quarta-feira, maio 07, 2008

Australian minister heads to ETimor for development talks

ABC Radio Australia, 7 May

Australia's Parliamentary Secretary for International Development Assistance, Bob McMullan, is heading to East Timor to discuss development.

During the five-day visit, Mr McMullan will meet with East Timor's Prime Minister Xanana Gusmao.

He'll also meet with agencies to discuss the progress of a number of Australian aid activities aimed at improving health, education and employment.

"It's a question of making sure that our priorities as a new government and the priorities of the government in East Timor and the views of all the major agencies that operate there are harmonized," he said.

Tradução:

Ministro Australiano vai a Timor-Leste para conversações sobre desenvolvimento

ABC Radio Austrália, 7 May

O Secretário Parlamentar da Austrália para a Assistência ao Desenvolvimento Internacional, Bob McMullan, vai a Timor-Leste para discutir desenvolvimento.

Durante a visita de cinco dias, o Sr McMullan vai encontrar-se com o Primeiro-Ministro de Timor-Leste Xanana Gusmão.

Encontrar-se-à também com agências para discutir os progressos duma série de actividades de ajuda Australiana que visam melhorar a saúde, educação e emprego.

"É uma questão de se ter a certeza que as nossas prioridades como novo governo e as prioridades do governo de Timor-Leste e as opiniões de todas as agências maiores que operam lá estão harmonizadas," disse ele.

O Restaurador volta à casa do Proclamador

** Pedro Rosa Mendes, da Agência Lusa **

Díli, 07 Mai (Lusa) - Francisco Guterres "Lu Olo" recordou hoje na varanda de Francisco Xavier do Amaral, em Díli, que "a história da Fretilin e da ASDT (Associação Social Democrática Timorense) está cheia de lágrimas, com miséria e tristeza".

"Por isso, a Fretilin e a ASDT voltam a unir-se para reafirmar a sua presença nesta nação", explicou.

Francisco Guterres "Lu Olo", presidente da Fretilin, acabava de colocar a sua assinatura no documento que funda a Plataforma de Aliança Estratégica.

Os dois partidos pretendem "a realização de eleições legislativas antecipadas" e declaram o compromisso de "partilharem a governação em representação proporcional determinada pelos resultados eleitorais".

Além de "Lu Olo" e do seu homólogo da ASDT, Xavier do Amaral, assinaram o documento os secretários-gerais das duas formações políticas, Mari Alkatiri e Francisco Gomes.

Os quatro dirigentes estavam sentados, ombro com ombro, a uma mesa coberta com uma toalha verde, virados à baía de Díli e à Ilha de Ataúro, no número 1 da Avenida dos Direitos Humanos, na antiga marginal de Lecidere.

É lá, numa casa com árvores antigas e galos que cantam sempre, que mora Francisco Xavier do Amaral. O local conjura ocasiões históricas da luta timorense.

Foi ali, por exemplo, que, em 15 de Agosto de 1999, foi hasteada a primeira bandeira do Conselho Nacional da Resistência Timorense (CNRT) em Díli, duas semanas antes do referendo pela independência.

Alguns dos participantes nessa cerimónia estavam hoje no grupo restrito que assistiu ao pacto de Lecidere, como o deputado David Xímenes, da Fretilin.

O momento político, porém, é outro: hoje, foi contra um governo dirigido pelo novo CNRT (Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste), do primeiro-ministro Xanana Gusmão, que "Lu Olo" e Xavier do Amaral assinaram a sua nova aliança.

A ASDT, em coligação com o Partido Social-Democrata (PSD), é um dos partidos fundadores da Aliança Para Maioria Parlamentar, que sustenta o actual Governo.

A Fretilin, vencedora das últimas eleições legislativas mas sem maioria absoluta, é o maior partido da oposição.

"Francisco 'Lorosae' e Francisco 'Loromonu'", resumiu, depois das assinaturas, um membro da Fretilin próximo de Mari Alkatiri, levantando risos entre os presentes.

"Lu Olo" é natural de Ossú, Viqueque, um dos distritos orientais ("lorosae"); Xavier do Amaral é natural de Turiscai, Manufahi, um dos distritos ocidentais ("loromonu"). As rivalidades entre as duas origens geográficas foram o pano de fundo da crise política e militar de 2006, que gerou uma onda de violência no país e cerca de 100.000 deslocados.

