timorense.

GNR teme que apoiantes do major Reinado, que foi morto depois de atacar Ramos Horta, provoquem distúrbios durante a noite

As forças portuguesas da GNR em Timor-Leste entraram em acção de imediato, depois de terem sido alertadas para o tiroteio em que o presidente timorense ficou gravemente ferido.
Junto com os onze militares da secção de operações especiais da força portuguesa, seguiram três elementos do INEM. Um militar português disse ao PortugalDiário que o auxílio demorou dez minutos a chegar à residência do prémio Nobel da Paz: foram as primeiras forças de segurança a acorrer ao local do atentado.

«Recebemos informações que havia um tiroteio junto a casa do senhor Presidente da República e enviámos de imediato os onze elementos da secção operações especiais», explicou ao PortugalDiário o Tenente Luís Fernandes, desde Díli, em conversa telefónica.

O militar explicou que o alerta chegou cerca das 7h00 e «dez minutos depois» os elementos da GNR estavam no local. «O incidente ter-se-á registado cerca das 6h30», precisou o tenente Fernandes.

Quando os operacionais portugueses chegaram à residência de Ramos Horta, este «estava no chão ferido». Além do chefe de Estado timorense encontravam-se no local, já sem vida, «Alfredo Reinado e um outro elemento do seu grupo». Um homem das forças de defesa de Timor estava ferido.

«Fomos de imediato prestar auxílio ao presidente», frisou o militar português, com os elementos do INEM a prestarem os primeiros cuidados médicos. Em seguido, escoltaram Ramos Horta para o hospital de campanha australiano e posteriormente para a Austrália.

O tenente Luís Fernandes referiu que quando a GNR chegou ao local o tiroteio já havia cessado e que não houve «qualquer troca de tiros» posterior envolvendo as forças portuguesas.

Quanto ao incidente que envolveu o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, foi confirmada a ocorrência de uma emboscada, mas que não se registou «nada de extraordinário, para além dos danos materiais na viatura» onde seguia o chefe de Governo timorense.

O militar português descreveu o ambiente que se vive na capital timorense como «pacífico» mas admite: «Poderá haver nos próximos dias alguma alteração deste panorama».

O capitão Martinho, também da GNR, disse à TSF que, durante a noite (em Timor são 21h), é de esperar que os apoiantes de major Reinado saiam à rua e possam provocar distúrbios. Recorde-se que Reinado foi morto, depois de alvejar Ramos Horta, num atentado planeado pelos guerrilheiros.

O grau de prontidão dos militares é imediato, referiu ainda ao PortugalDiário o tenente Luís Fernandes. «Zero minutos», descreveu desta forma o tempo de reacção da força portuguesa perante qualquer eventualidade.

Timor-Leste: José Ramos-Horta fora de perigo

Darwin, Austrália, 11 Fev (Lusa) - O Presidente timorense José Ramos-Horta está "fora de perigo" e já foi transferido para a unidade de cuidados intensivos do hospital de Darwin, confirmou à Lusa a irmão do líder timorense.

"Está fora de perigo. Foi operado e a operação correu bem. Estamos ainda à espera que os médicos nos venham informar mas tudo correu bem", explicou Rosa Carrascalão, contactada no Royal Darwin Hospital para onde José Ramos-Horta foi hoje transferido.

Rosa Carrascalão, o seu irmão Arsénio Horta e a mãe do Presidente timorense estão no hospital de Darwin onde se encontra ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, Zacarias da Costa, e a chefe de gabinete de José Ramos-Horta.

Zacarias da Costa disse à Lusa que uma enfermeira informou já o grupo que Ramos-Horta está estável e que foi transferido para a unidade de cuidados intensivos.

"Felizmente os sinais são positivos. Foi submetido a nova intervenção cirúrgica, que teve sucesso e foi transferido para os cuidados intensivos", disse.

"Uma enfermeira disse-nos que a situação é estacionária, que conseguiram compensar o muito sangue que perdeu e que lhe vão dar sedativos para poder descansar toda a noite", afirmou.
ASP.

Lusa/Fim

No que deu a UN e as ISF não respeitarem e obedecerem aos tribunais...

Proc. 233-07

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Através do acordo trilateral celebrado no dia, 26 de Janeiro de 2007, entre o Governo de Timor-Leste, o governo da Australia e UNMIT ficou consagrado que as ISF deverão cooperar com a UNMIT no sentido de manutenção da estabilidade e segurança prestando assistência técnica e militar.

Consta acordo celebrado entre Timor-Leste e a Austrália, entre outros, que:

1.O destacamento que foi solicitado de elementos da Força de Defesa Australiana (Australian Defence Force, ADF) destina-se a prestar assistência a Timor-Leste no restabelecimento da segurança, confiança e paz em Timor-Leste, incluindo assistência no restabelecimento e manutenção da ordem pública.
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3.A missão a ser destacada para Timor-Leste consistirá num Batalhão da ADF com cerca de 1300 elementos (adiante designado ‘a Força’), que prestará auxílio ao Governo de Timor-Leste com vista entre outros a: estabilizar a situação e facilitar a concentração dos diversos grupos em confronto em locais seguros; estabelecer uma relação e localizar as armas na posse dos diferentes grupos;
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O n 3 da citada norma dispõe que, as decisões dos Tribunais são de cumprimento obrigatório e prevalecem sobre todas as decisões de quaisquer autoridades.
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Para além disso, tendo em conta o facto do arguido Alfredo Reinado e o seu grupo continuar armado com armas de longo alcance, como resulta das declarações do arguido José Soares e do filme junto aos autos, é concreto o perigo de continuação da actividade criminosa e perigo de perturbação da ordem e tranquilidade pública, perigo esse, que se tornou evidente face aos acontecimentos de SAME entre o grupo em fuga e as ISF.
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Deste modo, deverão as ISF desenvolver esforços no sentido de ser reposta a estabilidade cumprindo a decisão do Tribunal.
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Dê conhecimento deste despacho ao Senhor Brigadeiro J.M.B. Hutcheson notificando-o pessoalmente.


Notifique pessoalmente o Senhor '' Police Commissioner'' para, no prazo de 5 dias, informar o Tribunal que a diligências foram feitas no sentido de ser cumprida a decisão do Tribunal, ou seja, de detenção dos arguidos.

Mais informe que o julgamento está agendado para o dia 3 de Dezembro de 2007 e que se trata de processo urgente uma vez que dois arguidos estão em prisão preventiva.


Dili, 23-10-07

O Juiz de Direito

Mais umas perguntas que ninguém fez... ou faz

Quantos furos de bala tinham os três carros que foram emboscados da comitiva de Xanana Gusmão, depois do ataque a Ramos-Horta, incluindo aquele em que seguia, o tal que "foi completamente destruído"?

Quem alvejou Ramos-Horta, que foi encontrado de bruços, atingido pelas costas, na rua à porta da sua casa? Porque quando lá chegou, já Alfredo Reinado estava morto dentro de casa no jardim com um tiro no olho e outro na mão...

Perguntas difíceis de fazer?!

Reinado morto quase uma hora antes de Ramos-Horta ser atingido

Díli, 11 Fev (Lusa) - O major Alfredo Reinado morreu quase uma hora antes de José Ramos-Horta ter sido baleado, revela a sequência das chamadas para a polícia e de um pedido de ajuda feito pelo próprio Presidente da República.

Alfredo Reinado foi morto poucos minutos depois das 06:15, a hora a que o seu grupo atacou a residência do chefe de Estado, na periferia leste de Díli, afirmaram à Agência Lusa fontes policiais, fontes oficiais da missão internacional e fontes da Presidência da República timorense.

O major fugitivo foi morto por um dos elementos da escolta presidencial aquartelada na residência de José Ramos-Horta, no caso um soldado das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), pertencente à Polícia Militar, segundo as mesmas fontes.

Isso significa que Alfredo Reinado, ex-comandante da Polícia Militar, foi morto por um dos homens pertencentes à sua antiga unidade.

José Ramos-Horta foi atingido pelos atacantes bastante mais tarde, cerca das 07:00, num segundo tiroteio, de acordo com as mesmas fontes, que contaram à Lusa uma sequência de acontecimentos concordante.

A primeira chamada para o Centro Nacional de Operações (NOC) aconteceu às 06:59, segundo o relatório oficial de comunicações obtido pela Lusa.

De imediato, duas unidades da Polícia das Nações Unidas e da Polícia Nacional foram deslocadas para a residência do Presidente da República, a partir de Becora, na periferia sudeste de Díli.
A primeira ambulância foi chamada ao local do ataque às 07:10, segundo fonte da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT).

O subagrupamento Bravo da GNR foi chamado às 07:00, saiu do aquartelamento às 07:11 e chegou ao local às 07:15, ainda segundo o relatório oficial a que a Lusa teve acesso.
Às 07:13, o próprio Presidente da República telefonou à sua chefe de gabinete, Natália Carrascalão, pedindo ajuda por se encontrar ferido.

Segundo as fontes ouvidas pela Lusa, o Presidente da República, que à hora do primeiro ataque se encontrava a fazer o seu habitual "jogging" matinal, não terá percebido que o tiroteio das 06:15 estava a acontecer na sua residência.

Todos os comunicados e declarações oficiais, quer das forças de segurança quer do primeiro-ministro, referem essa hora como o início do ataque.

José Ramos-Horta foi atingido a tiro quando se aproximou de sua casa e, como revela o sangue no pavimento, o chefe de Estado caiu a cerca de 20 metros do portão da residência, na estrada que ele próprio baptizou de Boulevard John Kennedy.

Fontes policiais ligadas à investigação do ataque afirmaram à Lusa que "o grupo de Reinado procurou José Ramos-Horta nos vários edifícios da residência" após o primeiro tiroteio.

Várias portas foram arrombadas pelos atacantes, segundo uma fonte da Presidência, "mas o Presidente estava fora a fazer o seu exercício".

Alfredo Reinado, segundo uma fonte da UNPol, "foi morto por um dos seguranças que conseguiu surpreender o grupo atacante dentro do recinto da residência".

A residência privada de José Ramos-Horta, no bairro de Meti-aut, fica isolada da cidade e compõe-se de vários edifícios pequenos, em arquitectura tradicional timorense.

Nenhuma das fontes ouvidas pela Lusa adiantou qualquer explicação para o facto de a escolta presidencial não ter pedido socorro mais cedo e a tempo de evitar que o chefe de Estado fosse vítima do segundo tiroteio.

PRM.

