domingo, março 23, 2008

Estado de emergência aligeirado em cinco distritos e levantado em outros dois

Dili, 23 Mar (Lusa) - O estado de sítio em vigor em todo o território de Timor-Leste, com recolher obrigatório entre as 22:00 e as 06:00 desde os atentados de 11 de Fevereiro, foi hoje aligeirado em cinco distritos do país, deixando totalmente de vigorar em dois outros.

A decisão foi anunciada através da rádio e televisão nacionais pelo presidente em exercício, Fernando La Sama Araújo, que justificou a redução das medidas de excepção por uma "evolução significativa da segurança interna".

O estado de sítio é mantido em sete distritos onde decorrem operações conjuntas militares/policiais para a captura dos autores dos atentados de 11 de Fevereiro e nos distritos limítrofes. No distrito de Oe-cusse e no sub-distrito de Ataúro foi restabelecida a normalidade, deixando de vigorar ali qualquer estado de excepção.

As horas de recolher obrigatório variam, agora, entre os distritos abrangidos pelo estado de sítio e pelo estado de emergência.

"Durante o Estado de Sítio mantém-se a suspensão do exercício do direito de manifestação, de reunião e do direito à inviolabilidade de domicílio, permitindo-se a realização de buscas domiciliárias durante a noite, desde que com o competente mandado judicial", anunciou La Sama.

Segundo a declaração presidencial, em Aileu, Ermera, Bobonaro, Covalima, Ainaro, Liquiçá e Manufahi o exercício do direito de livre circulação é também suspenso, havendo recolher obrigatório, todos os dias, entre as 22:00 e as 06:00.

Ainda de acordo com o pedido do Governo, sob aprovação do Parlamento Nacional e depois de ouvido o Conselho de Estado e o Conselho Superior de Defesa e Segurança, foi declarado o estado de emergência (menos rigoroso do que o estado de sítio), por 30 dias, nos distritos de Dili, Baucau, Lautém, Manatuto e Viqueque.

Nestes distritos, haverá recolher obrigatório apenas entre as 23:00 a as 05:00.

Relativamente ao distrito de Oe-cusse e ao sub-distrito de Ataúro, deixa de haver quaisquer medidas restritivas por não haver, agora, risco especial de segurança, segundo a declaração lida por Fernando La Sama Araújo.

As condições do estado de sítio e do estado de excepção hoje decretadas em Timor-Leste vigorarão até 22 de Abril.

Segundo La Sama, "continua em fuga um grupo fortemente armado, na posse de equipamento militar e suspeito de autoria ou participação nos atentados de 11 de Fevereiro. Este grupo resiste a entregar-se às autoridades, ao contrário de muitos outros, que já se entregaram".

Segundo o presidente em exercício, nos distritos onde há operações do Comando Conjunto e nos distritos vizinhos é necessário manter ainda o Estado de Sítio. Nos distritos mais afastados da zona de operação do Comando Conjunto, "as medidas especiais podem ser reduzidas e é suficiente decretar o Estado de Emergência".

"Durante o Estado de Sítio e o Estado de Emergência, os cidadãos de Timor-Leste continuam a dispor da protecção da Constituição da nossa República, da protecção das leis, da protecção dos Tribunais e da protecção do Provedor dos Direitos Humanos e Justiça", referiu La Sama na sua declaração ao país.

JMS.
Lusa/Fim

Ramos Horta goes to church to give thanks

The Age
Lindsay Murdoch
March 24, 2008

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EAST Timor's President Jose Ramos Horta went to church yesterday, his first public outing since being shot and seriously wounded, and thanked God for saving his life.

The visit to Darwin's St Mary's Catholic Cathedral came as Gastao Salsinha, one of the rebel leaders responsible for the attacks in Dili last month, negotiated his surrender to a church in East Timor's mountains.

Mr Ramos Horta said after the Easter Sunday service that he was pretty tired but well after being discharged from a Darwin hospital last week.

He said he wanted his first public outing to be to the cathedral, where he could thank the people of Australia, the people of Darwin and God for saving his life.

Accompanied by his mother, Natalina, 80, and other relatives, Mr Ramos Horta knelt and prayed in the church's front row and received Holy Communion. Worshippers later lined up to shake the hand of the Nobel laureate who was shot at his Dili home on February 11.