O documento fundador da Plataforma ASDT/Fretilin e o local escolhido remetem, da mesma forma, para as muitas divisões que marcam a vida dos dois dirigentes, dos dois partidos e de Timor-Leste, desde 1975 a 2008.

O texto recorda, em abertura, o papel histórico de Francisco Xavier do Amaral, "proclamador" da independência a 28 de Novembro de 1975, e de Francisco Guterres "Lu Olo", "restaurador" da independência a 20 de Maio de 2002.

Muita vida correu entre as duas datas.

Em 1974, Xavier do Amaral fundou a ASDT, que depois deu origem à Fretilin, de que ele também foi fundador. Efémero chefe de partido e de Estado, foi expulso da Fretilin e substituído por Nicolau Lobato, na sequência da invasão indonésia de 07 de Dezembro de 1975.

Francisco Xavier do Amaral, que mais tarde foi preso pelo país invasor, foi levado para Jacarta, onde chegou a trabalhar como motorista de um general indonésio.

Só em Julho de 2007, duas semanas antes da indigitação de Xanana Gusmão para formar Governo, é que o Parlamento reconheceu o estatuto de Francisco Xavier do Amaral como primeiro chefe de Estado, com as honras inerentes, "algo a que a Fretilin sempre se opôs", como o próprio afirmou na altura à Agência Lusa.

"É natural eu virar para a esquerda ou para a direita. O vento sopra para norte e para sul. Eu apoio aquele que me ajudar a levar a nação para a frente", explicou hoje o líder da ASDT sobre a nova aliança.

"Mesmo que ontem tenha sido Satanás, não faz mal. Até posso beijar-lhe os pés", acrescentou o líder da ASDT sobre a Fretilin.

"Não estou à procura da cadeira. Não queremos só que dêem uma cadeira para nos sentarmos", declarou o presidente da ASDT, quando questionado sobre a origem do pacto com a Fretilin.

"Podem analisar-me mas não podem empatar-me", acrescentou Francisco Xavier do Amaral, de 71 anos de idade.

"Eu continuo na AMP mas estou preparado para sair. Se a AMP mudar as suas atitudes nos acontecimentos que aí vêm, eu continuo com eles. Se não, se a AMP sair fora do caminho que nós todos queremos, eu saio", declarou ainda Francisco Xavier do Amaral.

"Se a AMP cair, é com eles. Nós não temos a intenção de os fazer cair. Se cair, cai", disse também o líder da ASDT na varanda de Lecidere.


Lusa/Fim

Fretilin e ASDT assinam plataforma política e defendem eleições antecipadas (ACTUALIZADA)

Díli, 07 Mai (Lusa) - A Fretilin e a Associação Social Democrática Timorense (ASDT) assinaram hoje em Díli uma plataforma política em que defendem um “Governo de grande inclusão” e eleições legislativas antecipadas.

A “plataforma política da aliança estratégica ASDT/Fretilin” foi criada hoje numa declaração assinada perante a comunicação social pelos presidentes das duas formações partidárias, Francisco Xavier do Amaral (ASDT) e Francisco Guterres “Lu-Olo” (Fretilin).

A declaração de princípios da Plataforma de Aliança Estratégica, como é chamada no documento, foi também assinada pelos secretários-gerais dos dois partidos envolvidos, Mari Alkatiri pela Fretilin e Francisco Gomes pela ASDT.

Os dois partidos defendem "o estabelecimento de um Governo de Grande Inclusão (sic) liderado pela Fretilin, partido mais votado nas últimas eleições" legislativas, realizadas em 30 de Junho de 2007.

"O Governo de Grande Inclusão deverá governar o país durante o tempo estritamente necessário - mas não superior a dois anos", acrescenta a declaração hoje assinada.

Antes de ser assinado pelos quatro dirigentes, o documento foi lido, em português e em tétum, por Filomeno Aleixo, da Fretilin, na varanda da residência de Francisco Xavier do Amaral em Lecidere, Díli.

Fretilin e ASDT pretendem "construir uma aliança sólida, eficaz e duradoura para restabelecer a estabilidade, a paz e consolidar a democracia e o Estado de Direito".

Os dois partidos pretendem "a realização de eleições legislativas antecipadas" e declaram o compromisso de "partilharem a governação em representação proporcional determinada pelos resultados eleitorais".

ASDT e Fretilin, com a plataforma hoje criada, estabeleceram "uma aliança político-partidária de tipo novo e de carácter estratégico com incidência parlamentar e com vista à formação de um Governo sem contudo deixar de se afirmarem como dois partidos diferentes um em relação ao outro e a terceiros".