Transcript of UNMIT Press Conference

11 February 2008, Obrigado Barracks, Dili, Timor-Leste

The following is a near-verbatim transcript of a press conference by Finn Reske-Nielsen, Acting Special Representative of the Secretary-General (SRSG) for Timor-Leste, and Hermanprit Singh, Acting UNPol Commissioner.

Spokesperson Allison Cooper: Good afternoon everybody. Before we move on to hear from the Acting SRSG Mr. Finn Reske-Nielsen, I just wanted to let you all know that we have a statement issued by the Secretary-General. We have copies of that – I think Rama has already distributed that. If anyone needs a copy, please see us after the press briefing.

Acting SRSG Finn Reske-Nielsen: Good afternoon. As Allison said, the Secretary-General’s statement is available for all of you to see, so there’s no need for me to read it to you. I would like to just say a few words before we open the floor.

Let me say first of all that the United Nations Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT) strongly deplores the violence that took place this morning.

As you are all aware by now, at around 7 o’clock this morning there was a shooting incident at the home of the President of the Republic, Dr. José Ramos-Horta.

During this incident, there were several casualties and the President was injured. This morning he underwent surgery in Dili and this afternoon he was medi-vaced to Australia. He is in stable but obviously serious condition and I wish to take this opportunity to wish him a speedy recovery.

There have been two confirmed deaths including that of fugitive Alfredo Reinado.

Also this morning, about an hour after the incident at the residence of the President, there was an attack on the motorcade in which the Prime Minister, Xanana Gusmão was traveling in. There were no deaths in this attack.

Over the course of the day, the United Nations has been in a series of high-level meetings with the Government of Timor-Leste, the International Security Forces and the F-FDTL. And simultaneously the police is investigating the events.

Today’s meetings were aimed to ensure that there is a coordinated response to this morning’s incidents and we will continue to ensure that this coordination continues under the leadership of the Prime Minister.

Security measures have been augmented throughout the day with additional forces being placed in areas we believe to be at potential risk given the events of this morning.

Once again, the United Nations deplores this morning’s violence. We are appealing to the people of Timor-Leste to remain calm and we are also appealing to all of them to ensure a peaceful resolution to any disagreement.

And finally, let me also appeal to you, the representatives of the media, to ensure accurate reporting on today’s events. I do want to request you to verify any information that is going around by way of rumour, there are many rumours, and perhaps a lot more rumours than facts. Thank you very much.

Spokesperson Allison Cooper: Just on that point, there are three phone numbers you can all call. I’ll make sure you have them after this press briefing. You can speak in English or Tetum, 24 hours a day. Questions please.

Q: The Australian media have been reporting that UNPol attended the incident where the President was shot this morning, yet didn’t approach him to give him medical assistance for several minutes. Can you expand on that accusation?

FRN: I don’t any specific comment to make on that. As far as I know this is a rumour that I had not heard before actually. We shall obviously look into it to see. But I do have the times of the response of the police from the time the first call was made to the time that the President was extracted from the scene.

Q: There are consistent reports that the second attack on the Prime Minster was made by Lt. Salsinha. Is there any operation going on against his group? Is there a man hunt going on right now?

FRN: We do not at the present time have any confirmation as to those who were in that group who shot at the Prime Minister’s motorcade. The police, UNPol and PNTL, are investigating and we have set up road blocks on all the roads leading into Dili and all vehicles coming in and going out are being searched.

Q: The same question, sir. I’m sorry to insist on this. The reports literally say that Lt. Salsinha knocked on the door of the private residence of the Prime Minister. This comes from different sources that I guess the Mission also knows. I would again ask if the situation regarding the operation going on - the ISF, the UNPol - are exactly the same as before this morning, before the attacks, outside Dili?

FRN: As I said, the police investigation is ongoing and at this point in time I have no comment to make. We have to wait for the Police to complete their work. As far as the operations of the Police and the ISF are concerned, we have spent the day doing an assessment of the security situation, not just in Dili, but in the districts. And the necessary measures have been put in place so as to respond to any eventuality.

AC: Can we have a question from a Timorese journalist, please?

Q: Right after the incident took place, there was ... you mentioned the response of the PNTL and UNPol immediately took place. How many people have been arrested?

HS: It’s still in the investigative stage. There have been no arrests as of now.

Q: I just want to find out who handled the responsibility of security, I mean who was in charge of security at the President’s residence?

FRN: The security arrangements were the responsibility of the national authorities of Timor-Leste.

Q: According to the information from UNPol, how many people actually have been confirmed dead?

HS: Two persons have been confirmed dead. Alfredo Reinado and a second person has also been identified but I don’t have his name right now.

Q: [inaudible question from Dili News]

FRN: The acting Police Commissioner might want to say something about this. But let me just say that what happened only a few days ago was that the command of three local police stations in Dili was handed over to Timorese commanders under the overall command of UNPol. At the present time there is no plan to change that decision, and we would have to look at the future to see how that should progress. There is an ongoing supervision and mentoring programme in place to ensure that everything is going well, and depending on that, we then move forward with further handing over of authority.

HS: The timelines for handing over are drawn on the basis of our plan for the restructuring and recertification of PNTL. And also on the public perception of how the three police stations, the pilot projects which have been handed over, how they respond. So we haven’t particularly dwelled on the issue as this incident will have on the handover plan. I think these two issues are not so closely related. And we will proceed with the handover plan unless the situation demands other wise.

Q: Is it possible to say a little bit more about the two incidents that happened this morning? I haven’t seen any numbers on how many people actually participated in the attacks. We are talking about wounded people? How many are we talking about? Could you say a little bit more about the two incidents?

FRN: It’s a bit difficult to confirm the events when the police investigation is ongoing but I can add a few details that I have got during the course of our discussions with the Government.

It is our understanding, and I say understanding because the investigation is still ongoing, that the President was not present in the compound when the assailants arrived there. Apparently he heard the gunshots, he was in the vicinity and he heard the gunshots, and he returned to his residence, and it was while he was returning to his residence that he was shot.

As far as the incident involving the Prime Minister is concerned, I can tell you what the Prime Minister told me himself in a private meeting this afternoon, namely that his motorcade had left his residence, and some distance from his house, they came under fire on the side of the road. They came under what he called very heavy fire. The drivers managed to continue on and that was how they escape unharmed. But it is my understanding that one vehicle went off the road and rolled over. But I think it’s unfair to speculate about these details as they will be established by the police investigations


Q: What kind of security measures have been taken for the IDP camps in the city tonight?

FRN: All I can say at this point in time is that a lot of effort has gone in to strengthening security in details in Dili and elsewhere but these are difficult details to share as we need them to be effective.

I just want to say that a comprehensive threat analysis has been done by the police in collaboration with the ISF and the F-FDTL, there is an agreement on where the sensitive areas might be and where we need to focus. The necessary operational measures have been taken and we expect all of this would be in place by nightfall.

Q. Are you expecting a spike amongst IDPs and if so, are you prepared to go full food rations if there is an upswing in violence amongst the IDPs?

FRN: The security situation in Dili and the districts has remained calm but tense throughtout the day and with the measures we have put in place we can ensure peace and calm in coming hours and days. We do not see a direct link between the incidents of this morning and the decision taken by the Government of Timor-Leste to reduce the feeding to half rations.

Q. Inaudible

FRN: So far, and I am pleased about this, we have not seen any increase of people moving in to IDP camps. As far as the blanket feeding is concerned, I have stated repeatedly we can not continue a situation whereby we feed a third of the city. This is simply not sustainable for the country, it is bad for the economy and it has to change. We have to get away from that as we get away from that we need to reach an agreement with the Government on identifying vulnerable individuals who need support that may go beyond half rations.

AC: That was the last question. For the purposes of your report, the title is Acting Special Representative of the Secretary-General Finn Reske-Nielsen. And I also wanted to let you know that upon hearing the news of this morning’s incident, the Special Representative of the Secretary-General Atul Khare immediately began preparing to return to Dili. He is currently in New York, because as you know, he is due to address the Security Council on February 14. We are expecting Mr Khare to arrive back in Dili tomorrow.

Tradução:

Transcrição da Conferência de Imprensa da UNMIT

11 Fevereiro 2008, Obrigado Barracks, Dili, Timor-Leste

Segue-se uma transcrição da conferência de imprensa por Finn Reske-Nielsen, Representante Especial em exercício do Secretário-Geral (SRSG) para Timor-Leste, e Hermanprit Singh, Comissário da UNPol em exercício.


Porta-voz Allison Cooper: Boa tarde a todos. Antes de ouvirmos o SRSG em exercício Sr. Finn Reske-Nielsen, quero apenas dizer-lhes que temos uma declaração emitida pelo Secretário-Geral. Temos cópias disso – penso que Rama já as distribuiu. Se alguém precisar duma cópia, por favor procurem-nos depois da conferência de imprensa.

SRSG em exercício Finn Reske-Nielsen: Boa tarde. Como disse a Allison, a declaração do Secretário-Geral está disponível para vocês todos a verem, por isso não há necessidade de a ler para vocês. Gostaria de dizer algumas palavras antes de passarmos à discussão.

Deixem-me primeiro dizer a todos que a Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT) deplora fortemente a violência que ocorreu esta manhã.

Como já todos sabem agora, por volta das 7 horas desta manhã houve um incidente de tiros na casa do Presidente da República, Dr. José Ramos-Horta.

Durante este incidente, houve várias casualidades e o Presidente foi ferido. Esta manhã ele submeteu-se a cirurgia em Dili e hoje à tarde foi evacuado para a Austrália. Está numa condição estável mas obviamente séria e aproveito esta oportunidade para lhe desejar uma recuperação rápida.
Houve duas mortes confirmadas incluindo a do foragido Alfredo Reinado.

Também esta manhã, cerca de uma hora depois do incidente na residência do Presidente, houve um ataque à caravana na qual o Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão viajava. Não houve nenhuma morte neste ataque.

No decurso do dia, as Nações Unidas tiveram uma série de encontros de alto nível com o Governo de Timor-Leste, as Forças Internacionais de Segurança e as F-FDTL. E simultâneamente a polícia está a investigar os eventos.

Os encontros de hoje visaram assegurar que há uma resposta coordenada aos incidentes desta manhã e continuaremos a assegurar que esta coordenação continua sob a liderança do Primeiro-Ministro.

Durante o dia foram aumentadas as medidas de segurança com a colocação de mais forças em áreas onde acreditamos haver potencial de risco dados os eventos desta manhã.