A Timorese army commander in East Timor's central mountains yesterday told The Age by telephone that Mr Salsinha had been negotiating his surrender to the Catholic Church in the town of Maubesi. Four of his men surrendered on Saturday.

Mr Salsinha has failed to show up after negotiating two previous surrenders. But East Timor leaders have insisted that Mr Salsinha, a former East Timor army lieutenant who led 600 sacked soldiers in 2006, should be given every opportunity to surrender so he can testify about who was behind the February 11 attacks.

Urging hundreds of soldiers and police who are hunting Mr Salsinha to help facilitate the surrender, the country's acting president, Fernando Lasama, was quoted as saying it would be in the interests of some people if Mr Salsinha died, as he would also bury with him all the information he had.

Mr Salsinha led an attack on Prime Minister Xanana Gusmao, who escaped unharmed.

Alfredo Reinado, who led a group of rebels to Mr Ramos Horta's home, was shot dead.

Investigators believe that still unidentified figures were behind the attacks, which plunged the country into a new crisis. They have traced money given to the rebels to a bank account in Dili.

Mr Ramos Horta is not expected to be strong enough to return to Dili for several weeks.


This story was found at: http://www.theage.com.au/articles/2008/03/23/1206206926138.html

Tradução:

Ramos Horta vai à igreja agradecer

The Age
Lindsay Murdoch
Março 24, 2008


O Presidente de Timor-Leste José Ramos Horta foi ontem à igreja, a sua primeira saída pública desde que foi ferido a tiro com gravidade e agradeceu a Deus por ter salvo a sua vida.

A visita à Catedral Católica de St Mary em Darwin ocorre quando Gastão Salsinha, um dos líderes amotinados responsáveis pelos ataques em Dili no mês passado, negociou a sua rendição numa igreja nas montanhas de Timor-Leste.

Depois do serviço no Domingo de Páscoa o Sr Ramos Horta disse que estava cansado mas bem depois de ter tido alta dum hospital de Darwin na semana passada.

Disse que quis que a sua primeira saída pública fosse à catedral,onde pode agradecer ao povo da Austrália, ao povo de Darwin e a Deus por ter salvo a sua vida.

Acompanhado pela mãe, Natalina, 80, e outros familiares, o Sr Ramos Horta ajoelhou-se e rezou na primeira fila da igreja e receber a sagrada comunhão. Mais tarde os crentes alinharam-se para apertar a mão ao laureado do Nobel que foi baleado na sua casa de Dili em 11 de Fevereiro.

Um comandante das forças armadas Timorenses nas montanhas centrais de Timor-Leste disse ao The Age por telefone que o Sr Salsinha tinha estado a negociar a sua rendição à igreja católica na cidade de Maubesi. Quatro dos seus homens entregaram-se no Sábado.

O Sr Salsinha falhou depois de negociar duas rendições anteriores. Mas os líderes de Timor-Leste têm insistido que o Sr Salsinha, um antigo temente das forças armadas de Timor-Leste que liderou 600 soldados despedidos em 2006, devia ter todas as oportunidades para se render para que possa testemunhar sobre quem esteve por detrás dos ataques de 11 de Fevereiro.

Urgindo a centenas de soldados e polícias que perseguem o Sr Salsinha para ajudar a facilitar a rendição, o presidente interino do país, Fernando Lasama, foi citado como tendo dito que seria do interesse de algumas pessoas se o Sr Salsinha morresse, dado que levaria com ele para a cova as informações que tivesse.

O Sr Salsinha liderou um ataque ao Primeiro-Ministro Xanana Gusmão, que escapou ileso.

Alfredo Reinado, que liderou um grupo de amotinados à casa do Sr Ramos Horta, foi morto a tiro.

Investigadores acreditam que figuras não identificadas ainda estiveram por detrás dos ataques, que mergulharam o país numa nova crise. Eles seguiram a pista de dinheiro dado aos amotinados e encontraram uma conta bancária em Dili.

Não se espera que o Sr Ramos Horta tenha suficientes forças para voltar a Dili durante algumas semanas.


Esta história foi descoberta em: http://www.theage.com.au/articles/2008/03/23/1206206926138.html

Timor-Leste aligeira estado de sítio em parte do território

Oe-cusse e Ataúro regressam à normalidade

23.03.2008 - 11h44 PÚBLICO

O estado de sítio em Timor-Leste é aligeirado a partir de hoje. Em cinco distritos do país passa a estado de emergência e em duas áreas deixa mesmo de vigorar qualquer estado de excepção, anunciou a Presidência da República timorense.