A plataforma política defende também a criação de uma comissão internacional de investigação aos acontecimentos de 11 de Fevereiro de 2008, data do duplo ataque contra o Presidente da República e o primeiro-ministro.

O documento assinado pelos quatro dirigentes define a "grande inclusão no seu sentido mais amplo", incluindo "o estabalecimento de um governo como órgão executivo inclusivo, transparente e eficaz".

A inclusão proposta pela Fretilin e a ASDT passa também por "acordos de incidência parlamentar sobre questões fundamentais da construção do Estado e da nação".

Propõe-se também criar "mecanismos de alto nível para a inclusão política e social visando a organização da participação de partidos políticos não representados no Parlamento Nacional e de instituições representativas da sociedade civil, religiosa e tradicional".

O documento que cria a plataforma ASDT/Fretilin recorda o papel histórico de Francisco Xavier do Amaral, "proclamador" da independência a 28 de Novembro de 1975, e de Francisco Guterres "Lu Olo", "restaurador" da independência a 20 de Maio de 2002.

A criação da plataforma política está "consciente deste passado comum e da necessidade de defender o grande projecto da libertação da pátria do domínio estrangeiro".

Os dois partidos sublinham também a necessidade de "defender o povo da pobreza endémica em que está mergulhado, do analfabetismo, do isolamento em relação ao mundo, oferecendo-lhe condições para a conquista da dignidade".

À assinatura da declaração de princípios assistiram algumas figuras conhecidas da Fretilin, como Arsénio Bano, Francisco Branco, José Teixeira e David Xímenes.

Nenhum dos cinco deputados da ASDT ao Parlamento esteve presente na cerimónia de Lecidere.

Sobre a divergência da bancada da ASDT com a direcção liderada por Francisco Xavier do Amaral, o decano da política timorense afirmou apenas que eles são "livres e independentes" pelo Regimento do Parlamento e que espera que decidam "segundo a sua consciência".

PRM
Lusa/fim

East Timor's power struggle

ABC Radio Australia
7.05.2008

Updated 4 hours 52 minutes ago

The future of East Timor's coalition government is under a cloud after a key party member announced a pact with the opposition.

Presenter: Stephanie March

Speakers: Francisco Xavier do Amaral, Timorese Social Democratic Association president; Mario Carrascalao, PSD MP; Mari Alkatiri, former Prime Minster and leader of Fretilin.

MARCH: When East Timor's Fretilin party won plurality votes in last year's election, a coalition involving the next four largest parties formed a government led by prime minister Xanana Gusmao.

But now one of those parties, the Timorese Social Democratic Party or ASDT has signed an agreement with opposition Fretilin party.

The move could mean that Prime Minister Gusmao Parliamentary Majority Alliance or AMP coalition has lost the number of seats it needs to maintain government.

But ASDT party president Francisco Xavier do Amaral says at this stage his MP's will continue to support Gusmao's AMP alliance.

He says whilst he's not happy with the way the government is dealing with certain issues, at this stage the agreement to align with Fretilin is for the next election.

AMARAL: I think I don't care about their support or their not support, what I care about is that they will do their best to serve these people.

MARCH: Francisco Xavier do Amaral says he is not happy with the way the current coalition government is dealing with problems of corruption and mismanagement.

The policy platform agreement signed between ASDT and Fretilin includes a proposal to reform public administration and strengthen the justice sector within a two-year period if they were elected to government.

But a spokesperson for ASDT warns if the government doesn't improve it's performance by May 28, there are plans to withdraw from the AMP coalition, before new elections are called.

The Prime Minister's office declined to comment on the agreement, saying it's a 'political issue' and East Timor's President Jose Ramos Horta has played down the move, saying it is part of the normal political process.

Mario Carrascalao is an MP and the head of PSD party - a member of the AMP coalition. He says his party doesn't have any immediate intention to defect from the coalition, but says the government must start addressing problems of corruption and nepotism.

MARIO: Corruption should be dealt with very seriously - honestly.

Whoever is corrupted has to face the court of justice. But I do realise also that until now the AMP government is too slow to advancing towards that way, that objective.

MARCH: Despite his dissatisfaction with AMP, Mario Carrascalao has recommended that Xanana Gusmao's CNRT party convince their leader to bring a vote of confidence in the parliament, to reassure their strength and stability.

