terça-feira, março 18, 2008

Sónia Neto foi destacada pela Comissão Europeia

ONU elogia conselheira portuguesa em Timor
18.03.2008 - 14h34 PÚBLICO

O Representante Especial do Secretário-Geral para Timor-Leste, Atul Khare, agradeceu hoje publicamente à Comissão Europeia o apoio dado ao destacar para Timor-Leste Sónia Neto, uma conselheira portuguesa da equipa de Durão Barroso, em Bruxelas.

Sónia Neto juntou-se ao representante da ONU, como sua Conselheira de topo, em 9 Abril de 2007, por um período inicial de três meses, sucessivamente prolongados, informa a UNMIT em comunicado.

Khare agradeceu ao Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, a “vontade generosa” de nomear Sonia Neto como sua Conselheira de topo, assinalando que a presença desta “reforçou significativamente” a sua equipa pessoal, “dado o seu conhecimento íntimo do país e a sua excelente capacidade para trabalhar com a liderança timorense”.

Sónia Neto exerceu funções de chefe de gabinete de José Ramos Horta entre 2001 e 2006, em Díli.

“Sónia representa o melhor que os profissionais da Comissão Europeia têm para oferecer, ao mesmo tempo que segue de maneira persistente os princípios e propósitos da Carta da ONU”, concluiu Khare, agradecendo ao mesmo tempo o apoio de Bruxelas à UNMIT e a Timor-Leste, “particularmente a promoção da aplicação da lei, o reforço da governação democrática e do desenvolvimento socio-económico”.

PR sai do hospital quarta-feira e vai descansar alguns dias em casa particular em Darwin

Lisboa, 18 Mar (Lusa) - O Presidente timorense terá alta hospitalar quarta-feira e irá para uma residência particular em Darwin, Austrália, onde descansará alguns dias, disseram hoje à Lusa a chefe de gabinete de José Ramos-Horta e o médico Rui Araújo.
"Amanhã (quarta-feira), a qualquer momento, o Presidente Ramos-Horta sai do hospital para uma casa privada em Darwin, onde ficará alguns dias a descansar", disse Natália Carrascalão.

José Ramos-Horta foi ferido a tiro durante um ataque contra a sua residência em Díli, a 11 de Fevereiro.

Nesse mesmo dia, após ter sido inicialmente assistido em Díli, foi transferido para um hospital de Darwin, norte da Austrália, onde foi submetido a várias intervenções cirúrgicas.

Contactada telefonicamente a partir de Lisboa, Natália Carrascalão referiu que José Ramos-Horta "já começou a falar" no regresso a Timor-Leste.

"Com a força interior e capacidade de trabalho que todos lhe reconhecem, (o regresso a Díli) acontecerá a qualquer momento, não deverá ficar muito tempo em casa", disse.

Também contactado telefonicamente pela Lusa, Rui Araújo, o médico timorense que acompanha José Ramos-Horta em Darwin, admitiu o regresso do chefe de Estado a Díli "talvez dentro de duas a três semanas", salientando, no entanto, que "tudo depende da decisão política do Presidente da República".

"Se o Presidente da República desejasse voltar hoje, não haveria razões médicas que o impeçam porque em Timor-Leste há condições para ter o acompanhamento que terá em Darwin", disse.

"Do ponto de vista médico, não há objecções, mas recomenda-se ainda algum descanso" antes da viagem para Díli, referiu.

Segundo Rui Araújo, a mudança para uma casa privada após cinco semanas num ambiente hospitalar poderá "facilitar ainda mais a recuperação" de José Ramos-Horta.

"Dada a gravidade dos ferimentos, a recuperação registada em cinco semanas é excelente e os médicos estão muito satisfeitos", disse ainda.

Rui Araújo referiu que a "robustez física" de Ramos-Horta e a assistência médica que recebeu ainda em Díli logo após o ataque foram determinantes para a recuperação do Presidente timorense.

"A intervenção feita foi adequada e atempada, a começar pela assistência que lhe foi prestada pela equipa do INEM e da GNR e pelo hospital militar australiano em Díli, bem como a assistência que teve em Darwin", frisou.

Questionado sobre o estado do chefe de Estado timorense, Rui Araújo foi peremptório: "o Presidente da República está recuperado, está em forma".

"Numa frase, continuamos a ter o Presidente Ramos-Horta", acrescentou.

PNG.
Lusa/Fim

Acordo ortográfico

Blog Causa Nossa
Terça-feira, 18 de Março de 2008

Já se sabia que Isabel Pires de Lima, ex-Ministra da Cultura, não era adepta do acordo ortográfico, a que não deu seguimento enquanto governante. Mas o seu artigo no semanário Sol da semana passada sobre o assunto incorre em dois erros. Primeiro, o Acordo ainda só está juridicamente em vigor para os três Estados da CPLP que o tinham ratificado e que ratificaram também o protocolo adicional de 2004 (Brasil, Cabo Verde e São Tomé), que permitiu a sua entrada em vigor desde que ratificado por três países (e não todos os da CPLP). Segundo, a próxima ratificação desse protocolo adicional pelo nosso País, que ratificou o Acordo logo em 1991, tornará este imediatamente aplicável em Portugal, embora só se torne oficialmente obrigatório ao fim de seis anos, como foi anunciado.Quanto à sua efectiva aplicação em todo o espaço lusófono, é de esperar que Portugal use os meios diplomáticos necessários para levar os países que ainda o não fizeram a ratificar tanto o Acordo como o protocolo de 2004 (Guiné, Angola, Moçambique e Timor), bem como a combinar com todos eles, especialmente com o Brasil, uma data comum para a sua entrada em vigor efectiva, desde logo nos textos oficiais (diário oficial e demais documentos oficiais).

Aditamento
Para uma breve introdução ao acordo ortográfico, ver este artigo na Wikipédia.

[Publicado por Vital Moreira]

Ramos-Horta tem alta amanhã

Informação confirmada pela RR

18.03.2008 - 10h51 PUBLICO.PT

O Presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, vai ter alta amanhã. A informação foi confirmada aos microfones da Rádio Renascença (RR) pelo seu médico.

O Presidente timorense está internado num hospital de Darwin, na Austrália, desde que foi vítima de uma tentativa de assassínio, em Díli, no passado dia 11 de Fevereiro.

Apesar de receber alta hospitalar, Ramos Horta vai permanecer em Darwin, avança ainda a RR.

O médico do Presidente timorense, Rui Araújo, indicou que Ramos Horta está "muito melhor". "O resultado da última operação foi reavaliado esta manhã pelo cirurgião, as feridas estão a sarar bem, o senhor Presidente está a recuperar de forma excelente. Já não há razões para continuar internado e vai continuar a recuperação em Darwin, mas já fora do hospital", disse, ouvido pela RR.

Estado de emergência durante um mês

Paralelamente, o Governo timorense resolveu, em reunião extraordinária do conselho de ministros realizada hoje, propor ao Presidente da República interino a prorrogação do estado de excepção, passando a estado de emergência, por um período de trinta dias.

A proposta do Governo vai no sentido de que o estado de emergência vigore em todo o território nacional a partir das 00h00 do próximo dia 23 de Março e termine às 24h00 do dia 22 de Abril.

O estado de emergência impõe, entre outras coisas, restrições ao direito de livre circulação e obrigatoriedade de um recolher obrigatório, entre as 23h00 e as 05h00.

Recorde-se que a declaração do estado de excepção foi decretada na sequência dos atentados contra a vida do Presidente e do primeiro-ministro, no dia 11 de Fevereiro.

Entretanto continua em fuga um grupo de homens fortemente armados com equipamento de guerra, aparentemente chefiados pelo ex porta-voz dos rebeldes, Gastão Salsinha, suspeito de participação nos atentados.

A captura e apresentação à Justiça deste grupo armado continua a ser um imperativo para as autoridades timorenses.

Procura-se escritor com um Conto original de Timor-Leste

Exmos. Senhores,

A Única, Projectos Especiais, Imagem e Marketing encontra-se neste momento a produzir uma série de televisão infanto-juvenil.

A série é constituída por 30 episódios e pretende fazer uma pequena mostra lúdica, para o público infanto-juvenil, das diferentes formas de falar o português, um pouco por todo mundo (incluindo Portugal continental e Ilhas). Conta com a participação de diversos escritores de várias nacionalidades (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor) que apenas têm em comum o escrever em português. Temos a apoiar-nos entidades como a RTP (RTP2, RTP Internacional, RTP África onde a série será transmitida), a Fundação Calouste Gulbenkian, a Casa Civil da Presidência da República Portuguesa, a Associação PRO DIGNITATE, o Instituto Português da Juventude, o Instituto Camões, o Ministério da Cultura (com a atribuição do Mecenato Cultural), Direcção Regional de Cultura dos Açores, Câmara Municipal de Évora, Câmara Municipal da Amadora, entre outros organismos.