O estado de sítio mantém-se em sete distritos, abrangendo aqueles onde decorrem operações para a captura dos autores dos atentados de 11 de Fevereiro e os limítrofes destes. As horas de recolher obrigatório variam, agora, entre os distritos abrangidos pelo Estado de Sítio e pelo Estado de Emergência.

No distrito de Oe-cusse e no subdistrito de Ataúro é restabelecida a normalidade, deixando de vigorar ali qualquer estado de excepção. Oe-cusse é um enclave em território vizinho da República da Indonésia e Ataúro é uma ilha que pertence ao distrito de Díli e que fica frente à capital timorense, a duas horas de viagem por barco.

A 11 de fevereiro tiveram lugar dois atentados, um contra o Presidente José Ramos-Horta (ainda a acabar de recuperar do estado crítico em que ficou), e outro contra o primeiro-ministro Xanana Gusmão, que saiu ileso.

O Presidente José Ramos-Horta foi transportado de emergência para a Austrália e internado num hospital da cidade de Darwin, onde foi submetido a cinco intervenções cirúrgicas, encontrando-se agora livre de perigo e em convalescença.

Presidência fala em “resultados positivos”

O aligeiramento das medidas especiais de segurança hoje anunciado pelo Presidente em exercício, Fernando La Sama de Araújo, justifica-se pelos “resultados positivos” obtidos até agora pela operação do Comando Conjunto, que persegue os fugitivos.

Da operação militar/policial conjunta, desencadeada após 11 de Fevereiro, resultou a entrega voluntária de mais de uma dezena de fugitivos. Neste fim-de-semana de Páscoa entregaram-se voluntariamente às autoridades outros quatro elementos.

Por outro lado, cerca de 650 militares que saíram dos quartéis em princípios de 2006, os “peticionários”, em divergência com as suas chefias, aceitaram nas últimas semanas a oferta do Governo e acorreram ao local de acantonamento por este estabelecido, tendo em vista serem apoiados pelo Estado na sua inserção na vida civil.

DECLARAÇÃO DO ESTADO DE SÍTIO E DO ESTADO DE EMERGÊNCIA

Presidência da República

POR S.E. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA EM EXERCÍCIO, FERNANDO LA SAMA DE ARAÚJO

EM 23 DE MARÇO DE 2008


Povo de Timor-Leste.
Cidadãs e cidadãos.

Recebi do governo um pedido para renovar o estado de sítio nos distritos de Aileu, Ermera, Bobonaro, Covalima, Ainaro, Liquiçá e Manufahi e para reduzir as medidas especiais e declarar o estado de emergência nos distritos de Baucau, Lautém, Manatuto, Viqueque, Dili, com excepção do Sub-distrito de Ataúro.

O governo confirma que se tem registado uma evolução significativa da segurança interna do nosso país. A operação do Comando Conjunto F-FDTL/PNTL tem tido resultados positivos. O modelo adoptado para desenvolver esta missão das F-FDTL/PNTL prova que as Forças de Defesa e de Segurança obtêm bons resultados quando trabalham em coordenação.

Mas continua em fuga um grupo fortemente armado, na posse de equipamento militar, e que é suspeito de autoria ou participação nos atentados de 11 de Fevereiro. Este grupo resiste a entregar-se às autoridades, ao contrário de muitos outros, que já se entregaram.

A ameaça deste grupo armado é diferente em diferentes regiões do país. Nuns lugares, é necessário desenvolver operações militares de segurança pelo Comando Conjunto, noutros lugares não há operações militares de segurança.

Nos distritos onde há operações do Comando Conjunto e nos distritos vizinhos é necessário manter ainda o Estado de Sítio. Nos distritos mais afastados da zona de operação do Comando Conjunto, as medidas especiais podem ser reduzidas e é suficiente decretar o Estado de Emergência.

Depois do pedido que recebi do Governo, da autorização aprovada pelo Parlamento Nacional e depois de ter reunido e ouvido as opiniões do Conselho de Estado e do Conselho Superior de Defesa e de Segurança, decidi renovar o Estado de Sítio, por 30 dias, nos distritos de Aileu, Ermera, Bobonaro, Covalima, Ainaro, Liquiçá e Manufahi.