MARIO: I suggest to CNRT to convince their leader who is the prime minister now to ask confidence vote from the parliament so they can govern with stability. If they are not going to get the majority they need to continue in the government, they should step down.

MARCH: Fretilin sources and other parties have also flagged the possibility of a vote of a no confidence being raised in the parliament in coming months if the current situation continues.

But former Prime Minister and leader of Fretilin party Mari Alkatiri says the newly formed alliance is not intended to bring down the government.

MARI: This is really a signal, a message to Xanana, for him to reconsider his position.

MARCH: He says Fretilin hope all parties agree to early elections in mid-2009. And he says Fretilin is currently in talks with other MP's and parties about aligning themselves with Fretilin in the future.

MARI: Between MPs yes there are some dialogue between our MPs and other MPs. Parties that are not represented in parliament we are talking with them. Our aim is not to create a new crisis here - we are looking to be constructive, but we do believe we have to do something to stop this government from destroying this country.

MARCH: The next biggest test of parliamentary confidence in the AMP government should be at the end of this month, when the government presents it's mid-year budget review, which has to be passed by parliament.

Tradução:

ABC Radio Australia
7.05.2008

Luta pelo poder em Timor-Leste

Actualizada 4 horas 52 minutos atrás

O futuro do governo de coligação de Timor-Leste está ensombrado depois dum partido chave membro ter anunciado um pacto com a oposição.

Apresentadora: Stephanie March

Oradores: Francisco Xavier do Amaral, presidente da Associação Timorense Social Democrática; Mário Carrascalão, deputado do PSD; Mari Alkatiri, antigo Primeiro-Ministro e líder da Fretilin.

MARCH: Quando o partido Fretilin de Timor-Leste ganhou o maior número de votos nas eleições do ano passado, uma coligação envolvendo os quatro partidos a seguir formaram um governo liderado pelo primeiro-ministro Xanana Gusmão.

Mas agora, um desses partidos, o ASDT assinou um acordo com o partido Fretilin na oposição.

O passo pode significar que a Aliança da Maioria Parlamentar ou AMP do Primeiro-Ministro Gusmão perdeu o número de lugares que precisa para manter o governo.

Mas o presidente do partido ASDT Francisco Xavier do Amaral diz que nesta altura os seus deputados continuarão a apoiar a aliança AMP de Gusmão.

Ele diz que apesar de não estar contente como o modo como o governo lida com certos assuntos, nesta altura o acordo para alinhar com a Fretilin é para as próximas eleições.

AMARAL: Penso que não ligo se apoiam ou não apoiam, o que mais me preocupa é que façam o melhor para servir este povo.

MARCH: Francisco Xavier do Amaral diz que não está satisfeito com o modo como o corrente governo de coligação está a lidar com problemas de corrupção e má-gestão .

O acordo de plataforma política assinado entre a ASDT e a Fretilin inclue uma proposta de reforma da administração pública e do reforço do sector da justiça dentro dum período de dois anos se forem eleitos para o governo.

Mas um porta-voz da ASDT avisa que se o governo não melhorar a sua actuação até 28 de Maio, há planos de sair da coligação AMP, antes de serem marcadas novas eleições.

O gabinete do Primeiro-Ministro declinou comentários sobre o acordo, dizendo que é um 'assunto político' e o Presidente de Timor-Leste José Ramos Horta desvalorizou o gesto, dizendo que faz parte do normal processo político.

Mário Carrascalão é deputado e líder do partido PSD - um membro da coligação AMP. Diz que o seu partido não tem uma intenção imediata de desertar da coligação, mas diz que o governo deve começar a responder aos problemas da corrupção e nepotismo.

MÁRIO: Deve lidar-se com a corrupção com muita seriedade - honestamente.

Seja quem for corrupto tem de enfrentar o tribunal da justiça. Mas entendo também que até agora o governo AMP é demasiado lento a avançar nesse caminho, nesse objectivo.

MARCH: Apesar do seu descontentamento com a AMP, Mário Carrascalão recomendou que o partido CNRT de Xanana Gusmão convença o seu líder a avançar com um voto de confiança no parlamento, para re-afirmar a sua força e estabilidade.

MÀRIO: Eu sugiro que o CNRT convença o seu líder que é o primeiro-ministro a avançar agora com um voto de confiança no parlamento para que possam governar com estabilidade. Se não obtiverem a maioria que precisam para continuar, eles têm que sair.