Mais uma vez, as Nações Unidas deploram a violência desta manhã. Estamos a apelar ao povo de Timor-Leste para se manter calmo e estamos também a apelar a todos para assegurarem uma resolução pacífica em qualquer desacordo.

E finalmente, deixem-me apelar a vocês também, os representantes dos media, para assegurar relatos correctos dos eventos de hoje. Quero pedir-lhes que verifiquem qualquer informação que circule em forma de rumor, há muitos rumores, e talvez muitos mais rumores do que factos. Muito obrigado.

Porta-voz Allison Cooper: Sobre aquele ponto, há três números de telefone para onde podem ligar. Farei com que os tenham depois desta conferência de imprensa. Podem falar em Inglês ou Tétum, 24 horas por dia. As perguntas por favor.

P: Os media Australianos têm estado a dizer que a UNPol atendeu o incidente onde o Presidente foi baleado esta manhã, contudo não se aproximou dele para lhe dar assistência médica durante vários minutos. Pode-se alargar sobre essa acusação?

FRN: Não tenho qualquer comentário específico a fazer sobre isso. Tanto quanto sei este é um rumor que não tinha ouvido antes na verdade. Vamos obviamente analisar isso. Mas eu não tenho o tempo da resposta da polícia desde que foi feita a primeira chamada até à hora em que o Presidente foi levado do local.

P: Há relatos consistentes sobre o segundo ataque ao Primeiro-Ministro ter sido feito pelo Tenente Salsinha. Há alguma operação em curso contra este grupo? Há nesta altura uma caça ao homem?

FRN: Não temos nesta altura qualquer confirmação de quem estava nesse grupo que disparou contra a caravana do Primeiro-Ministro. A polícia, UNPol e PNTL, estão a investigar e montámos bloqueios em todas as estradas em direcção a Dili e todos os veículos que entram e saem estão a ser revistados.

P: A mesma pergunta, senhor. Lamento insistis nisso. Os relatos dizem literalmente que o Tenente Salsinha bateu à porta da residência particular do Primeiro-Ministro. Isto vem de fontes diferentes que calculo a Missão também conheça. Pergunto outra vez se a situação relativa à operação em curso - a ISF, a UNPol - são exactamente as mesmas antes desta manhã, antes dos ataques, fora de Dili?

FRN: Como disse, a investigação da polícia está em curso e nesta altura sobre a hora não tenho nenhum comentário a fazer. Temos que esperar que a Polícia complete o seu trabalho. No que diz respeito às operações da Polícia e da ISF, passámos o dia a fazer uma avaliação da situação da segurança, não apenas em Dili, mas nos distritos. E foram postas no local as medidas necessárias para responder a qualquer eventualidade.

AC: Podemos ter uma pergunta dum jornalista Timorense, por favor?

P: Logo depois do incidente ter ocorrido, houve ... mencionou na resposta que a PNTL e UNPol ocorreram imediatamente. Quantas pessoas foram presas?

HS: Está-se ainda no estágio da investigação. Até agora não houve prisões.

P: Quero apenas descobrir quem tem a responsabilidade da segurança, quero dizer, que tem a responsabilidade da segurança na residência do Presidente?

FRN: Os arranjos de segurança eram da responsabilidade das autoridades nacionais de Timor-Leste.

P: De acordo com informações da UNPol, quantas pessoas actualmente foram confirmadas mortas?

HS: Duas pessoas foram confirmadas mortas. Alfredo Reinado e uma segunda pessoa foi também dentificada mas não tenho agora o seu nome.

P: [pergunta inaudível do Dili News]

FRN: O Comissário da Polícia em exercício pode querer talvez dizer alguma coisa sobre isto. Mas deixem-me apenas dizer que o que aconteceu apenas há poucos dias atrás foi que o comando de três estações locais de polícia em Dili foram entregues a comandantes Timorenses sob o comando geral da UNPol. Nesta altura não há nenhum plano para mudar essa decisão, e teremos que ver no futuro para ver como isso vai progredir. Há em curso um programa de supervisão e d acompanhamento para assegurar que tudo vai bem, e dependente disso, depois avançaremos com mais entrega de autoridade.

HS: Os calendários para as entregas são feitos na base do nosso plano para a reestruturação e recertificação da PNTL. E também da percepção pública de como as três estações de polícia, os projectos piloto que foram entregues, como respondem. Por isso não nos pronunciámos particularmente na questão que este incidente terá no plano de entrega. Penso que estas questão não estão relacionadas tão de perto. E prosseguiremos com o plano de entrega a não ser que a situação recomende outro modo.

P: ノ possível dizer um pouco mais acerca dos dois incidentes que aconteceram esta manhã? Não vi nenhuns números e quantas pessoas participaram de facto nos ataques. Estamos a falar de pessoas feridas? De quantas é que estamos a falar? Pode dizer um pouco mais acerca dos dois incidentes?

FRN: ノ um pouco difícil confirmar os eventos quando estão em curso as investigações da polícia mas posso acrescentar alguns detalhes que obtive no decurso das nossas discussões com o Governo.

ノ nosso entendimento, e digo entendimento porque a investigação ainda está em curso, que o Presidente não estava presente no complexo quando os assaltantes lá chegaram. Aparentemente ele ouviu os tiros, ele estava por perto e ouviu os tiros, e ele regressou para a sua residência, e foi enquanto ele estava a regressar para a sua residência que ele foi baleado.

No que diz respeito ao incidente que envolveu o Primeiro-Ministro, posso dizer-lhe o que o próprio Primeiro-Ministro me disse a mim próprio num encontro particular hoje à tarde, nomeadamente que a sua caravana tinha deixado a sua residência, e a alguma distância da sua casa, ficaram sob fogo vindo da beira da estrada. Ficaram sob o que ele chamou fogo muito pesado. Os motoristas conseguiram continuar e que foi assim que escaparam incólumes. Mas é entendimento meu que um veículo saíu da estrada e capotou. Mas penso que é incorrecto especular sobre esses detalhes dado que serão estabelecidos pelas investigações da polícia
P: Que tipo de medidas de segurança foram tomadas esta noite para os campos de deslocados na cidade?

FRN: Tudo o que nesta altura posso dizer é que tem ido muito esforço para reforçar a segurança em detalhes em Dili e noutros locais mas que estes detalhes são difíceis de partilhar dado que precisamos que sejam eficazes.

Quero apenas dizer que foi feita uma análise compreensiva da ameaça pela polícia em colaboração com a ISF e as F-FDTL, (que) há um acordo sobre em que áreas sensíveis pode haver e onde nos precisamos de focar. Foram tomadas as necessárias medidas operacionais e esperamos que estejam no lugar ao cair do dia.

P. Espera que haja um turbilhão entre os deslocados e se sim, está preparado para avançar com as rações completas de alimentos se houver um levantamento de violência entre os deslocados?
FRN: A situação da segurança em Dili e nos distritos tem-se mantido calma mas tensa durante o dia e com as medidas que pusemos no lugar no lugar podemos assegurar paz e calma nas próximas horas e dias. Não vemos uma ligação directa entre os incidentes desta manhã e a decisão tomada pelo Governo de Timor-Leste para reduzir a alimentação para metade das rações.

P. Inaudível

FRN: Até agora, e estou satisfeito com isto, não vimos nenhum aumento de pessoas a mudarem-se para campos de deslocados. E em relação à alimentação em massa, afirmei repetidas vezes que não podemos continuar uma situação onde alimentamos um terço da cidade. Isto não é apenas insustentável para o país, como é mau para a economia e tem de mudar. Temos de nos afastar disso e para nos afastarmos disso precisamos de alcançar um acordo com o Governo na identificação de individuos vulneráveis que precisem de apoio que possa ir para além da meia ração.


AC: Esta foi a última pergunta. Para as vossas reportagens, o título é Representante Especial em exercício do Secretário-Geral Finn Reske-Nielsen. E quero também que saibam que ao ouvir as notícias do incidente desta manhã o Representante Especial do Secretário-Geral Atul Khare começou imediatamente a preparar o regresso a Dili. Ele está correntemente em Nova Iorque, porque como sabem, está previsto que ele discurse no Conselho de Segurança em 14 de Fevereiro. Estamos à espera que o Sr Khare chegue de volta a Dili amanhã.

NOTA DE RODAPÉ:

A pergunta que ninguém fez: A UNMIT reconhece a responsabilidade e a culpa de não ter executado os mandados de captura contra Reinado, permitindo que este atacasse o PR e o PM de Timor-Leste?

Bispo de Díli apela à calma, no respeito pela Constituição

SIC Online
11-02-2008 11:50 Última actualização: 11-02-2008 11:51
D. Ximenes Belo condena incidentes

O bispo resignatário de Díli D. Ximenes Belo condenou hoje os actos de violência em Timor-Leste e apelou "ao diálogo entre os timorenses, no respeito pela Constituição e pelo Estado de Direito".
Lusa

Factos e personalidades da luta pela independência "Estou triste com o que se está a passar em Timor e condeno os actos de violência. Peço a Deus que ilumine os timorenses para terem respeito uns pelos outros", comentou à Lusa D. Ximenes Belo, bispo emérito de Díli e Nobel da Paz 1996, juntamente com Ramos-Horta.

Para D. Ximenes Belo, os timorenses "devem procurar resolver os problemas pelo diálogo", no quadro constitucional em vigor. "Todos devem ter calma e dialogar, respeitando o Estado de Direito que queremos construir", disse.

O bispo emérito de Díli apelou também ao respeito pela Constituição e pelo Estado de Direito, considerando que os incidentes devem levar a "um exame de consciência", referindo que a situação já era "muito difícil" em 2006.

"Em 2006 fui falar com o Reinado no mato e a situação já então era muito difícil. Este é o momento para se fazer um exame de consciência", declarou.

Homens armados tentaram hoje matar José Ramos-Horta e Xanana Gusmão, em dois ataques concertados.

O ataque contra Ramos-Horta foi liderado pelo major Alfredo Reinado, que foi morto no incidente.

Ramos-Horta foi ferido a tiro e teve de ser submetido a uma intervenção cirúrgica no hospital militar australiano em Díli, de onde seguiu para um hospital na cidade australiana de Darwin.

De acordo com um elemento da segurança do primeiro-ministro, o tenente Gastão Salsinha, um dos peticionários que abandonaram as forças armadas em 2006, comandou o ataque contra Xanana Gusmão, que saiu ileso.