Durante o Estado de Sítio mantém-se a suspensão do exercício do direito de manifestação, de reunião e do direito à inviolabilidade do domicílio, permitindo-se a realização de buscas domiciliárias durante a noite, desde que com o competente mandado judicial.

Em Aileu, Ermera, Bobonaro, Covalima, Ainaro, Liquiçá e Manufahi o exercício do direito de livre circulação é também suspenso, havendo recolher obrigatório, todos os dias, entre as 22 horas e as 6 horas da manhã.

Ainda de acordo com o pedido do Governo, a autorização aprovada pelo Parlamento Nacional e depois de ouvido o Conselho de Estado e o Conselho Superior de Defesa e Segurança, decidi declarar o Estado de Emergência, por 30 dias, nos distritos de Baucau, Lautém, Manatuto, Viqueque e Díli, com excepção do subdistrito de Ataúro.

Durante o Estado de Emergência fica suspenso o exercício do direito de manifestação, de reunião e do direito à inviolabilidade do domicílio, permitindo-se a realização de buscas domiciliárias durante a noite, desde que com o competente mandado judicial.

Mas o direito de circulação será menos limitado. Nos distritos de Baucau, Lautém, Manatuto, Viqueque e Díli, com excepção do subdistrito de Ataúro, haverá recolher obrigatório apenas entre as 23 horas e as 5 horas da manhã.

Relativamente ao distrito de Oe-cusse e ao subdistrito de Ataúro, não haverá nenhum estado de excepção, por não haver, agora, risco especial de segurança.

O estado de sítio e o estado de excepção que agora são decretados estão em vigor entre hoje, dia 23 de Março, e o dia 22 de Abril de 2008.

Nos termos do Comando Conjunto criado pelo Governo em 17 de Fevereiro, cabe às F-FDTL/PNTL a execução das operações de segurança decorrentes do Estado de Sítio e do Estado de Emergência, incluindo as medidas necessárias para restabelecimento da normalidade da vida democrática.

A renovação parcial do Estado de Sítio e o Estado de Emergência têm o objectivo de defender a ordem constitucional do Estado e de prevenir a perturbação da ordem pública, mas com a preocupação de limitar ao mínimo indispensável a restrição dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.

Durante o Estado de Sítio e o Estado de Emergência, os cidadãos de Timor-Leste continuam a dispor da protecção da Constituição da nossa República, da protecção das leis, da protecção dos Tribunais e da protecção do Provedor dos Direitos Humanos e Justiça. As instituições têm o dever de fazer tudo para proteger o Estado e a segurança do público, evitando todos os abusos.

Ao povo, a todos os cidadãos e cidadãs, peço que ajudem à defesa do país, cumprindo a lei.

Boa noite. Muito obrigado a todos.

Goff to make Easter visit to Timor Leste

scoop.co.nz
Sunday, 23 March 2008, 2:06 pm
Press Release: New Zealand Government

Hon Phil Goff
Minister of Defence

23 March 2008
Media statement

Goff to make Easter visit to Timor Leste

Defence Minister Phil Goff is to leave for Timor Leste tomorrow where he will spend three days visiting New Zealand troops on the ground and holding talks with the country’s leaders.

“The armed attacks on President Jose Ramos Horta and Prime Minister Xanana Gusmao on 11 February demonstrate the ongoing fragility of the situation in Timor Leste, which is also true of other countries in our region,” Mr Goff said.

“Had the assassination attempts succeeded they would have deprived Timor Leste of its most experienced leaders and led to chaos in the country. The attacks are evidence of the need for the continuing presence of New Zealand troops and police to assist security.

“This visit is my ninth to Timor Leste in nine years. It reinforces New Zealand’s commitment to our friends and the democratically elected Government in Timor Leste, as the country seeks to build its own capability and deal with the huge social, political and economic challenges it faces.

“The visit will allow me to meet New Zealand troops, the International Stabilisation Force leadership and the United Nations head of mission. I hope to accompany a New Zealand patrol to assess first hand the security situation. The visit gives me an opportunity to acknowledge on behalf of all New Zealanders the excellent work our Defence Force personnel continue to do in Timor Leste and the importance of the role they are playing.

“I will be meeting with Prime Minister Xanana Gusmao and acting President Fernando Lasama in Dili, and will call on Opposition leader Mari Alkatiri. I also plan to visit in Darwin President Jose Ramos Horta, who I have known and worked with for a long time. He has been discharged from hospital but remains in Australia while he recovers.