Encerrando em si, quer a valorização do património cultural, quer a mostra de oralidade, do falar da língua portuguesa um pouco por todo o mundo através de episódios de animação para crianças, esta série de televisão é também uma mostra em como culturas tão diferentes têm um ponto em comum: a língua. Para além disso, os valores transmitidos em cada conto, em cada lenda, em casa estória, são valores universais, transversais a cada cultura, seja a criança de onde for. Mostra-se que é possivel criar estórias, ter assuntos, que são universais a todas as raças e credos.
Quinze estórias são lendas antigas de cada local, pesquisa feita tendo por base a eleição de um conto tradicional, comum. Os outros quinze episódios têm textos originais, criados por escritores em cada um dos países/regiões, onde são explorados valores universais, interculturais, que digam respeito às crianças em todo o mundo.

O motivo que me leva a escrever-lhe prende-se com o facto de ainda não contarmos com um conto original de Timor. Temos tido muita dificuldade em encontrar um escritor timorense que possa escrever um conto para crianças. Peço-lhe ajuda no sentido de saber se nos poderão indicar o contacto de algum escritor timorense que possa estar interessado em participar neste projecto.

Desde já muito obrigada,

Cordiais cumprimentos,
Cátia Viegas

ÚNICA - Projectos Especiais, Imagem e Marketing
Rua Castilho, 71 - r/c esq. 1250-068 Lisboa
Telefs: 21 381 58 91 / 21 386 60 95/6
Email: catiaviegas@unica.com.pt

Escola de Futebol da CPLP

RTP

Publicado: 2008-03-18 01:08:39 Actualizado: 2008-03-18 08:58:38
Por: Carlos Silva

É inaugurada, esta terça-feira, em Brasília, a Escola Internacional de Futebol da CPLP
A Escola Internacional de Futebol dos Países de Língua Portuguesa, um projecto do governo brasileiro que pretende tornar jovens lusófonos em agentes multiplicadores do conhecimento, vai ser inaugurada, oficialmente, terça-feira, em Brasília.

"O nosso principal objectivo é trabalhar com os jovens, sendo o projecto muito mais social que desportivo", disse à Agência Lusa o coordenador da escola, Paulo Henrique Azevedo, da Universidade de Brasília (UnB).

"Queremos que os jovens da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) exerçam um papel importante nas suas comunidades e repassem os conhecimentos recebidos aqui", destacou Azevedo.

A aula inaugural será terça-feira e contará com a presença de Carlos Alberto Torres, consagrado como o capitão do tricampeonato obtido pela selecção brasileira em 1970 e considerado um dos maiores laterais da história do futebol mundial.

Esse primeiro curso vai contar com 40 alunos de sete dos oito países da CPLP - oito de Moçambique, seis de Angola, cinco de Timor-Leste, cinco da Guiné-Bissau, quatro de Cabo Verde, quatro de São Tomé e Príncipe e, os restantes, do Brasil.

Portugal foi o único país que não enviou nenhum aluno para fazer o curso de formação de seleccionadores, que terá a duração de 64 dias.

Cavaco envia carta a Ramos-Horta

Diário de Notícias, 18/03/08

Alfândega australiana não deixou passar os enchidos portugueses

O capitão Martinho, comandante da GNR em Timor-Leste, entregou ontem ao Presidente Ramos-Horta uma mensagem e vários presentes do Chefe do Estado português, Cavaco Silva. O comandante do Subagrupamento Bravo foi recebido pelo responsável timorense no Hospital Particular de Darwin, Austrália.

"Tenho acompanhado a recuperação do atentado de que foi vítima e dou graças a Deus pela melhoria do estado de saúde que tem vindo a registar", afirma Cavaco Silva na carta que, através do capitão Martinho, enviou a Ramos-Horta e em que diz ainda esperar que este "em breve possa regressar a Timor e reassumir a Chefia do Estado".

No final do encontro, durante o qual Ramos-Horta recebeu ainda uma encomenda de vinho do Porto e pastéis de Belém, o capitão disse à imprensa que o Presidente timorense "está bem", "ainda um pouco debilitado, mas psicologicamente tem um discurso coerente e lúcido".

Ramos-Horta esteve "cerca de uma hora" a falar com o militar sobre os atentados de 11 de Fevereiro contra a sua residência - e que quase lhe custavam a vida - e sobre a segurança de Dili.

O capitão Martinho entregou ainda a Ramos-Horta uma outra encomenda, esta do general comandante da GNR, com produtos tradicionais portugueses, entre eles vinhos, queijos, mel e azeite. Em Timor-Leste ficaram os enchidos, que não passaram na alfândega devido ao crivo apertado dos australianos em matéria de saúde pública.

"Diz que este mês ou no que vem estará em Timor", disse o responsável da GNR ao ser inquirido pela imprensa sobre a data do regresso de Ramos-Horta a Díli.
Com Lusa

Fretilin quer saber quem é suspeito de impedir a rendição de Salsinha

Público, 18.03.2008
Jorge Heitor

A bancada da Fretilin no Parlamento timorense pediu ontem que o Presidente interino, Fernando Lasama de Araújo, e o procurador-geral, Longuinhos Monteiro, esclareceçam quem é que é suspeito de estar a impedir activamente a rendição do antigo tenente Gastão Salsinha e do seu grupo armado, que chegara a estar prevista em 4 de Março.

O principal partido na oposição pediu um procedimento criminal contra a pessoa ou pessoas que estarão a criar obstáculos à prestação de contas dos indivíduos tidos como responsáveis dos incidentes de 11 de Fevereiro, nos quais o Presidente José Ramos-Horta ficou gravemente ferido a tiro, pelo que já teve de ser submetido a seis intervenções cirúrgicas.

O próprio bispo católico de Baucau, D. Basílio do Nascimento, considerou que a afirmação de Longuinhos Monteiro segundo a qual há sectores a impedir os rebeldes de se entregarem abre a porta a especulações e rumores. Isto numa altura em que o jornal australiano The Age perguntou o que teria estado a fazer no país, em 21 de Janeiro, três semanas antes do ataque a Ramos-Horta, um criminoso timorense, Hércules Rosário Marçal, que vive na Indonésia e é aí chamado pela imprensa "o rei dos gangsters", estando envolvido em negócios de jogo e prostituição. De acordo com o articulista, o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, e outros membros do Governo timorense receberam então "Hércules", que é particularmente notado porque só tem uma vista e um braço.

Enquanto isto, o comandante da GNR em Timor-Leste, capitão João Martins, esteve no Hospital Particular de Darwin a falar durante uma hora com Ramos-Horta sobre os misteriosos incidentes de Fevereiro, tendo aproveitado para lhe transmitir mais uma mensagem do Chefe de Estado português, Cavaco Silva. Bem como pastéis de Belém, que ele solicitara, mal saíra do coma induzido em que estivera. Além disso, em nome do comando-geral da corporação, levou-lhe vinhos, queijos, mel e azeite.

José Ramos Horta deverá ter alta amanhã

Diário Digital
18.03.2008

O presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta vai ter alta na quarta-feira, de acordo com o seu médico. Segundo informações veiculadas pela Rádio Renascença, o prémio Nobel da Paz deverá poder sair amanhã do Hospital Particular de Darwin, na Austrália, onde se encontra desde que fui atacado pelo grupo de rebeldes de Alfredo Reinado.

A irmã do presidente timorense, em declarações à TSF, confirmou a alta de Ramos Horta durante o dia de amanhã, adiantando que o estado de saúde do governante «evoluiu muito bem».

Na segunda-feira, o presidente timorense recebeu uma mensagem e vários presentes do Presidente da República português, Cavaco Silva, que afirmou ter «acompanhado a recuperação do atentado de que foi vítima», dado «graças a Deus pela melhoria do estado de saúde que tem vindo a registar».

De acordo com a edição desta terça-feira do Diário de Notícias, o comandante da GNR em Timor-Leste, o capitão Martinho, esteve «cerca de uma hora» a falar com Ramos Horta sobre os atentados de 11 de Fevereiro contra a sua residência, oferecendo-lhe também uma encomenda de vinho do Porto e pastéis de Belém, enviada pelo chefe de Estado.

O Nobel, que foi submetido a várias cirurgias, «está bem», embora «ainda um pouco debilitado», mas com um «discurso coerente e lúcido», afirmou o capitão Martinho, acrescentando que o presidente timorense «diz que este mês, ou no que vem, estará em Timor».