Timor-Leste: Ramos-Horta a ser operado, situação clínica "extremamente grave, mas estável", médico (ACTUALIZADA)

Darwin, Austrália, 11 Fev (Lusa) - O presidente timorense José Ramos Horta está a ser sujeito a uma intervenção cirúrgica no Royal Darwin Hospital encontrando-se em estado "extremamente grave mas estável", disse à Lusa o director do hospital australiano.

Len Notaras explicou à Lusa que o presidente timorense está a ser alvo de uma intervenção que se centra particularmente no lado direito do tronco, onde uma das balas que o atingiu perfurou o pulmão.

"A sua condição é extremamente grave mas estável", disse, frisando que os ferimentos do líder timorense "podem certamente pôr em risco a vida" e que será crucial avaliar "eventuais complicações nos próximos dias".

"A sua condição é estável e esperemos que possa fazer uma recuperação total", frisou.

Ramos Horta chegou ao hospital de Darwin cerca das 17:30 locais (08:00 em Lisboa) com ferimentos de pelo menos duas balas, que tinham já sido previamente tratados em Díli, onde recebeu 16 unidades de sangue.

À chegada a Darwin, foi avaliado pela equipa clínica de emergência que o submeteu a radiografias e a um cat-scan para determinar o grau dos ferimentos, tendo de seguida dado entrada no bloco operatório onde continuava cerca das 20:15 locais (10:45 em Lisboa).

"O ferimento que tem no peito é bastante grave. Inicialmente pensava-se que tinha um ferimento no abdómen mas tratou-se apenas de um espaço de exploração da equipa em Díli para analisar se tinha ou não órgãos vitais atingidos", explicou.

"Para já, e além do pulmão direito e do fornecimento de sangue para o pulmão direito, os seus restantes órgãos parecem estar intactos, o que é importante durante os próximos dois a três dias em que temos que manter atenção sobre questões de infecção e coagulação de sangue", explicou.

Segundo Notaras, uma das balas que atingiu Ramos Horta terá entrado e saído no seu corpo, estando ainda fragmentos de outra no interior da sua cavidade torácica.

A intervenção cirúrgica a que está a ser sujeito é uma "combinação de estabilização, de reparação dos vasos sanguíneos" e "consistente em garantir uma boa recuperação", explicou Notaras.

Ramos Horta chegou a Darwin num voo médico procedente de Díli cerca das 17:00 locais, tendo sido transportado numa ambulância com cuidados intensivos integrada numa coluna de dois outros veículos, num dos quais seguia a sua irmã, Rosa Carrascalão.

Ligado a várias máquinas e numa maca, Ramos Horta entrou no hospital perante uma forte presença de agentes da polícia de Darwin.

Durante a viagem de Díli Ramos Horta foi colocado em coma induzido, com apoio respiratório e "apoio integro de vida", tendo um porta-voz do Careflight, a empresa responsável pelo transporte, afirmado que o líder timorense estava "muito crítico".


ASP
Lusa/Fim

Um "acto de desespero" de Alfredo Reinado

SIC Online
Publicação: 11-02-2008 11:36 Última actualização: 11-02-2008 11:40

D. Basílio do Nascimento coloca questões sobre atentados contra Xanana e Ramos-Horta

O bispo de Baucau, D. Basílio do Nascimento, considerou hoje que o ataque ao presidente da República e primeiro-ministro de Timor-Leste foi um "acto de desespero" de Alfredo Reinado.

Lusa

"Não tenho ainda elementos que me permitam fazer uma leitura com clareza de tudo o que aconteceu, mas pelo que sei e pela minha análise parece-me um acto de desespero", sublinhou o bispo de Baucau.

D. Basílio do Nascimento disse também ser agora "claro" que "foi um ataque planeado a duas pessoas, a duas instituições do Estado", mas ainda tem dúvidas sobre o que terá levado Alfredo Reinado a agir daquela maneira, a "atacar naquele sítio sem saídas possíveis".

"Há várias interrogações que ainda faço para mim", disse ao questionar se Alfredo Reinado actuou em "desespero, por uma afirmação de bravura ou se tudo advém de um desentendimento entre os rebeldes".

"Parece suicida, mas eu não percebo nada de estratégia militar", afirmou D. Basílio que salientou que é o "bom senso que faz com que as pessoas perguntem o que levou Reinado a fazer aquilo e naquele sitio".

"Isto é mais complicado de entender até porque se alguém defendeu o Alfredo Reinado esse alguém foi Ramos-Horta o que torna tudo isto mais complexo de perceber", disse.

Pelas dúvidas e questões ainda sem resposta, D. Basílio considera a acção militar de hoje um acto de "desespero" porque Alfredo Reinado "estava a perder terreno com acusações sem provas a Xanana Gusmão e caía em descrédito na população".

"Xanana Gusmão tem defeitos, mas apesar de tudo ainda é o homem que simboliza qualquer coisa neste país e Alfredo Reinado recusou ir a Tribunal e apresentar as provas que dizia ter contra Xanana Gusmão como responsável da crise de 2006", salientou.

Por outro lado, acrescentou ainda o prelado, o facto de cerca de 80 peticionários terem aceite acantonar-se em Díli foi mais um "pequeno sinal" do isolamento de Alfredo Reinado. "São pequenos sinais mas um sinal que o tapete começava a fugir-lhe dos pés", concluiu.

Homens armados tentaram hoje matar José Ramos-Horta e Xanana Gusmão, em dois ataques concertados.

O ataque contra Ramos-Horta foi liderado pelo major Alfredo Reinado, que foi morto no incidente.

Ramos-Horta foi ferido a tiro e teve de ser submetido a uma intervenção cirúrgica no hospital militar australiano em Díli, de onde seguiu para um hospital na cidade australiana de Darwin.

De acordo com um elemento da segurança do primeiro-ministro, o tenente Gastão Salsinha, um dos peticionários que abandonaram as forças armadas em 2006, comandou o ataque contra Xanana Gusmão, que saiu ileso.

Timor-Leste: Tropas e policias australianos terça-feira à tarde em Díli

Darwin, Austrália, 11 Fev (Lusa) - Um contingente de 120 militares e 70 agentes policiais australianos deverá chegar a Díli na tarde terça-feira, estando já a ser ultimados os preparativos para a sua viagem, confirmou à Lusa fonte do Ministério da Defesa australiano.
O reforço de militares e polícias foi anunciado hoje pelo primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, em resposta a um pedido nesse sentido do seu homólogo timorense.

O grupo que parte para Díli é formado por uma companhia de infantaria, do 3º batalhão do Royal Australian Regiment, sedeado em Sydney, que será apoiado pela fragata HMAS Perth, que ficará no porto de Díli em apoio.

Seguem também para Díli 70 agentes da Polícia Federal Austrália, corpo que já tem uma presença em Timor-Leste onde estão actualmente 780 efectivos das forças de segurança australiana.

"Para já não há calendário para a permanência destes elementos. Isso ainda não está planeado", disse a fonte do Ministério da Defesa em Camberra, contactada telefonicamente pela Lusa.
"Trata-se de uma companhia de infantaria. Foi escolhida porque, rotativamente, era a que estava preparada para reagir em qualquer momento", afirmou.

O primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, anunciou hoje o reforço "imediato e forte" das forças militares e policiais da Austrália em Timor-Leste.

Em conferência de imprensa, Kevin Rudd anunciou que o reforço surge em resposta a um pedido do governo timorense que pediu um reforço "substancial e significativo" ao que a Australia vai responder "rápida e positivamente".

"Vamos responder de forma imediata com o envio de uma companhia (das forças de Defesa) e o destacamento de entre 50 a 70 agentes policiais", disse em Camberra.

O chefe do governo australiano classificou os incidentes de hoje em Timor-Leste como "uma tentativa coordenada de assassinar toda a liderança" timorense, o que classificou como "um desenvolvimento preocupante".

"Quando se tem algo tão grave como a tentativa de assassinato de toda a liderança democraticamente eleita de um dos nossos vizinhos, é um momento desestabilizador que requer a resposta de uma força apropriada e necessária", afirmou.

"Essa é a decisão dos timorenses e nós respondemos de acordo com esse pedido", afirmou.
Rudd confirmou ainda que vai visitar Díli ainda esta semana, na sequência do ataque que feriu o presidente timorense, José Ramos-Horta.

Em conferência de imprensa Rudd explicou que decidiu aceitar um convite para visitar homólogo timorense, Xanana Gusmão, com quem conversou hoje ao telefone na sequência dos ataques de que o Presidente e o primeiro-ministro foram alvos em Díli.

"O primeiro-ministro Xanana Gusmão pediu-me para visitar Timor-Leste e eu decidi responder a esse convite", afirmou.

ASP.
Lusa/Fim.

Timor-Leste: Presidente do Parlamento de Díli vai pedir reforço da GNR a José Sócrates

11:03 Segunda-feira, 11 de Fev de 2008

Lisboa, 11 Fev (Lusa) - O presidente do Parlamento timorense, Fernando "La Sama" Araújo, anunciou hoje em Lisboa que vai pedir ao governo português o reforço do contingente da GNR em Timor-Leste num encontro com o primeiro-ministro, José Sócrates.

"Vou pedir o reforço do contingente da GNR em Díli", disse Fernando "La Sama" de Araújo, que será recebido pelo primeiro-ministro, José Sócrates, às 11:30, na residência oficial de S. Bento.
"E vamos pedir o apoio do povo português", acrescentou Fernando "La Sama" de Araújo, que lidera uma delegação do Parlamento timorense em visita a Portugal a convite do presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.

Após o encontro com José Sócrates, a delegação timorense será recebida pelo presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, com quem almoça.

DD.
Lusa/Fim

Durão Barroso reafirma solidariedade europeia

Público
Presidente da Comissão Europeia condena atentados em Timor-Leste
11.02.2008 - 10h31 AFP

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, condenou hoje “nos termos mais fortes” os atentados contra o Presidente e o primeiro-ministro de Timor-Leste, assegurando ao povo timorense a “solidariedade” europeia.

“Estou aliviado por o Presidente Ramos-Horta ter sobrevivido a este ataque brutal contra ele e contra a jovem democracia de Timor-Leste”, afirmou Durão Barroso em comunicado.

“Nestas horas difíceis, quero reafirmar ao povo de Timor-Leste a profunda solidariedade da Comissão Europeia”, acrescentou Barroso, prometendo que os europeus continuarão a “ajudar as instituições timorenses a consolidar a democracia e o Estado de direito”.