“New Zealand is the second largest contributor to the International Security Force in Timor Leste. We have a company of 142 personnel and have recently extended the deployment of two UH-1H Iroquois helicopters and 32 air crew and support personnel. We also contribute 25 police and a small number of advisors to the United Nations mission and the Timor Leste military,” Phil Goff said.

ENDS

Tradução:

Goff faz visita de Páscoa a Timor-Leste

scoop.co.nz
Domingo, 23 Março 2008, 2:06 pm
Comunicado de Imprensa: Governo da Nova Zelândia

Phil Goff
Ministro da Defesa

23 Março 2008
Declaração aos Media

Goff faz visita de Páscoa a Timor-Leste

O Ministro da Defesa Phil Goff está de partida amanhã para Timor-Leste onde passará três dias de visita às tropas da Nova Zelândia no terreno e terá conversas com líderes do país.

“Os ataques armados ao Presidente José Ramos Horta e Primeiro-Ministro Xanana Gusmão em 11 de Fevereiro mostram a fragilidade em curso da situação em Timor-Leste, que é também verdade para outros países na nossa região,” disse o Sr Goff.

“Tivessem tido sucesso as tentativas de assassínio, teriam privado Timor-Leste dos seus líderes mais experientes e teriam levado o caos ao país. Os ataques são a prova da necessidade para a continuação da presença das tropas e da polícia da Nova Zelândia para assistir na segurança.

“Esta é a minha nona visita a Timor-Leste em nove anos. Ela reforça o compromisso da Nova Zelândia com os nossos amigos e com o governo democraticamente eleito em Timor-Leste, quando o país tenta construir a sua própria capacidade e lidar com os enormes desafios sociais, políticos e económicos que enfrenta.

“A visita permitirá encontrar-me com as tropas da Nova Zelândia, a liderança da Força Internacional de Estabilização e o responsável da missão da ONU. Espero acompanhar uma patrulha da Nova Zelândia para avaliar em primeira mão a situação da segurança. A visita dá-me uma oportunidade para conhece em nome de todos os Neo-zelandeses o excelente trabalho que o pessoal da nossa Força da Defesa continua a fazer em Timor-Leste e a importância do papel que estão a jogar.

“Encontrar-me-ei com o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão e o Presidente interino Fernando Lasama em Dili, e ligarei ao líder da Oposição Mari Alkatiri. Planeio visitar também em Darwin o Presidente José Ramos Horta, que conheço e com quem trabalhei desde há muito tempo. Ele teve alta do hospital mas mantém-se na Austrália enquanto recupera.

“A Nova Zelândia é o segundo maior contribuidor para a Força Internacional de Segurança em Timor-Leste. Temos uma companhia de 142 pessoas e recentemente prolongámos a estadia de dois helicópteros UH-1H Iroquois e 32 tripulantes e pessoal de apoio. Contribuímos também com 25 polícias e um pequeno número de conselheiros para a missão da ONU e para a força militar de Timor-Leste,” disse Phil Goff.

FIM

Rebeldes que participaram de ataque a líderes se entregam

Último Segundo
22/03 - 08:52 – EFE

Sydney (Austrália), 22 mar (EFE).- Quatro militares rebeldes do grupo que participou dos ataques contra os líderes do Timor-Leste se entregaram hoje às forças de segurança, afirmou o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão.

Os rebeldes se renderam pouco depois do meio-dia em uma delegacia de Polícia nos arredores de Aileu, localidade ao sul de Díli, a capital timorense.

Em declarações divulgadas pela imprensa australiana, Gusmão disse que os quatro soldados rebeldes reconheceram, após se entregar, que haviam participado dos ataques cometidos em 11 de fevereiro contra o próprio premiê e o presidente timorense, José Ramos Horta.

Em um dos ataques, Ramos Horta ficou gravemente ferido após levar três tiros.

O primeiro-ministro, que saiu ileso do ataque contra ele, ressaltou que esta rendição pode incentivar os outros militares rebeldes a decidir se entregar.

Na semana passada, Gusmão disse que o diálogo com os rebeldes, agora liderados por Gastão Salsinha, estava esgotado e que a via militar era a única saída.

Salsinha era o braço direito do ex-chefe rebelde Alfredo Reinado, morto a tiros durante o ataque a Ramos Horta, que na segunda-feira passada recebeu alta do Hospital Real de Darwin, onde estava internado.