Militares da GNR em Díli, recordam Nassíria, onde "havia tiros todos os dias"

Pedro Rosa Mendes, da Agência LUSA, em Díli

Díli, 18 Mar (Lusa) - Há sítios, como Timor-Leste, onde a GNR lida com "adversários". Noutros, como o Iraque, a Guarda enfrentava "inimigos". Entre Díli e Nassíria, vai a mesma distância que entre poder vestir à civil ou ter de comer à mesa de capacete e colete anti-bala.

Vários militares do subagrupamento Bravo da GNR, em Timor-Leste, integraram o subagrupamento Alfa, em Nassíria, no Iraque.

"São situações diferentes mas estamos preparados para ambas", recordou à agência Lusa o capitão João Martinho, que comanda o subagrupamento Bravo e que foi 2º comandante do segundo contingente dos "Alfas" em Nassíria.

Em Timor, os militares da GNR fazem operações de ordem pública, centradas em "missões não-letais", explicou o comandante.

"No Iraque havia tiros todos os dias. Tivemos de usar técnicas e tácticas de secção militar com ameaça armada, nas quais nós temos formação mas que não treinamos regularmente", explicou o oficial da GNR.

A diferença de missões reflectia-se no equipamento e no uniforme. Em Nassíria, todos os "Alfas" usavam sempre coletes com placas balísticas, capacete, em muitos períodos e mesmo dentro do quartel, e usavam uma espingarda automática "G36" com 150 munições.

Os "Bravos" em Timor-Leste usam um equipamento mais ligeiro, não-letal, incluindo armas como a "shotgun" (uma caçadeira com munições de borracha ou "bagos de feijão"), as pistolas Cougar ou as "flashball".

Uma e outra missão revelam, no entanto, a natureza de uma força que "está no meio-termo entre a tropa e a polícia", como resume o capitão Martinho, sublinhando o conceito operacional aplicado pela primeira vez pela Itália na Somália.

No Iraque, os cerca de 130 militares da GNR constituíam um batalhão MSU (unidade especializada multinacional), integrado num comando militar, no caso uma brigada do Exército italiano por sua vez integrada numa divisão britânica.

"Em Nassíria, o risco era serviço normal", resumiu à Lusa um elemento da Secção de Operações Especiais (SOE) do contingente da GNR em Timor-Leste, que prefere não ser identificado.

O ambiente da missão ficou bem claro quando um atentado contra as forças italianas em Nassíria provocou quase duas dezenas de mortos, na véspera do desembarque dos "Alfas" no Iraque.

"A nossa saída de Portugal foi atrasada. Chegámos no dia a seguir ao atentado. Há quem diga que a intenção inicial (dos terroristas) era dar um 'cartão de boas-vindas" à GNR", recorda o mesmo elemento da SOE.

Rajadas ocasionais à passagem das patrulhas eram "habituais", assim como ameaças de bomba, recordam os "Bravos" que estiveram no Iraque, mas o risco era ainda mais grave numa "cidade desarticulada" de meio milhão de habitantes.

Certa vez, uma visita a um bastião de milícias, numa aldeia onde a estrada não tinha saída, acabou numa emboscada frontal durante quase 20 minutos, "uma eternidade" quando se está debaixo de fogo, diz o capitão Martinho.

Os "Alfa" efectuaram também a extracção dos últimos soldados italianos do quartel de Nassíria, antes de a brigada italiana e os militares portugueses mudarem do quartel no centro da cidade para uma base logística americana em Talil.

"Foi uma troca de tiros durante várias horas. O Exército italiano não foi lá buscar os seus próprios homens. A GNR foi", recordou à Lusa o capitão Martinho.

Num cenário assim, não havia roupa civil nem ocasião de a usar, "mas a GNR era a única força sempre de barba feita e bota engraxada. Marcámos a diferença também pela nossa postura", diz o comandante do subagrupamento Bravo.

"A disciplina é ainda mais importante em sítios de grande tensão, onde é fácil 'descambar'", como em Nassíria, onde os militares estavam sujeitos a perigo constante, grande tensão e nenhuma oportunidade de lazer "fora dos jogos de cartas ou dos matraquilhos dentro da própria base", sublinha João Martinho.

A "diferença" foi também marcada no quartel: em Talil, onde as casas não tinham de início água nem luz, os militares construíram tudo, recorda o cabo Russo, "porque só há uma maneira de estar, que é melhorar constantemente as condições".

O cabo Russo, um veterano das operações especiais que passou "dois natais no Iraque e três em Timor", país onde fez parte da primeira operação da GNR no estrangeiro, recorda de Nassíria o grande risco das operações apeadas dentro da cidade, num cenário hostil.

"Mas o espírito é sempre o mesmo: servir e ajudar. Com isso sempre presente, o que custa é só o primeiro dia. Depois a máquina engrena, como uma roda dentada. Aqui, no Iraque ou em qualquer cenário", resumiu à Lusa no bar dos "Bravos", também feito por ele.

A distância entre as duas operações é também vincada pelas diferenças culturais de um país católico com um país islâmico. O capitão Martinho resume com um exemplo: "Um dia íamos causando um incidente grave ao oferecer biberões para os bebés de Nassíria. É coisa proibida nos hospitais iraquianos".

Lusa/Fim

SRSG Khare bids farewell to his Senior Advisor Sonia Neto

UNMIT

Dili- 18 March 2008--- Mr. Atul Khare, Special Representative of the Secretary-General for Timor-Leste, today publicly thanked the European Commission for the secondment of Ms. Sonia Neto, who served as Mr. Khare’s Senior Adviser at UNMIT for the past year.

Ms. Neto had joined SRSG Khare as his Senior Advisor on 9 April 2007 for an initial period of three months. After several extensions, she had to return to Brussels, at the express request of the European Commission, to take up a new assignment for the Commission, on 15th March 2008.

Speaking on this occasion, SRSG Khare thanked the President of the European Commission H.E. José Manuel Durão Barroso for his generous willingness to second Sonia Neto as his Senior Advisor, which was a critical element of the continued success of this mission in assisting the Timorese authorities and people fulfill the mission;s Security Council mandate. “Her presence significantly strengthened my personal team, given her intimate knowledge of the country and her excellent ability to work with the Timorese leadership. Sonia embodies the best that the European Commission professionals have to offer, while upholding in a steadfast manner the principles and purposes of the UN Charter”, SRSG Khare said.

SRSG Khare also thanked the European Commission for its support to UNMIT and to Timor-Leste in diverse fields, particularly the promotion of the rule of law, strengthening democratic governance and enhancing socio-economic development. The support extended by the European Commission has been critical in assisting the country to deal with the challenge of the internally displaced people. SRSG Khare also gratefully recalled the support extended to UNMIT by the various representatives of the Presidency of the European Union during debates at the Security Council of the United Nations, in particular that of Ambassador Štiglic of Slovenia (current representative of the Presidency), complimenting UNMIT and its senior leadership, in her recent address to the Council on 21 February 2008.


Tradução:

SRSG Khare despede-se da sua conselheira de topo Sonia Neto

UNMIT

Dili- 18 Março 2008--- O Sr. Atul Khare, Representante Especial do Secretário-Geral para Timor-Leste, agradeceu hoje publicamente a Comissão Europeia pelo apoio da Drª Sonia Neto, que serviu como Conselheira de Topo do Sr. Khare na UNMIT durante este ano passado.

A Drª Neto juntou-se ao SRSG Khare como sua Conselheira de topo em 9 Abril 2007 por um período inicial de três meses. Depois de vários prolongamentos, teve de regressar para Bruxelas, a pedido expresso da Comissão Europeia, para assumir uma nova tarefa para a Comissão, em 15 de Março de 2008.

Falando nesta ocasião, o SRSG Khare agradeceu ao Presidente da Comissão Europeia. José Manuel Durão Barroso pela sua vontade generosa de nomear Sonia Neto como sua Conselheira de topo, o que foi um elemento sério do sucesso continuado desta missão em assistir as autoridades Timorenses e o povo a preencherem a missão do mandato do Conselho de Segurança. “A sua presença reforçou significativamente a minha equipa pessoal, dado o seu conhecimento intimo do país e a sua excelente capacidade para trabalhar com a liderança Timorense. Sonia representa o melhor que os profissionais da Comissão Europeia têm para oferecer, ao mesmo tempo que segue de maneira persistente os princípios e propósitos da Carta da ONU”, disse o SRSG Khare.