Situação mais calma, mas com possíveis distúrbios

A situação em Dili encontra-se mais calma, depois dos atentados contra o presidente e o primeiro-ministro timorenses desta segunda-feira. No entanto, existirem rumores de que apoiantes de Reinado se preparam para fazer distúrbios.

( 09:41 / 11 de Fevereiro 08 )

O ministro português do Trabalho e Solidariedade Social, que se encontra em Timor-Leste esta segunda-feira, disse à TSF que «não há sinais de agitação nem problemas nas ruas de Dili», após os atentados contra o presidente e o primeiro-ministro timorenses.

«Vivemos um clima que, dentro destas condições anormais, é relativamente estável», disse Vieira da Silva, dando o exemplo da reunião em que participa, de todos os ministros do Trabalho da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que «está a desenrolar-se», apesar de alguns «reajustamentos logísticos».

O Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas também confirmou à TSF que a capital timorense se encontra «calma», mas alertou que existem «rumores» de que vários «apoiantes desarmados» do major fugitivo Alfredo Reinado «estão concentrados em vários sítios» e prepararam-se para fazer distúrbios em Dili.

O coronel Lere adiantou que as tropas estão «de prevenção à espera de qualquer ordem do governo» e que a policia militar também se encontra no terreno, preparada para actuar em qualquer situação, «em conjunto com as polícias nacional e internacionais».

Para o vice-primeiro-ministro de Timor-Leste, entretanto ouvido pela TSF, os rumores sobre os apoiantes de Reinado virem a provocar distúrbios não se devem concretizar, porque aqueles que o apoiaram no passado fizeram-no «em nome da justiça e da necessidade de respeito e de dialogo».

«A acção desta manhã contraria tudo aquilo que o major tem defendido ao longo dos anos» e constitui um «atentado ao Estado e à nação de Timor», rematou José Luís Guterres.

Timor: Ramos-Horta encontrado em estado de choque pelo INEM

Diário Digital / Lusa
11-02-2008 10:35:04

O primeiro elemento médico que hoje socorreu o Presidente da República de Timor-Leste, após atentado, disse à Lusa que Ramos Horta apresentava uma hemorragia «muito grande» e que estava em «estado de choque».

«Apresentava uma hemorragia muito grande. Uma hemorragia franca e estava em estado de choque, apesar de reagir à dor», disse à Agência Lusa o enfermeiro do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica), que hoje integrou a equipa da GNR que se deslocou ao local do atentado.
O enfermeiro disse à Lusa que quando chegou ao local do atentado se dirigiu para a primeira pessoa, de várias, que se encontrava caída, tendo iniciado os procedimentos médicos.

«Só quando voltámos a pessoa de barriga para cima é que reparei quem era. É uma cara conhecida», contou.

Suspenso o direito de livre circulação

Estado de sítio decretado em Timor-Leste
11.02.2008 - 10h11 PÚBLICO

O primeiro-ministro, Xanana Gusmão, decretou o estado de sítio em Timor-Leste, por um período inicial de 48 horas, com recolher obrigatório entre as 20h00 e as 6h00.

Foi também suspenso o direito de livre circulação, após o duplo atentado de ontem contra as duas primeiras figuras do Estado Timorense.

O Presidente da República, José Ramos-Horta, foi ferido com gravidade, mas o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, saiu ileso.

Ramos-Horta foi sujeito a uma primeira intervenção cirúrgica no hospital de campanha australiano em Díli. Foi depois transportado para a cidade de Darwin, em estado crítico mas estável, onde estava sob coma induzido e prestes a ser submetido a uma segunda intervenção cirúrgica.

Em virtude de o presidente do Parlamento nacional timorense estar em Lisboa prestes a inciair uma vistia oficial, a chefia interina do Estado foi assumida pelo vice-presidente do Parlamento.

Primeiro Vice-Presidente do Parlamento Nacional assume interinamente Chefia do Estado

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
Gabinete de Imprensa
_________________________

Dili, 11 de Fevereiro de 2008


O Primeiro-Ministro Kay Rala Xanana Gusmão anunciou hoje que o Primeiro Vice-Presidente do Parlamento Nacional, Vicente Guterres, assumiu interinamente a Presidência da República, dada a impossibilidade do Presidente da República, José Ramos Horta, exercer o cargo, em consequência dos ferimentos resultantes do atentado de que foi alvo esta manhã.

O Presidente do Parlamento Nacional, Fernando Lasama, encontra-se em Portugal em visita oficial, devendo regressar a Dili brevemente.

A situação clínica do Chefe de Estado é estável e será evacuado ainda hoje para Darwin, onde prosseguirá os tratamentos provocados por duas balas, que o feriram num braço e no abdómen.

Na troca de tiros verificada esta manhã, às 06h15, junto á residência do Presidente da República, foi morto Alfredo Reinado e outro elemento do seu grupo.

O Presidente interino da Republica Democrática de Timor-Leste convocou para esta tarde o Conselho de Estado e o Conselho Superior de Defesa e Segurança, para avaliar a situação e tomar as medidas julgadas necessárias, em estreita articulação com o Parlamento Nacional, que terá de ratificar as decisões tomadas por aqueles dois Órgãos de consulta do Presidente da República.

Também o Chefe do Governo foi esta manhã alvo de uma emboscada, entre as 07h45 e as 08h00, quando se deslocava para o Palácio do Governo, não tendo sofrido qualquer ferimento. A sua viatura, bem como outra da sua segurança pessoal foram atingidas, tendo os seus ocupantes saído ilesos do acidente.

O Primeiro-Ministro Kay Rala Xanana Gusmão lamentou uma vez mais o acto cobarde dirigido contra as Instituições do Estado e garantiu que a situação está sob controlo, depois dos atentados esta manhã contra as vidas do Presidente da Republica e do próprio Primeiro-Ministro.

O Chefe do Governo considerou que os atentados contra dois titulares de Órgãos de Soberania do Estado são graves e o Estado irá tomar as medidas que considerar mais adequadas.

“Estamos a ponderar sobre a forma como o Estado dever reagir a tudo isto”, salientou o Primeiro-Ministro, adiantando que “as Instituições estão alerta para qualquer acto de vandalismo”.

O Primeiro-ministro garantiu aos jornalistas que a situação em Dili é estável, depois de falhadas as tentativas de assassinato do Presidente da Republica e do Primeiro-Ministro e apelou à população para manter a calma e confiar nas instituições.

Kay Rala Xanana Gusmão garantiu que o Estado assume as suas obrigações de velar pela segurança do Povo e está pronto para repôr a Lei e a Ordem, quando tal for necessário, contrariando qualquer tentativa de empurrar Timor-Leste para a categoria de “Estado falhado”.

+FIM+

Ramos-Horta em estado «extremamente grave»

TSF Online
Segunda, 11 de Fevereiro de 2008 10:35

O presidente timorense, vítima de um ataque em Timor-Leste por parte de forças controladas por Alfredo Reinado, está em estado «extremamente grave». Contudo, o director do Hospital de Darwin em que está a ser tratado, acredita que Ramos-Horta poderá recuperar.

Ataque brutal" contra "jovem democracia"

SIC Online
AP

Publicação: 11-02-2008 10:20 Última actualização: 11-02-2008 10:23

"Durão Barroso condena atentados contra Presidente e primeiro-ministro de Timor-Leste

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, condenou hoje, "nos mais fortes termos", os atentados contra o Presidente e o primeiro-ministro timorenses, que classificou como um "ataque brutal" contra a "jovem democracia de Timor-Leste".
Lusa

Num comunicado divulgado em Bruxelas, José Manuel Durão Barroso manifesta-se "aliviado por o presidente Ramos Horta ter sobrevivido a este ataque brutal contra si e contra a jovem democracia de Timor-Leste" e por o primeiro-ministro Xanana Gusmão também se encontrar em "condições de segurança e ter confirmado que a situação em Díli está sob controlo".

"Nestas horas difíceis, quero reiterar ao povo de Timor-Leste a profunda solidariedade da Comissão Europeia", afirma Barroso, garantindo que o seu executivo vai continuar firmemente ao lado das instituições democráticas e a apoiar o desenvolvimento económico e social do país.

Durão Barroso enaltece também o "trabalho crucial" da Polícia das Nações Unidas (UNPol) e da Força Internacional de Estabilização (ISF). Homens armados tentaram hoje matar José Ramos Horta e Xanana Gusmão, em dois ataques concertados. O ataque contra Ramos-Horta foi liderado pelo major Alfredo Reinado, que foi morto no incidente. Ramos-Horta foi ferido a tiro e teve de ser submetido a uma intervenção cirúrgica no hospital militar australiano em Díli, de onde seguirá ainda hoje para um hospital na cidade australiana de Darwin.

De acordo com um elemento da segurança do primeiro-ministro, o tenente Gastão Salsinha, um dos peticionários que abandonaram as forças armadas em 2006, comandou o ataque contra Xanana Gusmão, que saiu ileso

Xanana Gusmão decreta recolher obrigatório durante 48 horas

SIC Online
Publicação: 11-02-2008 10:03 Última actualização: 11-02-2008 10:13

Estado de sítio em Timor-Leste

O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, declarou hoje o estado de sítio por um período inicial de 48 horas em todo o território, com recolher obrigatório. José Ramos-Horta está em estado grave, depois de ter sido baleado.

Xanana Gusmão declarou também a suspensão do direito de livre circulação com recolher obrigatório entre as 20h00 e as 6h00 da manhã.

Estão igualmente proibidas reuniões e manifestações durante o período de estado de sítio.

(Em actualização)

Timor-Leste: Estado de Ramos-Horta "estável, mas grave" - ONU

Barlavento Online
11 de Fevereiro de 2008 08:51
Lusa

Finn Reske-Nielsen, actual responsável pela missão da ONU em Timor-Leste, disse hoje em Díli que a condição de saúde do presidente timorense é "estável, mas grave".

José Ramos-Horta encontra-se já na Austrália, para onde foi transferido depois de ter sido atingido a tiro num ataque a sua casa.

Antes de ser transportado para Darwin, Ramos-Horta recebeu os primeiros tratamentos médicos no hospital militar australiano em Díli, onde foi submetido a uma primeira intervenção cirúrgica.

Statement attributable to the Spokesperson for the Secretary-General on Timor-Leste

UN

New York, 11 February 2008 — The Secretary-General is shocked and dismayed to learn of today's incidents in Timor-Leste in which President Jose Ramos-Horta was shot and wounded and a number of others killed or injured. The convoy of Prime Minister Xanana Gusmão was also attacked.