Os tribunais timorenses emitiram 23 ordens de detenção contra militares rebeldes que teriam participado dos dois ataques.

EFE aus/an

Four E Timor rebels surrender to Gusmao

The Age
March 22, 2008 - 9:29PM

Four of the rebels believed to have been involved in attacks on East Timor's president and prime minister last month handed themselves in to authorities the mountain town of Maubisse in the country's centre.

Prime Minister Xanana Gusmao laughed and joked with the four rebels, whose names were not given, as they presented themselves to him at the government palace in Dili.

Gusmao thanked the four men for surrendering peacefully and told them they were looking fit and healthy.

"We all think that the way they've chosen is the best way ... we don't want suffering, we don't want to cause our mothers and fathers to suffer," he said.

The prime minister refused to confirm if the four - who are among 30 rebels the prosecutor general has issued arrest warrants for - were directly involved in the attacks on February 11 which left President Jose Ramos Horta wounded, and rebel leader Alfredo Reinado dead.

Dressed in army fatigues and carrying magazine rounds in their pockets, the rebels handed over weapons to the Prime Minster, the Prosecutor General and the leaders of the police and military.

The prime minister said one of the automatic weapons handed over was believed to be one of those stolen from the President's guards during the February attacks.

The four rebels joined Gusmao and his deputy Jose Luis Gutteres for tea and cake at government palace after the ceremony.

Gusmao said that it is better to try and resolve the problem with the remaining rebels through dialogue, not through violence.

"The state of Timor is like a family, and the state is looking to have dialogues to resolve the problem.

"The door is always open if the other [rebels] want to turn themselves in." Despite his plea for peaceful resolution, he expressed his confidence in the joint police and military operation, and said they would take "more action" after the Easter weekend to apprehend the remainder of the rebels who remain on the run.

Over 450 of East Timor's police and military are deployed in the country's western districts, with orders to capture not to kill the remaining rebels, including their leader Gastao Salsinha.

AAP

Tradução:

Quatro amotinados de Timor-Leste entregam-se a Gusmão

The Age
Março 22, 2008 - 9:29PM

Quatro dos amotinados que se pensa terem estado envolvidos nos ataques ao presidente e primeiro-ministro de Timor-Leste no mês passado entregaram-se às autoridades na cidade montanhosa de Maubisse no centro do país.

O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão riu e brincou com os quatro amotinados, cujos nomes não foram dados, quando se apresentaram eles próprios a ele no palácio do governo em Dili.

Gusmão agradeceu aos quatro homens por se terem entregue pacificamente e disse que eles pareciam em forma e saudáveis.

"Todos pensamos que o caminho que escolheram é o melhor ... não queremos sofrimento, não queremos que os vossos pais e mães sofram," disse.

O primeiro-ministro recusou confirmar se os quatro – que estão entre os 30 amotinados para quem o procurador-geral emitiu mandatos de captura – estiveram directamente envolvidos nos ataques em 11 de Fevereiro que deixou o Presidente José Ramos Horta ferido, e o líder amotinado Alfredo Reinado morto.

Vestidos em uniformes das forças armadas e carregando munições nas algibeiras, os amotinados entregaram as armas ao Primeiro-Minstro, Procurador-Geral e líderes da polícia e dos militares.

O primeiro-ministro disse que uma das armas automáticas entregues acreditava ser uma das roubadas aos guardas do Presidente nos ataques de Fevereiro.

Os quatro amotinados juntaram-se a Gusmão e eo seu Vice José Luis Guterres para bolos e chá no palácio do governo depois da cerimónia.

Gusmão disse que é melhor tentar resolver o problema com os amotinados restantes através do diálogo, não através da violência.

"O Estado de Timor é como uma família e o Estado está a procurar o diálogo para resolver o problema.

"A porta está sempre aberta se outros [amotinados] se quiserem entregar." Apesar do seu apelo por resolução pacífica, expressou a sua confiança na operação conjunta da polícia e militares, e disse que tomaria "mais acção" depois do fim-de-semana de Páscoa para apreender os restantes amotinados em fuga.

Mais de 450 polícias e militares de Timor-Leste estão destacados nos distritos do oeste do país, com ordens para capturar, não para matar os restantes amotinados, incluindo o líder deles Gastão Salsinha.

AAP

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.