O SRSG Khare agradeceu também a Comissão Europeia pelo seu apoio à UNMIT e a Timor-Leste em vários campos, particularmente a promoção da aplicação da lei, o reforço da governação democrática e do desenvolvimento socio-económico. O prolongado apoio da Comissão Europeia tem sido sério na assistência ao país para lidar com os desafios dos deslocados. O SRSG Khare lembrou também com gratidão o apoio prolongado à UNMIT pelos vários representantes da Presidência da União Europeia durante os debates no Conselho da Segurança das Nações Unidas, em particular que o Embaixador Štiglic da Eslovéniaa (o corrente representante da Presidência), elogiando a UNMIT e a sua liderança de topo, na sua recente mensagem ao Conselho em 21 Fevereiro 2008.

UNMIT – MEDIA MONITORING - Tuesday, 18 March 2008

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any conseque6nce resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports

TVTL News Coverage

Horta Congratulates Portuguese FPU: President José Ramos-Horta has congratulated the Portuguese Formed Police Unit (FPU) for saving his life on February 11. PR Horta gave his congratulations during the visit of GNR Captain João Martinho. The President was also visited by the Bishop of Darwin Diocese.

PGR has identified President’s shooter: The General Prosecutor of the Republic, Longuinhos Monteiro, said that the Public Ministry has identified the shooter of PR Ramos-Horta. "We have identified the person who shot the President, but we cannot give out his name as the ballistic exam has not yet finished," said PGR Monteiro. PGR Monteiro also said that it has been confirmed that the man who shot PR Horta was indeed a member of Alfredo Reinado’s group.

PGR loses contact with Salsinha: PGR Monteiro said that he has lost contact with Salsinha as the telephone networks have been down. "Until now, I have only been able to receive text messages from Salsinha. He has tried to contact me, but has been unable to as he has been surrounded [by the Joint Operation] and has had no network coverage," said PGR Monteiro.

RTL News Coverage

Petitioners respond to questionnaires: Most of the petitioners have filled in the questionnaires provided by the Government on the first day. Ten petitioners were not satisfied with some of the questions and have consequently left Aitarak Laran. F-FDTL member Captain Caesar Valente de Jesus confirmed that most of the registered 672 petitioners had filled in the questionnaires, even though some were dubious over the questions. “The petitioners are filling the questionnaires in groups, asking facilitators for assistance or consulting with each other,” said Captain de Jesus. Captain de Jesus also revealed that the content of the first questionnaire related to the reasons why the petitioners had left the army. (RTL)

Print Coverage

UN Peacekeeping Operation Team Visits Timor-Leste: DILI – A team of experts from the United Nations Department of Peacekeeping Operations (DPKO) arrived in Timor –Leste today for an eleven – day visit to conduct an assessment on key areas of support provided by UNMIT to Timor-Leste. The assessment mission was planned while UNTAET Nations was reviewing the mandate of UNMIT. It is a part of overall support provided by the UN for the security sector in Timor-Leste. The team, led by UN police advisor Mr. Andrew Hughes, include representative from DPKO, the United Nation Development Fund, and the International Centre for Transitional Justice, UNMIT and the PNTL. The team will examine the progress of the development of the PNTL in light of their work with the UN police since 2006 and provided support to the overall reform of the PNTL. The team will consult with political leaders, government of facials, and key member of civil society including both national and international organizations. (TP)

UNMIT preoccupied with 470 pending cases: The Special Representative of the Secretary General (SRSG) for Timor-Leste, Atul Khare, said that UNMIT is preoccupied with 470 pending court cases. "I recognize that in the short time, we, the international community need to do a lot to support the development of the judicial system. In the next few months, along with the Timorese authorities, we will finalize an assessment to see the needs of the judicial system," said Mr. Khare.

"I congratulate donors such as Australia, Brazil, Ireland, Norway, Portugal, Switzerland, USA and the European Commission for Human Rights for their contribution to Timor-Leste in the justice sector," concluded SRSG Khare. (DN)

Bishop Basilio demands resolution to Salsinha’s case: The Bishop of Baucau Diocese, Basilio Nascimento, has asked the State to take steps to resolve once and for all the issue of Salsinha. The Bishop warned that if this issue was not resolved, it would prevent Timor-Leste from moving forward. “There are two ways Salsinha can be submitted: either through negotiation or through military force if he refuses to surrender,” said Bishop Nascimento. The Bishop also said that the state should make a decision on Salsinha and get on with the business of running the country while the military does its job. (DN)

Possible inquiry into Hercules’ links to February 11: Timor-Leste authorities have said that the February 11 investigations should be widened to include the former Jakarta gangster, Hercules Rosario Marçal, who has been closely linked with Indonesian Army Generals during Suharto’s era. Hercules has also been accused by the UN of being involved in the violence unleashed on Timor-Leste following the Popular Consultation in 1999. Hercules visited Dili with the Indonesian Investors Club before the assassination attempts against President José Ramos-Horta and Prime Minister Xanana Gusmão on February 11. During another visit on 21 January 2008, he met with PM Xanana Gusmão and other senior national officers. He also said during this visit that he was looking for possibilities to invest in Timor-Leste. (TP)

Joint Operation detects Salsinha: The F-FDTL/PNTL Joint Operation Command has detected the new hide-out of Salsinha and his group. An F-FDTL commander in Letefoho, Ermera confirmed yesterday that he knew of Salsinha’s whereabouts. “We are a bit far from their hide-out, but we did see them with their civil uniforms and weapons.” said the commander. (TP)

Fretilin demands PGR to name who is behind Salsinha’s refusal to surrender: Fretilin is demanding that the General Prosecutor announce publicly the person/s who are apparently impeding the surrender of Gastao Salsinha. The Vice Chief of Fretilin in the National Parliament, Francisco Branco, has called on both the General Prosecutor and the Acting President of the Republic, Fernando Lasama, to reveal the names and apprehend the individuals involved. “It is in the national interest to reveal and capture the persons who want to prevent Salsinha and his men from surrendering. This will clear up speculations surrounding this issue,” added Mr. Branco. (STL)

National News Sources:
Televizaun Timor-Leste (TVTL)
Radio Timor-Leste (RTL)
Timor Post (TP)
Suara Timor Lorosae (STL)
Diario Nacional (DN)

Tradução:

UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA - Terça-feira, 18 Março 2008

"A UNMIT não assume qualquer responsabilidade pela correcção dos artigos ou pela correcção das traduções. A selecção dos artigos e do seus conteúdo não indicam apoio ou endosso pela UNMIT seja de forma expressa ou implícita. A UNMIT não será responsável por qualquer consequência resultante da publicação, ou da confiança em tais artigos e traduções."

Relatos dos Media Nacionais

TVTL Cobertura de Notícias

Horta cumprimenta Unidade Formada de Polícia Portuguesa: O Presidente José Ramos-Horta cumprimentou a Unidade Formada de Polícia Portuguesa (UFP) por ter salvo a sua vida em 11 de Fevereiro. O PR Horta fez os elogios durante a visita do Capitão João Martinho da GNR. O Presidente foi também visitado pelo Bispo da Diocese de Darwin.

PGR identificou quem baleou o Presidente: O Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro, disse que o Ministério Público identificou quem baleou o PR Ramos-Horta. "Identificámos a pessoa que baleou o Presidente, mas não podemos divulgar o nome dado que ainda não terminou o exame balístico," disse o PGR Monteiro. O PGR Monteiro disse também que está confirmado que o homem que baleou o PR Horta era de facto membro do grupo de Alfredo Reinado.

PGR perde contacto com Salsinha: O PGR Monteiro disse que perdeu o contacto com Salsinha dado que as redes telefónicas foram desconectadas. "Até agora, apenas consegui receber mensagens de texto de Salsinha. Ele tem tentado contactar-me, mas não tem conseguido dado que está cercado [pela Operação Conjunta] e não tem cobertura de rede," disse o PGR Monteiro.