The United Nations Police (UNPol) is on a high state of alert and is coordinating with the international security forces (ISF) and the Timorese authorities. Upon receipt of this information Special Representative Atul Khare immediately left the United States and is on his way back to Dili.

The Secretary-General condemns in the strongest possible terms these unacceptable attacks on the legitimate institutions of the state and calls on the Timorese people to remain calm and refrain from all violent acts.

Tradução:

Declaração atribuível ao porta-voz do Secretário-Geral sobre Timor-Leste UN

Nova Iorque, 11 Fevereiro 2008 — O Secretário-Geral está chocado e espantado ao saber dos incidentes de hoje em Timor-Leste nos quais o Presidente José Ramos-Horta foi baleado e ferido eoutros mortos os feridos. A caravana do Primeiro-Ministro Xanana Gusmão foi também atacada.

A Polícia da ONU (UNPol) está em alto estado de alerta e a coordenar com as forças internacionais de segurança (ISF) e as autoridades Timorenses. Ao receber esta informação o Representante Especial Atul Khare deixou imediatamente os Estados Unidos e vai a caminho de regresso a Dili.

O Secretário-Geral condena nos mais fortes termos possíveis estes inaceitáveis ataques às instituições legítimas do Estado e pede aos Timorenses para se manterem calmos e se absterem de todos os actos violentos.

Timor-Leste: Cavaco Silva condena «veementemente» atentado

Diário Digital / Lusa
11-02-2008 9:17:00

O Presidente da República, Cavaco Silva, condenou hoje «veementemente» o ataque de que foi alvo o presidente timorense, Ramos Horta, desejando-lhe um «rápido restabelecimento» e o seu regresso o mais breve possível ao país.

Cavaco Silva, que se encontra em León, Espanha, onde hoje vai receber o doutoramento Honoris Causa pela universidade local, considerou o atentado como um «ataque às instituições democráticas do jovem estado timorense».

O Presidente da República disse ter acompanhado a situação em contacto com o embaixador de Portugal em Díli, João Oliveira Ramos, sabendo que Ramos Horta se encontra «hospitalizado mas livre de perigo».

Cavaco Silva desejou um «rápido restabelecimento» de Ramos Horta e o seu regresso, tão cedo quanto possível, ao seu país.

Homens armados tentaram hoje matar José Ramos Horta e Xanana Gusmão, em dois ataques concertados.

O ataque contra Ramos Horta foi liderado pelo major Alfredo Reinado, que foi morto no incidente.

Ramos Horta foi ferido a tiro e teve de ser submetido a uma intervenção cirúrgica no hospital militar australiano em Díli, de onde seguirá ainda hoje para um hospital na cidade australiana de Darwin.

De acordo com um elemento da segurança do primeiro-ministro, o tenente Gastão Salsinha, um dos peticionários que abandonaram as forças armadas em 2006, comandou o ataque contra Xanana Gusmão, que saiu ileso.

UNMIT – MEDIA MONITORING - Monday, 11 February 2008


"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any conseque6nce resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports

TVTL news coverage
- - -

RTL news coverage


Statement by President Xanana Gusmano

President Jose Ramos-Horta was taken to the ISF clinic today to receive surgery after being shot in his arm and stomach this morning at 6am. Alfredo Reinado and one of his men were also shot during the returned fire. Their bodies were taken to the hospital for an autopsy.

Some people have said that President Ramos-Horta had called Alfredo Reinado to come to Dili.

But this is not true. Before taking any action, the President always contacts me and the President of the National Parliament to coordinate activities. I would have known if he had contacted Alfredo.

I have called upon all the petitioners’ to solve their problems, but some petitioners’ have responded with bullets. This can be considered as a strong action against the nation, not just to myself or the President.

Today, I inform you that with the authorization of the Acting President Vicente Guterres, I have called a meeting with the Security and Defence Council and the State Council to continue coordinating activities after this event.

In 2006, when there was an emergency, the nation’s leaders tried to establish security and stability. Today, the situation is different. If the Prime Minister or the President of this country is killed, there will be many consequences. Today and for the future, the State must concentrate its efforts to meet such challenges.

The State hasn’t been able to provide good security for the President or for state institutions. However, for today and the future, the State’s eyes and ears must be open to guarantee that the Timor-Leste does not become a failed state.

An armed group wants to bring down the State, but the State will not allow this. The State will take any steps necessary to ensure that citizens’ rights are protected and people are secure. Security will be provided in vulnerable areas. I announce this to honour our nation’s name and because we don’t want the people to return to suffering.

I am appealing to all people to remain calm to contribute to the nation’s stability. Any action the state must take to protect citizens will not violate people’s human rights or freedom.

To put rest to the rumour that the President called Alfredo to kill him, I would like to reiterate that I was also ambushed and targeted. This shows that it was a planned operation from Alfredo. I ask the people to look for the truth. We have been appealing to Alfredo’s group for two years to participate in a dialogue, but now it has ended in violence, which we had been trying to avoid.

The State is firm in its resolve to solve these problems. I am asking all media in Timor-Leste to provide accurate information. While the media has freedom in Timor-Leste to report the news, they also have a responsibility to report the truth. Never speculate on issues that have not been confirmed.

No Media Monitoring of National Newspapers Today.

Tradução:

UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA - Segunda-feira, 11 Fevereiro 2008


"A UNMIT não assume qualquer responsabilidade pela correcção dos artigos ou pela correcção das suas traduções. A selecção dos artigos e o conteúdo deles não indicam apoio ou endosso pela UNMIT expressa ou de qualquer modo implícita. A UNMIT não será responsável por qualquer consequência resultante da publicação ou da confiança em tais artigos e traduções."


Relatos dos Media Nacionais

TVTL cobertura de notícias - - -

RTL cobertura de notícias

Declaração do Presidente Xanana Gusmão


O Presidente José Ramos-Horta foi levado para a clínica da ISF hoje para ser operado depois de ter sido baleado no braço e no estômago esta manhã às 6 am. Alfredo Reinado e um dos seus homens foram também baleados no tiroteio. Os corpos deles foram levados para autópsia para o hospital.


Algumas pessoas disseram que o Presidente Ramos-Horta tinha chamado Alfredo Reinado para vir a Dili. Mas isso não é verdade. Antes de tomar qualquer acção, o Presidente contacta-me sempre e ao Presidente do Parlamento Nacional para coordenar actividades. Eu teria sabido se ele tivesse contactado o Alfredo.


Convoquei todos os peticionários para resolver os problemas deles, mas alguns dos peticionários responderam com balas. Isto pode ser considerado uma acção forte contra a nação, não apenas contra mim ou o Presidente.


Hohe, informo-os que com a autorização do Presidente em exercício Vicente Guterres, convoquei uma reunião do Conselho da Segurança e Defesa e o Conselho de Estado para continuar a coordenar as actividades depois deste evento.


Em 2006, quando houve uma emergência, os líderes da nação tentaram estabelecer a segurança e a estabilidade. Hoje, a situação é diferente. Se o Primeiro-Ministro ou o Presidente deste país for morto, haverá muitas consequências. Hoje e para o futuro, o Estado deve concentrar os seus esforços na resposta a tais desafios.


O Estado não foi capaz de dar boa segurança ao Presidente ou às instituições do Estado. Contudo, para hoje e para o futuro, os olhos e os ouvidos do Estado devem estar abertos para garantir que Timor-Leste não se torne um Estado falhado.


Um grupo armado quer derrubar o Estado, mas o Estado não permitirá isto. O Estado tomará quaisquer passos necessários para assegurar que os direitos dos cidadãos são protegidos e as pessoas seguras. Será providenciada segurança nas áreas vulneráveis. Anuncio isto para homenagear o nome da nossa nação e porque não queremos que o povo volte a sofrer.


Apelo a todo o povo para se manter calmo para contribuir para a estabilidade da nação. Qualquer acção que Estado deve tomar para proteger os cidadãos não violará os direitos humanos das pessoas ou a liberdade.


Para acabar com o rumor de que o Presidente chamou Alfredo para o matar, gostaria de reiterar que eu também fui emboscado e visado. Isto mostra que isso foi uma operação planeada por Alfredo. Peço às pessoas para procurarem a verdade. Há dois anos que temos andado a apelar ao grupo de Alfredo para participar num diálogo, mas agora isso acabou na violência, que andávamos a evitar.


O Estado está firme na sua resolução de resolver estes problemas. Peço a todos os media em Timor-Leste para darem informações correctas. Conquanto os media têm liberdade em Timor-Leste para relatar as notícias, têm também a responsabilidade para relatar a verdade. Nunca especulem em questões que não tenham sido confirmadas.


Não houve hoje Monitorização dos Media de Jornais Nacionais.

Gastrentorologista considera que situação "potencialmente muito grave"

Lisboa, 11 Fev (Lusa) - Uma bala alojada no abdómen é "uma situação potencialmente muito grave" e poderá provocar "situações irreversíveis" se a vítima perder sangue durante muito tempo, comentou hoje um médico gastrenterologista, reportando-se ao atentado contra o presidente de Timor-Leste.

"Sem conhecer as informações clínicas e apenas pelas informações dadas pela comunicação social, posso dizer que se trata de uma situação mais grave do que se pensava inicialmente", referiu à Lusa um médico do Hospital de Santa Maria.

Depois de ser colocado em coma induzido, José Ramos Horta foi operado no hospitalar militar australiano em Díli para lhe ser removida uma bala, que primeiro o atingiu nas costas e depois no estômago.

O presidente timorense foi ainda atingido por uma segunda bala, que o feriu de raspão.

Estabilizado o seu estado de saúde, o líder timorense foi transferido via área para a cidade australiana de Darwin, onde já chegou, em estado considerado grave mas estável, segundo as informações disponíveis.

Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, Zacarias da Costa, o presidente ficou mais de uma hora no quarto da sua residência, em Díli, à espera de auxilio, após o ataque de que foi alvo cerca das 21:15 horas de Lisboa.

"Uma bala no estômago, que na prática está alojada no abdómen, é uma situação grave e se o doente estiver muito tempo em estado de choque, a perder sangue, poderá haver situações irreversíveis de danos ao nível dos rins ou do cérebro", comentou o mesmo médico.

O gastrenterologista comentou que uma situação semelhante em Portugal, o paciente entraria imediatamente no bloco operatório, sem realização de quaisquer tipos de exames.