RTL Cobertura de Notícias

Peticionários respondem a questionários: A maioria dos peticionários preencheram os questionários fornecidos pelo Governo no primeiro dia. Dez peticionários não ficaram satisfeitos com algumas das perguntas e consequentemente deixaram Aitarak Laran. O membro das F-FDTL Capitão César Valente de Jesus confirmou que a maioria dos 672 peticionários registados tinham preenchido os questionários, mesmo apesar de alguns terem dúvidas acerca das perguntas. “Os peticionários estão a preencher os questionários em grupos, pedindo facilitadores para assistência ou consultando-se uns com os outros,” disse o Capitão de Jesus. O Capitão de Jesus revelou também que o conteúdo do primeiro questionário era relativo às razões porque tinham deixado as forças armadas. (RTL)

Cobertura Impressa

Equipa de Operações de Manutenção da Paz da ONU Visita Timor-Leste: DILI – Uma equipa de peritos do Departamento das Operações de Manutenção da Paz da ONU (DPKO) chegou a Timor –Leste hoje para uma visita de onze dias para fazer uma avaliação em áreas de apoio chave providenciada pela UNMIT a Timor-Leste. A missão de avaliação foi planeada enquanto Nações da UNTAET estavam a rever o mandato da UNMIT. Isto é uma parte do apoio geral fornecido pela ONU para o sector da segurança em Timor-Leste. A equipa, liderada pelo conselheiro de polícia da ONU Sr. Andrew Hughes, inclui representantes do DPKO, Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidase Centro Internacional para a Justiça Transitória, UNMIT e a PNTL. A equipa examinará os progressos do desenvolvimento da PNTL à luz do seu trabalho com a polícia da ONU desde 2006 e dará apoio à reforma geral da PNTL. A equipa consultará com líderes políticos, governo e membros chave da sociedade civil incluindo organizações nacionais e internacionais. (TP)

UNMIT preocupada com 470 casos pendentes: O Representante Especial do Secretário-Geral (SRSG) para Timor-Leste, Atul Khare, disse que a UNMIT está preocupada com 470 casos judiciais pendentes. "Reconheço que a curto prazo, nós, a comunidade internacional precisamos de fazer muito para apoiar o desenvolvimento do sistema judicial. Nos próximos meses, ao lado das autoridades Timorenses, acabaremos a avaliação para ver as necessidades do sistema judicial," disse o Sr. Khare.

"Saúdo os dadores como Austrália, Brasil, Irlanda, Noruega, Portugal, Suiça, USA e a Comissão Europeia para os Direitos Humanos pelas suas contribuições para o sector da justiça de Timor-Leste," concluiu o SRSG Khare. (DN)

Bispo Basilio pede resolução do caso de Salsinha: O Bispo da Diocese de Baucau, Basilio Nascimento, pediu ao Estado para dar passos para resolver duma vez por todas a questão de Salsinha. O Bispo avisou que se esta questão não ficar resolvida, impedirá que Timor-Leste se movimente para a frente. “Há duas maneiras para submeter Salsinha : ou através de negociação ou através de força militar se ele se recusar render-se,” disse o Bispo Nascimento. O Bispo também disse que o Estado deve tomar uma decisão sobre Salsinha e prosseguir com a tarefa de dirigir o país enquanto as forças militares fazem o seu trabalho. (DN)

Possível inquérito às ligações de Hercules com o 11 de Fevereiro: As autoridades de Timor-Leste disseram que as investigações do 11 de Fevereiro devem ser alargadas para incluir o antigo gangster de Jacarta, Hercules Rosário Marçal, que teve laços apertados com Generais das Forças Armadas Indonésias durante a era de Suharto. Hercules foi também acusado pela ONU de ter estado envolvido na violência desencadeada em Timor-Leste depois da Consulta Popular em 1999. Hercules visitou Dili com o Club de Investidores Indonésios antes das tentativas de assassínio contra o Presidente José Ramos-Horta e Primeiro-Ministro Xanana Gusmão em 11 de Fevereiro. Durante uma outra visita em 21 de Janeiro de 2008, ele encontrou-se com o PM Xanana Gusmão e outras entidades nacionais de topo. Ele também disse durante esta visita que estava à procura de possibilidades para investir em Timor-Leste. (TP)

Operação Conjunta detecta Salsinha: A Operação Conjunta F-FDTL/PNTL detectou o novo esconderijo de Salsinha e do seu grupo. Um comandante das F-FDTL em Letefoho, Ermera confirmou ontem que sabia por onde andava Salsinha. “Estamos um pouco longe do esconderijo, mas vimos eles com os seus uniformes civis e armas.” disse o comandante. (TP)

Fretilin pede ao PGR para dizer os nomes de quem está por detrás da recusa da rendição de Salsinha: A Fretilin está a pedir que o Procurador-Geral anuncie publicamente as pessoas que estão aparentemente a impedir a rendição de Gasãao Salsinha. O Vice Chefe daFretilin no Parlamento Nacional, Francisco Branco, pediu a ambos o Procurador-Geral e ao Presidente da República interino, Fernando Lasama, para revelarem os nomes e deterem os indivíduos envolvidos. “É do interesse nacional revelar e capturar as pessoas que estão a impedir a rendição de Salsinha e dos seus homens. Isto clarificará as especulações que rodeiam esta questão,” acrescentou o Sr. Branco. (STL)

Fontes de Notícias Nacionais:
Televizaun Timor-Leste (TVTL)
Radio Timor-Leste (RTL)
Timor Post (TP)
Suara Timor Lorosae (STL)
Diario Nacional (DN)

Department of Peacekeeping Operation’s Team Visits Timor-Leste

UNMIT Press Release- 17 March 2008
Unmit PIO

PRESS RELEASE

Dili- 17 March 2008. A team of experts from the United Nations Department of Peacekeeping Operations (DPKO) arrived in Timor-Leste today for an eleven-day visit to conduct an assessment on key areas of support provided by UNMIT to Timor- Leste.

This assessment mission was planned while the Untied Nations was reviewing the mandate of UNMIT. It is part of the overall support provided by the UN for the security sector in Timor-Leste.

The team, led by UN Police Advisor Mr. Andrew Hughes, includes representatives from DPKO, the United Nations Development Fund, the International Centre for Transitional Justice, UNMIT and the PNTL.

The team will examine the progress of the development of the PNTL in light of their work with the UN Police since 2006 and provide support to the overall reform of the PNTL.

The team will consult with political leaders, government officials, and key members of civil society including both national and international organisations.

For more information, please call Don Awunah, UNPol Spokesperson, on 731 9756


Tradução:

Equipa do Departamento de Operações de Manutenção da Paz Visita Timor-Leste

UNMIT Comunicado de Imprensa - 17 Março 2008
Unmit PIO

COMUNICADO DE IMPRENSA

Dili- 17 Março 2008. Uma equipa de peritos do Departamento da ONU para as Operações de Manutenção da Paz (DPKO) chegou hoje a Timor-Leste para uma visita de onze dias para conduzir uma avaliação a áreas de apoio chave fornecidas pela UNMIT a Timor- Leste.

A missão de avaliação foi planeada ao mesmo tempo que a ONU estava a rever o mandato da UNMIT. É parte do apoio geral providenciado pela ONU para o sector da segurança em Timor-Leste.

A equipa, liderada pelo Conselheiro da Polícia da ONU Sr. Andrew Hughes, inclui representantes do DPKO, Fundo de Desenvolvimento da ONU, Centro Internacional para Justiça Transitória, UNMIT e a PNTL.

A equipa examinará os progressos do desenvolvimento da PNTL à luz do seu trabalho com a Polícia da ONU desde 2006 e dará apoio à reforma geral da PNTL.

A equipa terá consultas com líderes políticos, entidades do governo, e membros chave da sociedade civil incluindo organizações nacionais e internacionais.

Para mais informação, por favor ligue a Don Awunah, Porta-voz da UNPol , no 731 9756

Suspicions raised over Reinado's cash

The Australian
Paul Toohey March 18, 2008

A LARGE amount of cash was allegedly found on the body of rebel soldier Alfredo Reinado after he was shot dead in President Jose Ramos Horta's compound in East Timor last month.

"It was not $29,000. It was not $31,000. It was exactly $30,000, in $US100 notes," said a senior East Timorese government source.

The apparent discovery of the new bank notes by a guard searching the dead rebel has renewed speculation that Reinado had powerful backers, although his lawyer, Benny Benevides, does not believe it. "After he was shot, I am suspicious someone put money in his pocket," Mr Benevides said. "It is so easy to blame him that he was an actor on behalf of masterminds.

"He had no money at all - for two years he had no money. I was told the maximum he had in his pocket that day was between $20 and $50."

Reinado was close to Angelita Pires, a joint Australian-East Timorese citizen who was with him until 11 o'clock the night before his deadly dawn visit to Mr Ramos Horta's compound. She denied giving Reinado money.

Yesterday, she would only repeat what she has already told an investigating judge.

While she had gone to see Reinado the night before, she said, it was to give him a mobile phone as a "Valentine's Day gift".

Ms Pires said the investigation into events of February 11 were moving fast and would see her fully exonerated, but she was forbidden from discussing the case.

Reinado, who led a band of fugitive former soldiers called "petitioners", was shot dead during an assault on Mr Ramos Horta's villa outside the East Timor capital, Dili. The President was shot several times and continues to recover in Darwin hospital.

Ms Pires spent most of her life in Australia and had in recent months acted as a representative of Reinado. The Australian-led International Stabilisation Force said in a statement it had met her "in a public place in Dili" in January as a conflict-avoidance measure. The ISF said it had used her contact with Reinado to ensure his men and the ISF knew each other's general movements, and added that she was "not a paid informant of the ISF and no money or gratuities were ever passed to Ms Pires".

Prime Minister Xanana Gusmao and Mr Ramos Horta hold Ms Pires responsible for mucking up negotiations in early December last year, which could have seen Reinado surrender.

In that planned meeting, military heads and Mr Gusmao had arranged for Reinado to come to Dili at 8am. Mr Ramos Horta was on standby to attend and ratify documents as the meeting concluded. They waited until midday for Reinado.

"Then Angelita Pires called and said, 'He's not coming'," said the source. "The Prime Minister was very upset and very disturbed that a third party was throwing stones into this.

"Alfredo never called us to explain. She called. She was saying the real plan was to arrest Reinado and then shoot him dead in front of the Prime Minister. It was ridiculous."

The source said it was likely that Reinado had received the cash late on Sunday. "Why did he have $30,000 in his pocket? Because he had only received it a few hours before. He did not have time to put the money anywhere safe. He could not leave it behind - he had to take it with him.

"Who gave him the money? What were his instructions? I don't know. My strong information is that he had been told he had an invitation to go to the President's house that morning. He had no such invitation."

Ms Pires was one of the first people pulled in by police after the shooting. Initially, it was said she would be charged with conspiracy to murder and crimes against the state. She was released after a night in a Dili police cell pending further investigation. She is not allowed to leave Dili.

Prosecutor-General Longuinhos Monteiro has told The Australian: "From sources we have, indications are she was a financial backer (of Reinado)."

Ms Pires said she had no money to give Reinado and says the truth about the events of February 11 will soon be known.

Tradução:

Levantadas suspeitas com o dinheiro de Reinado

The Australian
Paul Toohey Março 18, 2008

Alegadamente foi encontrada uma grande quantidade de dinheiro no corpo do soldado amotinado Alfredo Reinado depois de ter sido morto a tiro no complexo do Presidente José Ramos Horta em Timor-Leste no mês passado.

"Não foram $29,000. Não foram $31,000. Foram exactamente $30,000, em notas de $US100," disse uma fonte de topo do governo Timorense.

A aparente descoberta das notas novas de banco por um guarda que estava a revistar o amotinado morto renovou especulações que Reinado tinha apoiantes poderosos, apesar do seu advogado, Benny Benevides, não acreditar nisso. "Depois dele ter sido baleado, suspeito que alguém pôs o dinheiro nos seus bolsos," disse o Sr Benevides. "É tão fácil acusá-lo de ter sido um actor ao serviço de organizadores nos bastidores.

"Ele não tinha nenhum dinheiro – durante dois anos não teve nenhum dinheiro. Disseram-me que o máximo que tinha nas algibeiras nesse dia era entre $20 e $50."

Reinado era próximo de Angelita Pires, uma cidadã de dupla nacionalidade Australiana-Timorense que esteve com ele até às 11 horas da noite anterior antes da sua visita mortal ao nascer do dia ao complexo do Sr Ramos Horta. Ela negou ter dado dinheiro a Reinado.

Ontem, limitou-se a repetir o que já tinha dito a um juiz de investigação.

Quando foi ver Reinado na noite anterior, disse ela, foi para lhe dar um telemóvel como prenda do Dia de São Valentino.

A Srª Pires disse que a investigação aos eventos de 11 de Fevereiro estavam a andar depressa e que iriam inocentá-la completamente, mas que estava proibida de discutir o caso.

Reinado, que liderava um bando de antigos soldados foragidos chamados "peticionários", foi morto a tiro durante um assalto à casa do Sr Ramos Horta no exterior da capital de Timor-Leste, Dili. O Presidente foi baleado várias vezes a continua a recuperar num hospital em Darwin.

A Srª Pires passou a maior parte da sua vida na Austrália e tinha nos meses mais recentes actuado como representante de Reinado. A Força Internacional de Estabilização liderada pelos Australianos disse numa declaração que se tinha encontrado com ela "num local público em Dili" em Janeiro como uma medida para evitar conflitos. A ISF disse que tinha usado o contacto dela com Reinado para assegurar que os seus homens e a ISF conheciam os movimentos gerais de uns e de outros e acrescentou que ela "não era uma informadora paga da ISF e que nunca alguma vez tinham passado para a Srª Pires qualquer dinheiro ou doações".

O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão e o Sr Ramos Horta responsabilizaram a Srª Pires por ter descarrilado negociações no princípio de Dezembro do ano passado, que podiam ter levado à rendição de Reinado.

Nesse encontro planeado, os responsáveis das forças militares e o Sr Gusmão tinham feito arranjos para Reinado vir a Dili às 8 am. O Sr Ramos Horta estava em estado de prontidão para participar e ratificar documentos quando acabasse o encontro. Eles esperaram por Reinado até ao meio-dia.

"Então Angelita Pires ligou e disse, 'Ele não vem'," disse a fonte. "O Primeiro-Ministro estava muito zangado e muito perturbado por uma terceira parte estar a atirar pedras contra isto.

"Alfredo nunca nos ligou a explicar. Ela ligou. Ela disse que o plano real era prender Reinado e depois matá-lo a tiro em frente do Primeiro-Ministro. Isso era ridículo."

A fonte disse que era provável que Reinado tivesse recebido o dinheiro tarde, no Domingo. "Porque é que ele tinha o dinheiro nas algibeiras? Porque o recebera apenas horas antes. Não teve tempo para pôr o dinheiro noutro lado seguro, Não o podia deixar para trás – tinha que o levar com ele.

"Quem é que lhe deu o dinheiro? Quais foram as suas instruções? Não sei. As informações fortes que tenho é que lhe disseram que tinha um convite para ir a casa do Presidente nessa manhã. Ele não teve um tal convite."

A Srª Pires foi uma das primeiras pessoas apanhadas pela polícia depois do tiroteio. Inicialmente, foi dito que seria acusada de conspiração para matar e de crimes contra o Estado. Foi libertada depois de passar uma noite numa cela da polícia de Dili *a espera de mais investigações. Ela não está autorizada a sair de Dili.

O Procurador-Geral Longuinhos Monteiro disse ao The Australian: "de fontes que temos, há indicações que ela era uma apoiante financeira (de Reinado)."

A Srª Pires disse que não tinha nenhum dinheiro para dar a Reinado e diz que a verdade acerca dos eventos de 11 de Fevereiro serão em breve conhecida.

Cavaco Silva expressa desejo de que Ramos-Horta possa reassumir em breve chefia do Estado

Lisboa, 17 Mar (Lusa) - O Presidente da República de Portugal expressou numa mensagem ao seu homólogo timorense o desejo de que possa reassumir a chefia de Estado, numa curta mensagem que acompanhava uma garrafa de vinho do porto e pastéis de Belém.

"Tenho acompanhado a recuperação do atentado de que foi vítima e dou graças da Deus pela melhoria do estado de saúde que tem vindo a registar", começa a carta dirigida por Cavaco Silva a José Ramos-Horta e que foi entregue no Hospital Particular de Darwin, norte da Austrália, pelo comandante do agrupamento da GNR destacado em Timor-Leste, capitão João Duque Martinho.

"Espero que, em breve, possa regressar a Timor e reassumir a chefia do Estado", escreve o Presidente português na carta dirigida ao seu homólogo timorense e que foi acompanhada por uma garrafa de vinho do Porto de 1949, ano do nascimento de José Ramos-Horta, e pastéis de Belém.

"Envio-lhe, caro amigo, um contributo para reforço do seu ânimo e prazer do paladar: um Porto de 1949 (ano da sua graça) e pastéis de Belém", adianta ainda Cavaco Silva

José Ramos-Horta foi baleado em 11 de Fevereiro, num ataque à sua residência, e transferido no mesmo dia para a Austrália onde tem vindo a recuperar dos ferimentos. Um outro ataque foi dirigido no mesmo dia contra o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, que saiu ileso.

"O Presidente Ramos-Horta está bem. Fisicamente vê-se que ainda está um pouco debilitado, mas psicologicamente tem um discurso coerente, lúcido. Teve alguma curiosidade em falar comigo sobre os atentados e estivemos cerca de uma hora a falar sobre os atentados e a questão de segurança em Díli. Discutimos sobretudo pontos de vista", disse à agência Lusa o comandante do subagrupamento Bravo, capitão Martinho, portador da carta e dos presentes de Cavaco Silva.