O atentado contra a casa do presidente timorense resultou em dois mortos, um dos quais o major fugitivo Alfredo Reinado.

Cerca das 07:15 (22:45 em Lisboa), o primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, foi atacado a caminho de Díli, mas não sofreu nenhum ferimento.

Homens armados tentaram hoje matar José Ramos Horta e Xanana Gusmão, em dois ataques concertados.

O ataque contra Ramos Horta foi liderado pelo major Alfredo Reinado, que foi morto no incidente.

Ramos Horta foi ferido a tiro e teve de ser submetido a uma intervenção cirúrgica no hospital militar australiano em Díli, de onde seguirá ainda hoje para um hospital na cidade australiana de Darwin.

De acordo com um elemento da segurança do primeiro-ministro, o tenente Gastão Salsinha, um dos peticionários que abandonaram as forças armadas em 2006, comandou o ataque contra Xanana Gusmão, que saiu ileso.

PL

Lusa/Fim

Wounded Ramos-Horta arrives in Australia

STORY HIGHLIGHTS
NEW: Ramos-Horta arrives in Darwin, Australia, on full life support for treatment
Australia says it would send troops to help stabilize East Timor
Analyst: Rebel leader Reinado may have led attack after hearing of plan against him

President Jose Ramos-Horta shot twice; PM Gusmao escapes separate attack
11.02.2008

(CNN) -- East Timor's president Jose Ramos-Horta arrived in Australia on Monday on full life support after being shot twice in an assassination attempt in his country, a medical official said.

Peacekeeping troops from Portugal stand guard Monday outside government offices in Dili, East Timor.

The Southeast Asian island nation's prime minister, Xanana Gusmao, was also attacked, but escaped unhurt, officials said. The coordinated assaults on their homes were blamed on rebel troops.

Ramos-Horta was shot twice in the back, and one of the bullets tore through his abdomen, Foreign Minister Zacarias da Costa said.

"We understand his condition is critical, but it has been stabilized with the emergency surgery in the military hospital, so that's good news," said Ian Badham a spokesman for Australia's CareFlight. The company dispatches medical teams via air ambulances.

Ramos-Horta arrived in Darwin, Australia, on Monday evening for the emergency medical treatment, a medical official said.

"He's in an induced coma. He's on a ventilator to control his breathing," said Badham.

"He certainly remains in a critical, but stabilized condition."

Ramos-Horta was taken to Royal Darwin hospital for additional emergency treatment. He underwent initial surgery at an Australian military hospital in East Timor before making the one-hour flight from the capital, Dili, to Darwin.

"It's possible he may have to undergo further surgery," Badham said. "Two bullet wounds can certainly cause a lot of medical damage." Watch as Badham describes Ramos-Horta's condition »
Gusmao was convening an emergency meeting of the island's government in Dili, Deputy Prime Minister Jose Luis Gutteres told CNN.

Australia, a close ally, said it would respond to Dili's request by sending several hundred troops and up to 70 police to help stabilize East Timor in the attacks' aftermath.

"I'm deeply shocked by developments this morning in East Timor," said Australian Prime Minister Kevin Rudd.

"What we had, apparently, are coordinated attacks aimed at assassinating the democratically elected leadership of East Timor, a close friend and partner of Australia."

Killed in the attack were a bodyguard for the president and two attackers, da Costa said.
One of them was rebel leader Maj. Alfredo Reinado, said Gutteres.

Reinado, the Australian-trained former head of East Timor's military police joined the revolt and became its leader. He was later captured but broke out of prison and returned to lead disaffected troops, said Damien Kingsbury, an analyst at Australia's Deakin University.

Two small parties in Gusmao's government had supported the rebels, and the government had been trying to coax Reinado to give up peacefully, Kingsbury said.

But a secondary plan had been developed to move against him by force if necessary, Kingsbury added, saying, "It's quite possible that he got wind of this plan and decided to act accordingly."

In a message to its citizens in the country, the U.S. State Department said the attack on the president occurred at 7:30 a.m. The State Department said there were "unconfirmed reports of unrest" in the Lahane zone of Dili and Taibesse but no other reports of unrest in Dili.

The U.S. State Department urged Americans "to use extreme caution and limit movements to the greatest extent possible."

Ramos-Horta shared the Nobel Peace Prize with Carlos Filipe Ximenes Belo in 1996 for their work toward a peaceful solution to the conflict in their country.

Under the rule of the late Suharto, Indonesia occupied East Timor for a quarter century, during which more than 100,000 people were killed, according to human rights groups.

East Timor gained independence in 2002.
In March 2006 a strike by about 600 East Timorese soldiers against alleged discrimination in the military led to their dismissal. The soldiers set up armed camps in the countryside, prompting the dispatch of additional peacekeepers from Australia, Malaysia, Portugal and New Zealand.

Tradução:

Ramos-Horta ferido chega à Austrália

PONTOS ALTOS DA HISTÓRIA

NOTÍCIA: Ramos-Horta chega a Darwin, Austrália, para tratamento com equipamento de apoio de vida Austrália diz que enviará tropas para ajudar a estabilizar Timor-Leste

Analista: Líder amotinado Reinado pode ter liderado o ataque depois de ouvir o plano contra ele
Presidente José Ramos-Horta baleado duas vezes; PM Gusmão escapa ataque separado 11.02.2008


(CNN) -- O presidente de Timor-Leste José Ramos-Horta chegou à Austrália na Segunda-feira com equipamento de apoio de vida depois de ter sido baleado duas vezes numa tentativa de assassínio, disse uma fonte médica.

Tropas de Portugal fazem guarda na Segunda-feira no exterior dos gabinetes do governo em Dili, Timor-Leste.

O primeiro-ministro da ilha nação do Sudeste Asiático, Xanana Gusmão, foi também atacado, mas escapou incólume, disseram fontes oficiais. Tropas amotinadas foram acusadas dos assaltos coordenados às suas casas.

Ramos-Horta foi baleado duas vezes nas costas, e uma das balas rompeu através do abdómen, disse o Ministro dos Estrangeiros Zacarias da Costa.

"Sabemos que a sua condição é crítica, mas foi estabilizada com cirurgia de emergência no hospital militar, isso são boas notícias," disse Ian Badham um porta-voz do Australia's CareFlight. A companhia despacha equipas médicas em ambulâncias aéreas.

Ramos-Horta chegou a Darwin, Austrália, na Segunda-feira à noite para tratamento médico de emergência, disse uma fonte médica.

"Está num coma induzido. Está num ventilador para controlar a sua respiração," disse Badham.
"Certamente que se mantém numa condição crítica mas estabilizada."


Ramos-Horta foi levado para o hospital Royal de Darwin para mais tratamentos de emergência. Submeteu-se a uma primeira cirurgia num hospital militar Australiano em Timor-Leste antes de fazer o voo de uma hora da capital, Dili, para Darwin.

"É possível que tenha de passar por mais cirurgias," disse Badham. "Duas feridas por bala podem causar bastantes estragos médicos." Reparem como Badham descreve a condição de Ramos-HortaサGusmão estava a convocar um encontro de emergência do governo da ilha em Dili, disse o vice-Primeiro-Ministro José Luis Guterres à CNN.

A Austrália, um aliado próximo, disse que responderia ao pedido de Dili e ia enviar várias centenas de tropas e mais 70 polícias para ajudar a estabilizar Timor -Leste no período depois dos ataques.

"Estou profundamente chocado com os desenvolvimentos esta manhã em Timor-Leste," disse o Primeiro-Ministro Australiano Kevin Rudd.

"O que tivemos, aparentemente, foram ataques coordenados que visavam assassinar a liderança democraticamente eleita de Timor-Leste, um amigo e parceiro próximo da Austrália."
Mortos no ataque foram um guarda-costas do presidente e dois atacantes, disse da Costa.Um deles foi o líder amotinado Maj. Alfredo Reinado, disse Guterres.


Reinado, o antigo chefe da polícia militar de Timor-Leste formado na Austrália juntou-se ao motim e tornou-se o seu líder. Mais tarde foi capturado mas fugiu da prisão e voltou para liderar tropas dissidentes, disse Damien Kingsbury, um analista da Deakin University da Austrália.
Dois pequenos partidos do governo de Gusmão tinham apoiado os amotinados, e o governo estava a tentar convencer Reinado a entregar-se pacíficamente, disse Kingsbury.


Mas um plano secundário tinha sido desenvolvido contra ele pela força, se necessário, acrescentou Kingsbury, dizendo, "É bastante possível que ele tenha sabido deste plano e decidido actuar de acordo."

Numa mensagem aos seus cidadãos no país, o Departamento do Estado dos USA disse que o ataque ao presidente ocorreu às 7:30 a.m. O Departamento do Estado disse que havia "relatos não confirmados de desassossego" na zona de Lahane de Dili e Taibesse mas nenhum outro relato de desassossego em Dili.

O Departamento de Estado dos USA urgiu os Americanos "a usarem de extremo cuidado e a limitarem os seus movimentos o mais possível."

Ramos-Horta partilhou o prémio Nobel da Paz com Carlos Filipe Ximenes Belo em 1996 pelo trabalho dos dois para uma solução pacífica do conflito no país.

Sob a governação do falecido Suharto, a Indonésia ocupou Timor-Leste durante um quarto de século, durante o qual mais de 100,000 pessoas foram mortas, de acordo com grupos de direitos humanos.

Timor-Leste ganhou a independência em 2002.Em Março de 2006 uma greve de cerca de 600 soldados Timorenses contra alegada discriminação nas forças militares levaram à sua demissão. Os soldados montaram acampamentos armados no campo, levando ao despacho de tropas adicionais da Austrália, Malásia, Portugal e Nova Zelândia.

East Timor leader in critical condition

The Associated Press
11.02.2008
12 minutes ago

CANBERRA, Australia - East Timor's president was admitted to an Australian hospital Monday in critical condition after rebels shot and wounded him during what officials called a failed coup attempt.

Jose Ramos Horta was taken in an induced coma to the northern Australian city of Darwin after being shot during the attack on his home in Dili, East Timor's capital. The tiny nation's prime minister escaped a separate attack unharmed.

"During his transfer from Dili to Darwin he remained stabilized but in critical condition," said Ian Badham of CareFlight International, the medical evacuation service that conducted the flight for the president.

"He remained on a ventilator in an induced coma, which he was put into to control his breathing" as he underwent surgery in Dili and maintained during the flight, Badham said.

Ramos Horta had received multiple blood transfusions, Badham said.