O oficial entregou outra encomenda do general comandante da GNR com produtos tradicionais portugueses, entre os quais se contavam vinhos, queijos, mel e azeite.

Em Timor-Leste ficaram os enchidos, que não passaram na alfândega devido ao crivo apertado dos australianos em matéria de saúde pública.

"Os enchidos ficaram em Timor. Quando o presidente voltar teremos todo o gosto em entregar-lhos", disse o capitão Martinho.

Um regresso, que segundo lhe foi transmitido pelo próprio Presidente Ramos-Horta, deverá acontecer "em breve".

"Diz que este mês ou no que vem estará em Timor", adiantou o responsável da GNR, que recebeu ainda de Ramos-Horta agradecimentos pela "amabilidade do Presidente da República português" e pela "pronta actuação" da força portuguesa no dia dos atentados.

O capitão Martinho destacou ainda "a recuperação notória" de Ramos-Horta, que segundo afirmou, "está melhor de semana para semana".

O presidente timorense sofreu a 11 de Fevereiro uma emboscada montada pelo grupo liderado por Alfredo Reinado, que foi morto pelos guardas presidenciais durante o ataque.

O primeiro-ministro Xanana Gusmão escapou ileso a um outro ataque quando viajava de carro no mesmo dia.

HB/CFF
Lusa/fim

"Reinado queria matar ou raptar o PR" - comandante da operação "Halibur"

Díli, 17 Mar (Mar) - O major Alfredo Reinado "queria matar ou fazer refém" o Presidente de Timor-Leste, quando atacou a residência de José Ramos-Horta em Díli, a 11 de Fevereiro, afirmou hoje à agência Lusa o comandante da operação "Halibur" .

"Reinado não foi lá para ser morto, de certeza, porque não contava com o que lhe aconteceu", disse o tenente-coronel Filomeno Paixão, das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), em entrevista à Lusa.

O major Alfredo Reinado, ex-comandante da Polícia Militar timorense, morreu no ataque à casa de José Ramos-Horta, com um dos homens do seu grupo.

Filomeno Paixão é o 1º comandante da operação de captura dos suspeitos pelos ataques de 11 de Fevereiro e de acantonamento dos peticionários das Forças Armadas timorenses.

É também um dos três oficiais das F-FDTL que integram a comissão de inquérito interna, com três representantes civis da secretaria de Estado da Defesa.

Com os dados disponíveis, a convicção de Filomeno Paixão sobre as intenções de Alfredo Reinado "está entre matar o Presidente ou levá-lo como refém".

"As duas probabilidades são viáveis", frisou.

"Refém, podia levar, mas os riscos seriam grandes. Talvez matar o Presidente fosse mais fácil.

Por dinheiro. Limpa-se o chefe de Estado, cria-se um caos e alguém toma(ria) conta da situação", explicou Filomeno Paixão sobre esta hipótese.

"Reinado ficaria descansadinho com o dinheiro e podia aparecer em cena outra vez quando a situação o permitisse", acrescentou o comandante da "Halibur".

"Ele entrou muito confiante, desarmou o pessoal à porta. Entrou no quarto ou na casa-de-banho do Presidente, voltou cá fora e 'levou' com um soldado que estava escondido e com quem ele não esperava", declarou Filomeno Paixão sobre o que aconteceu em casa de José Ramos-Horta.

Filomeno Paixão fez um balanço positivo da operação "Halibur", que persegue o grupo agora liderado pelo ex-tenente Gastão Salsinha, que no mesmo dia atacou a caravana onde seguia o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, que escapou ileso.

"A operação inicial foi mais dissuasiva e persuasiva, com o objectivo de trazê-los vivos para a justiça. Ainda acreditamos que Salsinha vai capitular-se, isto é, entregar-se à justiça", disse o tenente-coronel Paixão à Lusa.

O comandante da "Halibur" admitiu que dois grupos com alguns dos cerca de 30 homens de Gastão Salsinha "tentaram escapar antes de dia 11" de Março, o dia em que o ex-tenente tinha prometido entregar-se às autoridades, "e outro grupo tentou escapar nessa mesma noite".

"Quando Salsinha, à última hora, decidiu pelo não, tivemos que cercá-lo e tentar capturá-lo.

Certamente para a próxima vamos utilizar outro método", disse Filomeno Paixão.

"No cerco ao distrito de Ermera (oeste), apenas conseguimos surpreender um pequeno grupo" de quatro homens, que se puseram em fuga com as armas mas deixaram o restante material, afirmou o tenente-coronel.

Dois elementos deste grupo entregaram-se domingo às autoridades. Um deles, rendeu-se a um liurai (chefe tradicional) no distrito de Ermera, contou Filomeno Paixão.

O tenente-coronel Paixão acrescentou que um destes homens é militar e outro é um civil. Este último fugiu da prisão de Becora com Alfredo Reinado a 30 de Agosto de 2006, na véspera de cumprir a pena a que tinha sido condenado.

Filomeno Paixão resumiu os fugitivos em torno de Gastão Salsinha a "17 homens armados e um pequeno grupo desarmado que talvez lhe dê apoio logístico".

"Dos armados, não conseguimos (apanhar) nenhum", disse.

Dos elementos que pertenciam ao antigo grupo de Alfredo Reinado, Filomeno Paixão explicou que "há alguns que ficaram em casa durante muito tempo e que, à última hora, foram chamados para participar no ataque de 11 de Fevereiro".

Questionado sobre quanto tempo o Comando Conjunto da "Halibur" tenciona dar a Gastão Salsinha, Filomeno Paixão respondeu: "quanto mais cedo acabar a operação, melhor, e é para isso o nosso esforço".

"Os outros levaram dois anos. Nós, como somos poucos, podemos exigir quatro ou seis anos", comentou, a rir, o oficial timorense, numa alusão às forças das Nações Unidas e sob comando australiano que tentaram capturar o major Reinado.

Filomeno Paixão considera que "é difícil" que Gastão Salsinha se torne "num segundo Reinado".

"As condições são diferentes. O Reinado era diferente do Salsinha em termos de capacidade intelectual e de personalidade. O Gastão Salsinha não tem essa possibilidade. E há dois anos as condições eram outras", explicou.

Após a captura do grupo de Salsinha, a operação "Halibur" poderá concentrar-se no regresso dos deslocados, afirmou o tenente-coronel Paixão.

"Seria ideal que o comando conjunto continuasse, embora já não necessite de um estado de sítio que preceda a sua existência", disse.

"Iríamos debruçar-nos sobre os deslocados, levá-los-íamos de volta às suas casas, ajudaríamos talvez a construir as casas e dávamos segurança durante algum tempo", sublinhou o comandante da "Halibur".

Filomeno Paixão reconheceu que "tem havido algumas fricções" entre as chefias timorenses e a Missão Integrada das Nações Unidas e as forças internacionais.

"É natural. Temos tratados, como o acordo Trilateral e o Suplementar. Há uma certa dependência, sobretudo da PNTL (polícia timorense) à UNPOL (polícia da ONU), e as F-FDTL não poderiam actuar sobre o terreno de Timor-Leste, que está sob o controlo das ISF", as Forças de Estabilização Internacionais australianas e neozelandesas.

"Quando se vai romper isso, embora haja coordenação, não é fácil a implementação na prática", frisou Filomeno Paixão.

O comandante da "Halibur" é favorável a uma extensão do estado de sítio, que foi decretado até dia 23 de Março, "enquanto não forem capturadas as armas do grupo de Salsinha".

"Talvez se possa mudar para o estado de emergência", ressalvou, no entanto, o tenente-coronel Paixão.

PRM
Lusa/Fim


NOTA DE RODAPÉ:

"Quando Salsinha, à última hora, decidiu pelo não, tivemos que cercá-lo e tentar capturá-lo.
Certamente para a próxima vamos utilizar outro método", disse Filomeno Paixão.


Outro método? Talvez cercá-lo e desta vez capturá-lo, não?...

A message to the nation about Hamutuk Hari’i Uma - Prensi Formulario

Vice Prime Minister: Address to the Nation 14 March 2008
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
VICE PRIME MINISTER

A message to the nation about Hamutuk Hari’i Uma - Prensi Formulario

14 March 2008

Last December the government launched the national recovery strategy:
‘Hamutuk Hari’i Futuru’. This strategy is a whole of government response to the IDP crisis, as well as a program to bring recovery to the nation as a whole. The strategy is led by me, the Vice Prime Minister, and is being implemented by the Ministry of Social Solidarity, Ministry of Justice, Ministry of Infrastructure, Ministry of Agriculture, Ministry of Economy of Development and Ministry of Defence and Security.

The objective of this strategy is to adopt a new vision toward national recovery, one that not only promotes mutual acceptance but strengthens communities, local economies, stability and the relationship between the Government and the people of Timor-Leste, whom they serve.

There are five pillars to this strategy:

* Hamutuk Hari’i Uma

Through the ‘Hamutuk Harii Uma’ program the Government will provide IDPs a variety of assistance options that allow for their sustainable return or resettlement with due respect for their rights and dignity

* Hamutuk Hari’i Protesaun

Through these activities we will improve the delivery of essential services to protect the lives of the vulnerable. This is in recognition of the fact that many who are currently registered in IDP camps rely heavily on the food assistance they are receiving there because of their specific needs and circumstances.

* Hamutuk Hari’i Economia Sosial

Will target job-creation and economic opportunities for in a range of different areas.

Together with our partners we will be working to provide opportunities across the country in a variety of fields including agriculture, fisheries and infrastructure. We also recognise the sensitive and fragile nature of those communities into which displaced people shall return and so extra effort will be made to support them in this process.

* Hamutuk Hari’i Estabilidade

Building stability will involve strengthening the mechanisms of the State to respond to the range of security issues we are currently facing. In doing so we recognise that feeling of stability is based on a number of factors including the activities of our national police force, our defence force and the international counterparts who are supporting them.

* Hamutuk Hari’i Confiansa

‘Hamutuk Hari’i Confiansa’ is the name that is given to a range of activities all of which centre on strengthening the sense of trust between us all. Representatives of the Government will visit the communities of Timor Leste to help open channels of communication between their members and between the people and the State.

As part of the first pillar ­ Hamutuk Hari’i Uma - MSS is now visiting IDPs in camps, and asking IDPs to come to Sede de Sucos - to provide IDPs with options for returns or resettlement in a permanent house.

MSS staff are asking IDPs to confirm their chosen option for resettlement from the camps, whether they want to return to their former homes or relocate to new homes. MSS staff will ask IDPs to complete a number of forms when they visit the camps or at the Sede de Sucos.

MSS staff numbers have been increased to help with this process. UNDP is funding students from UNTL to work with MSS. Members of the Komisaun de Vitimas Deslokados and technical staff are also helping with the process of verification.

If you live in a camp, please wait in your camp and complete the prensi formulario in your camp because your camp manager will know who you are.

If you have left your camp or you are living in your community and you have registered with Levantamento de Dados and have numero mapo and numero uma, please come and register in one of the Suco offices ­ Comoro, Becora, Bemori, Caicoli. Please do NOT go to MSS to register there.

MSS will be giving priority to people that registered with Levantamento de Dados.

At present the government is focusing on providing recovery grants for housing reconstruction. Compensation for damaged or destroyed possessions and business assets will be dealt with in subsequent phases.

The administrative systems for prensi formulario have been developed and approved by the CoM. These forms are the only authorised forms, and all other forms will not have an impact in the implementation of the process.

It has come to our attention that some people are selling other forms for you to fill in. Please do not fill in these forms. The only authorised forms are the ones carried by staff from MSS.

Please only complete the forms that the MSS civil servants are carrying.
People who will be doing the registration will be carrying ID like this and wearing a T-shirt. Both will have the logo “Hamutuk Hari’i Futuru” on them.

Tradução:

Uma mensagem à nação acerca de Hamutuk Hari’i Uma - Prensi Formulario

Vice-Primeiro-Ministro: Discurso à Nação 14 Março 2008
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
VICE-PRIMEIRO-MINISTRO

Uma mensagem à nação acerca de Hamutuk Hari’i Uma - Prensi Formulario

14 Maçoh 2008

Em Dezembro passado o governo lançou uma estratégia de recuperação nacional:
‘Hamutuk Hari’i Futuru’. Esta estratégia é a resposta completa do governo à crise dos deslocados, bem como um programa para trazer a recuperação à nação no seu todo. A estratégia é liderada por mim, o Vice-Primeiro-Ministro, e está a ser implementada pelo Ministério da Solidariedade Social, Ministério da Justiça, Ministério das Infraestruturas, Ministério da Agricultura, Ministério da Economia e do Desenvolvimento e Ministério da Defesa e Segurança.

O objectivo desta estratégia é adoptar uma nova visão para a recuperação nacional, uma que não apenas promova a aceitação mútua mas que reforce comunidades, economias locais, estabilidade e a relação entre o Governo e o povo de Timor-Leste, a quem eles servem.

Há cinco pilares para esta estratégia:

* Hamutuk Hari’i Uma

Através do programa ‘Hamutuk Harii Uma’ o Governo fornecerá aos deslocados uma varoiedade de opções de assistência que permitem o seu regresso ou re-instalação sustentável com o devido respeito pelos seus direitos e dignidade

* Hamutuk Hari’i Protesaun

Através destas actividades vamos melhorar a prestação de serviços essenciais para proteger as vidas dos vulneráveis. Isto é em reconhecimento do facto de muitos dos que estão correntemente registados nos campos de deslocados se apoiam fortemente na assistência alimentar que estão a receber por causa das suas necessidades específicas e circunstâncias.

* Hamutuk Hari’i Economia Sosial

Tem por alvo a criação de empregos e oportunidades económicas para uma grande quantidade de áreas diferentes.

Juntamente com os nossos parceiros trabalharemos para providenciar oportunidades através do país numa variedade de campos incluindo agricultura, pescas e infraestruturas. Também reconhecemos a natureza frágil e sensível dessas comunidades para onde os deslocados deverão regressar e assim serão feitos esforços extras para as apoiar neste processo.

* Hamutuk Hari’i Estabilidade

A construção da estabilidade envolverá reforçar os mecanismos do Estado para responder à série de questões de segurança que enfrentamos correntemente. Ao fazer assim reconhecemos que o sentimento de estabilidade é baseado numa série de factores incluindo as actividades da nossa força de polícia nacional, a nossa força de defesa e as partes internacionais que as apoiam .

* Hamutuk Hari’i Confiansa

‘Hamutuk Hari’i Confiansa’ é o nome dado a uma série de actividades todas as quais se centram no reforço do sentimento de confiança entre todos nós. Representantes do Governo visitarão as comunidades de Timor-Leste para ajudar a abrir canais de comunicação entre os seus membros e entre o povo e o Estado.

Como parte do primeiro pilar ­ Hamutuk Hari’i Uma – o MSS está agora a visitar os deslocados nos campos, e a pedir aos deslocados para irem às Sedes de Sucos – para dar aos deslocados opções para regresso ou re-instalação numa casa permanente.

O pessoal do MSS está a pedir aos deslocados para confirmarem a opção da sua escolha para re-instalação dos campos, se querem regressar para as suas casas antigas ou se se querem relocalizar em novas casas. O pessoal do MSS pedirá aos deslocados para preencherem uma série de formulários quando visitarem os campos ou nas Sedes de Sucos.

O número de pessoal do MSS tem aumentado para ajudar com este processo. O UNDP está a financiar estudantes da UNTL para trabalharem com o MSS. Membros da Komisaun de Vitimas Deslokados e pessoal técnico está também a ajudar com o processo de verificação.

Se vive num campo, por favor espere no seu campo e preencha o formulário no seu campo porque o gestor do seu campo conhece quem é.

Se saiu do seu campo ou está a viver na comunidade e se registou no Levantamento de Dados e tem numero mapo e numero uma, por favor venha e registe-se num dos gabinetes de Suco ­ Comoro, Becora, Bemori, Caicoli. Por favor não vá ao MSS para se registar lá.

O MSS dará prioridade às pessoas que se registaram no Levantamento de Dados.

Presentemente o governo foca-se a dar doações de recuperação para a reconstrução de casas. Em fases subsequentes tratar-se-à de compensação para casas e negócios danificados ou destruídos.

Os sistemas administrativos para prensi formulario foram desenvolvidos e aprovados pelo Conselho de Ministros. Estes formulários são os únicos autorizados e todos os outros formulários não terão nenhum impacto na implementação do processo.

Chegou ao nosso conhecimento que algumas pessoas estão a vender outros formulários para preencherem. Por favor não preencha esses formulários. Os únicos formulários autorizados são os que são usados pelo pessoal do MSS.

Por favor preencha apenas os formulários que os funcionários civis do MSS usam.
As pessoas que estarão a fazer o registo usarão um CI como este e usarão uma T-shirt. Ambos terão o logotipo “Hamutuk Hari’i Futuru”.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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