He was delivered to the Royal Darwin Hospital, where staff were doing a full assessment of his condition.

Tradução:

Lider de Timor-Leste em condição crítica

The Associated Press
11.02.200812 minutos atrás

CANBERRA, Austrália - O presidente de Timor-Leste foi admitido na Segunda-feira num hospital Australiano em condição crítica depois de amotinados o terem baleado e ferido durante o que algumas fontes oficiais chamaram uma tentativa de golpe falhada.

José Ramos Horta foi levado num coma induzido para a cidade de Darwin do norte da Austrália depois de ter sido baleado durante o ataque na sua casa em Dili, capital de Timor-Leste. O primeiro-ministro da pequena nação escapou sem ferimentos noutro ataque separado.

"Durante a sua transferência de Dili para Darwin ele permaneceu estabilizado mas numa condição crítica," disse Ian Badham da CareFlight International, o serviço médico de evacuação que fez o voo para o presidente.

"Manteve-se num ventilador num coma induzido, onde foi posto para se controlar a sua respiração" quando foi operado em Dili e que se manteve durante o voo, disse Badham.
Ramos Horta recebeu múltiplas transfusões de sangue, disse Badham.


Foi entregue no Hospital Royal de Darwin, onde o pessoal está a fazer uma avaliação completa da sua condição.

GNR ainda sem número total de mortos

SOL
2a-feira, 11 Fevereiro 2008

A GNR, em Díli, ainda não dispõe da «contabilidade total dos mortos» resultantes do ataque contra a residência do Presidente da República de Timor-Leste, mas admite mais vitímas mortais além do major fugitivo Alfredo Reinado

«É verdade, o major Alfredo Reinado morreu», confirmou à Lusa o tenente Carlos Correia, oficial de ligação do Subagrupamento Bravo da GNR em Díli que acrescentou que aguarda informações sobre o número total de mortos.

«Ainda não temos a contabilidade total do número de mortos e feridos do ataque», disse à agência Lusa o tenente Carlos Correia que explicou ainda que a GNR foi a primeira força a chegar a casa do Presidente da República de Timor-Leste.

«Fomos os primeiros a chegar. A primeira chamada sobre os acontecimentos foi feita para mim e seguimos para o local. Quando chegámos à casa do Presidente da República já não ouvimos disparos».

A segurança à residência do Chefe de Estado timorense é assegurada por elementos das Forças Defesa de Timor-Leste (FALINTIL-FDTL) que foram confrontados com os atacantes.
«Ainda estamos a tentar saber qual o número de pessoas envolvidas no ataque. É possível que tenham tentado entrar com uma viatura, mas ainda estamos a tentar saber o que aconteceu», referiu.

«Para já a situação na cidade parece calma e esperemos que assim continue. Estamos em prontidão mas não há alterações da ordem pública», concluiu o tenente Carlos Correia.
Lusa/SOL

Ramos-Horta já está na Austrália após atentado

RTP
António Dasiparu, EPA

Avião que transportou o presidente de Timor para Darwin guardado por militares australianos
O presidente de Timor-Leste já está em Darwin, onde vai permanecer hospitalizado. Ramos-Horta foi vítima de um atentado, tendo sido atingido por duas balas. Também o primeiro-ministro Xanana Gusmão foi alvo de um ataque, tendo no entanto escapado ileso.

“Foi um ataque cobarde contra o Presidente da República, contra o primeiro-ministro e contra as instituições do Estado”, disse Xanana Gusmão em reacção à tentativa de eliminação da liderança timorense.

O presidente Ramos-Horta foi atacado à porta de casa, por volta das 06h15 (hora de Timor), tendo sido atingido por duas balas. Foi assistido num hospital de campanha militar australiano, onde os médicos tentaram extrair uma das balas que o “atingiu nas costas e passou para o estômago”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros Zacarias da Costa. “A outra passou de raspão”, disse.

O estado de saúde do presidente de Timor é “muito grave mas estável”, informou o primeiro-ministro australiano, país para onde Ramos-Horta foi transportado para receber cuidados médicos.

O atentado contra Ramos-Horta foi levado a cabo pelo Major Alfredo Reinado, antigo comandante da Polícia Militar que estava fugido à Justiça. Reinado foi morto.

O Major estava acusado de um crime de rebelião, quatro crimes de homicídio na forma consumada e dez crimes na forma tentada.

Atentado contra o primeiro-ministro Xanana Gusmão

Pouco depois do atentado a Ramos-Horta, a caravana automóvel onde seguia Xanana Gusmão, a caminho de Díli, ficou sob “fogo cerrado”. A primeira viatura despistou-se e o carro onde estava o primeiro-ministro chegou mesmo a ser atingido por balas.

Xanana Gusmão saiu ileso desta tentativa de assassinato e conseguiu chegar a Díli apesar dos “pneus furados” do carro, como relatou.

Este ataque foi liderado pelo tenente Gastão Salsinha, um dos líderes da revolta dos militares em 2006,a par de Alfredo Reinado.

Já no Palácio do Governo em Díli, Xanana Gusmão informou que o vice-presidente do Parlamento, Vicente Guterres, assumiu interinamente a chefia do Estado. Guterres convocou para a tarde uma reunião do Conselho de Estado e do Conselho Superior de Defesa e Segurança para avaliarem em conjunto a situação.

Reforço de segurança no país

A Austrália já anunciou o reforço das tropas em Timor-Leste, com o envio de uma companhia das forças de Defesa e o destacamento de entre 50 a 70 agentes policiais. O chefe de Governo australiano, Kevin Rudd, classificou os incidentes como “uma tentativa coordenada de assassinar toda a liderança”.

As forças das Nações Unidas foram colocadas em “estado de alerta máximo”.

Portugueses em Timor estão bem

Apesar da instabilidade que se vive no país, o embaixador de Portugal em Díli disse à Agência Lusa que os cerca de 500 portugueses registados nos serviços consulares da embaixada estão em segurança e foram aconselhados a restringirem as saídas ao essencial.

O Governo português, em comunicado, indica que “tem acompanhado em permanência os lamentáveis acontecimentos ocorridos esta manhã na capital timorense, dos quais resultou ferido o Presidente da República José Ramos Horta”.

“O Governo português repudia vivamente estes atentados que também visaram o primeiro-ministro Xanana Gusmão e manifesta a sua confiança na manutenção da ordem pública e estabilidade do país".

Alexandre Brito, RTP
2008-02-11 08:47:09

Timor: portugueses devem permanecer em casa

Portugal Diário, 2008/02/11 08:20
Embaixador pede precaução, mas diz que situação «está calma em Díli»

As Nações Unidas apelaram à população em Díli para restringerem os movimentos e não saírem de casa se não for estritamente necessários.

O embaixador português Ramos Pinto afirmou à SIC Notícias que a situação em Díli está «calma» e não há relatos de confrontos. Contudo, aconselhou a comunidade portuguesa - via sms - a permanecer em casa e a circular o mínimo possível.

Ramos Horta em coma

Portugal Diário, 2008/02/11 07:59

Presidente timorense chegou a Darwuin, onde deverá ser submetido a uma intervenção cirúrgica
O estado de saúde de Ramos Horta é grave.

O Presidente da República de Timor está em «coma induzido e ligado a um ventilador», segundo avança a agência Reuters.

Deverá ser novamente operado em Darwin, na Austrália. «Ele encontra-se em estado crítico, a respirar com ajuda de um ventilador e em coma induzido», disse o porta-voz da organização CareFligth momentos após a aterragem de Ramos Horta em Darwin.

Segundo o relato do jornalista Pedro Rosa Mendes em declarações à SicNotícias, Ramos Horta chegou a falar já sobre o atentado de que foi alvo, dizendo que «o Estado não deixará de reagir» contra à tentativa de assassinato.

Ramos Horta em situação crítica

Data: Segunda-feira, 11 Fevereiro de 2008 - 08:42

PRESIDENTE DE TIMOR LESTE TRANSFERIDO PARA A AUSTRÁLIA

A condição de saúde de Ramos Horta é considerada crítica. O Presidente de Timor foi transferido para um hospital na Austrália e encontra-se em coma induzido, com respiração assistida.

Ramos Horta, ferido a tiro, e Xanana Gusmão foram alvos de dois atentados diferentes. O Primeiro-ministro de Timor já disse que os ataques foram um "atentado contra o Estado".

Já Leandro Isaac referiu que os ataques a Ramos Horta e Xanana Gusmão constituíram um "plano" de Alfredo Reinado para "abater os seus dois maiores inimigos".

O major fugitivo Alfredo Reinado foi um dos dois mortos resultantes do ataque a Ramos Horta.

O Governo de José Sócrates já veio "repudiar vivamente" os atentados em Díli. Os portugueses encontram-se bem.

NOTA DE RODAPÉ:

Diz Leandro Isaac que Xanana e Ramos-Horta eram os piores inimigos de Alfredo Reinado. E Leandro Isaac, onde fica agora? Ao lado do seu amigo Reinado?...

Hum... Cada vez mais estranho, né?...

Ramos Horta operado novamente

Portugal Diário

2008/02/11 07:59

Presidente timorense chegou a Darwin, onde deverá ser submetido a uma intervenção cirúrgica.

Ramos Horta não corre perigo de vida, mas o seu estado de saúde é grave. O Presidente da República de Timor está em «coma induzido e ligado a um ventilador», segundo avança a SicNotícias.

Deverá ser novamente operado em Darwin, na Austrália.

Segundo o relato do jornalista Pedro Rosa Mendes em declarações àquela televisão, Ramos Horta chegou a falar já sobre o atentado de que foi alvo, dizendo que «o Estado não deixará de reagir» contra à tentativa de assassinato.

Avião que transporta Ramos-Horta ainda não chegou a Darwin

Indonésia reforça a segurança na fronteira com o Timor-Leste

11/02/2008 - 05h08

Jacarta, 11 fev (EFE).- O Exército da Indonésia reforçou a segurança na fronteira terrestre com o Timor-Leste, depois que militares rebeldes timorenses tentaram hoje assassinar o presidente do país, José Ramos Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão.

O comandante militar da província indonésia do Timor Ocidental declarou que o aumento da vigilância e as patrulhas são para "prevenir que os rebeldes escapem", segundo os meios de imprensa indonésios.

Cerca de mil agentes patrulham a fronteira comum e controlam as passagens entre os países.

A Indonésia se retirou do Timor-Leste em 1999, após quase 25 anos de ocupação, e o território alcançou a independência em 2002.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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