MARCH: Fontes da Fretilin e doutros partidos brandiram também a possibilidade de se apresentar um voto de não confiança no parlamento nos próximos meses se a corrente situação continuar.

Mas o antigo Primeiro-Ministro e líder da Fretilin Mari Alkatiri diz que a aliança acabada de formar não tem a intenção de derrubar o governo.

MARI: Isto realmente é um sinal, uma mensagem para Xanana, para ele reconsiderar a sua posição.

MARCH: Ele diz que a Fretilin espera que todos os partidos concordem em eleições antecipadas em meados de 2009. E ele diz que correntemente a Fretilin está em conversas com outros deputados e partidos para se alinharem eles próprios com a Fretilin no futuro.

MARI: Entre deputados sim, há algum diálogo entre os nossos deputados e os outros deputados. Estamos a conversar com os partidos que não estão representados no parlamento. O nosso objectivo não é criar uma nova crise aqui – estamos a procurar ser construtivos, mas acreditamos que temos que fazer alguma coisa para parar este governo de destruir o país.

MARCH: O próximo maior teste parlamentar de confiança ao governo AMP deve ser no fim deste mês, quando o governo apresentar o seu orçamento de meio ano para revisão, que tem de ser aprovado pelo parlamento.

Timorese Foreign Minister to Cuba

(Trabajadores.cu)
Submitted by nesy on Wed, 2008-05-07 07:34.

Hundreds Cuban collaborators are currently working in Timor Leste Timorese Foreign Minister to Cuba.

Timor Leste's Foreign Minister Zacarias Albano da Costa is to arrive in the Cuban capital today, to foster links between both nations.

The also foreign business and cooperation minister will come invited by his Cuban counterpart Felipe Perez Roque, with whom he will hold official talks.

Albano da Costa's agenda will also include meeting with other Cuban leaders, and visiting sites of economic, social and cultural interest.

Nearly 269 Cuban medical collaborators and advisors of a literacy campaign are currently working in Timor Leste.

About 698 Timorese scholarship holders are studying medicine in Cuba, while another 148 do so in their country with Cuban assistance.

Tradução:

Ministro dos Estrangeiros Timorense em Cuba

(Trabajadores.cu)
Quarta-feira, 2008-05-07 07:34.

Centenas de colaboradores Cubanos estão correntemente a trabalharem em Timor- Leste
Ministro Timorense dos Estrangeiros em Cuba.

O Ministro dos Estrangeiros de Timor-Leste Zacarias Albano da Costa chega hoje à capital Cubana para fortalecer os laços entre as duas nações.

O também ministro dos assuntos estrangeiros e da cooperação virá a convite do colega Cubano Felipe Perez Roque, com quem terá conversações oficiais.

A agenda de Albano da Costa inclui ainda encontros com outros líderes Cubanos e visitas a locais de interesse económico, social e cultural.

Perto de 269 colaboradores médicos Cubanos e conselheiros duma campanha de alfabetização estão correntemente a trabalhar em Timor-Leste.

Cerca de 698 Timorenses portadores de bolsas de estudo estão a estudar medicina em Cuba, enquanto outros 148 o fazem no seu país com assistência Cubana.

PLATAFORMA POLÍTICA DA ALIANÇA ESTRATÉGICA ASDT/FRETILIN

Introdução:

A 28 de Novembro de 1975, em nome do Comité Central da FRETILIN, o Presidente da FRETILIN, Franscisco Xavier do Amaral, proclamou a Independência Nacional de Timor-Leste estabelecendo a República Democrática de Timor-Leste (RDTL). A 20 de Maio de 2002, o Presidente da FRETILIN, Francisco Guterres "Lu-Olo" na qualidade de Presidente do Parlamento Nacional, restaurou a independência proclamada a 28 de Novembro de 1975 e reestabeleceu a República Democrática de Timor-Leste (RDTL)

Assim, nesta data, ASDT e a FRETILIN declaram :

Franscisco Xavier do Amaral, Proclamador da Independência, e
Francisco Guterres "Lu-Olo", Restaurador da Independência

Consciente deste passado comum e da necessidade de defender o grande Projecto da Libertação da Pátria do domínio estrangeiro, e do Povo da pobreza endémica a que está mergulhado, do analfabetismo, do isolamento em relação ao mundo, oferecendo-lhe condições para a reconquista da dignidade através de uma governação ao serviço de todo o povo, a Associação Social Democrática de Timor – ASDT – e a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente – FRETILIN, concordaram em estabelecer uma Plataforma de Aliança Estratégica assente nos seguintes princípios:

Defender a República Democrática de Timor-Leste como um sólido Estado democrático e de direito onde prevalece o primado da Lei e da Justiça;

Defender a inclusão política e social como uma prática de boa governação de modo a reforçar cada vez mais a participação de todos na gestão dos interesses comuns em prol do Povo e da Pátria;

Respeitar a vontade do povo expressa nas urnas em eleições livres e supervisadas de modo independente;

Assim, para pôr cobro a crise política ora vivida, a ASDT e a FRETILIN defendem:

O estabelecimento de um Governo de Grande Inclusão liderado pela FRETILIN, partido mais votado nas últimas eleições;

O Governo de Grande Inclusão deverá governar o país durante o tempo estritamente necessário – mas não superior a dois anos, para:

i. resolver o problema dos "peticionários";
ii. criar condições para o retorno dos deslocados à vida normal, de preferência com o regresso para os seus bairros de origem;
iii. efectuar a reforma dos sectores de segurança e da defesa;
iv. iniciar a reforma da administração pública;
v. reforçar o sector da Justiça;
vi. criar uma Alta Autoridade para a Boa Governação;
vii. criar mecanismos sólidos de segurança alimentar a curto, médio e longo prazos;
viii. rever o Plano de Desenvolvimento Nacional e o Programa de Investimento Sectorial;
ix. debater sobre mecanismos de gestão das receitas provenientes dos recursos não renováveis de modo a gerar uma visão comum sobre o assunto;
x. rever as Leis eleitorais e os artigos 85 e 106 da Constituição da República;
xi. Organizar eleições legislativas antecipadas

Na presente Plataforma, a ASDT e a FRETILIN entendem a Grande Inclusão no seu sentido mais amplo que inclui:

O estabelecimento de um Governo como um Órgão Executivo Inclusivo, transparente e eficáz;

O estabelecimento de acordos de incidência Parlamentar sobre questões fundamentais da construção do Estado e da Nação;

A criação de Mecanismos de Alto Nível para a inclusão política e social visando a organização da participação de Partidos Políticos não representados no Parlamento nacional e de instituições representativas da sociadade civil, religiosa e tradicional na busca de soluções para os grandes desafios que a nação enfrenta;

A ASDT e a FRETILIN preocupadas com a normalização da vida democrática no país decidem estabelecer uma aliança político-partidária de tipo novo e de carácter estratégico com incidência parlamentar e com vista a formação de um Governo sem contudo deixar de se afirmarem como dois partidos diferentes um em relação ao outro e a terceiros.

Assim, embora aliados e préviamente comprometidos a partilharem a Governação em representação proporcional determinada pelos resultados eleitorais, os dois Partdios acordam em:

· Construir uma aliança sólida, eficáz e duradoura para restabelecer a estabilidade, a paz e consolidar a democracia e o Estado de Direito;
· Normalizar o funcionamento normal das Instituições do Estado;
· Manter a abertura a outros Partidos Políticos com e sem assentos Parlamentares;
· Defender a criação de uma Comissão Internacional de Investigação para investigar sobre o 11 de Fevereiro de 2008;
· Defender a realização de eleições legislativas antecipadas.

Os princípios gerais estabelecidos nesta Aliança Estratégica serão implementados posteriormente, através de programas concretos de Governação.

Esta Plataforma de Aliança Estratégica ASDT/FRETILIN é parte integrante do Acordo de 1 de Maio de 2008.

Dili, aos de Maio de 2008



Francisco Xavier do Amaral Francisco Guterres " Lú-Olo "
Presidente da ASDT Presidente da FRETILIN


Eng. Francisco Gomes Dr. Mari Alkatiri
Sec. Geral da ASDT Sec. Geral da FRETILIN

Vamos para Ataúro

A calma que se vive em Timor é aparente e deve ser aproveitado o actual momento de tréguas para se iniciar o diálogo

Público, 7/05/08
Por Loro Horta

Depois da rendição de Gastão Salsinha e do seu grupo, uma certa atmosfera de optimismo e alívio caiu sobre Timor-Leste.

Se dúvida que o culminar pacífico das operações na sequência dos atentados de 11 Fevereiro é de saudar e pode abrir uma nova etapa na vida política timorense. Mas os problemas persistem e podem levar a uma nova onda de instabilidade e desunião política.

A calma que se vive em Timor é aparente e deve ser aproveitado o actual momento de tréguas para se iniciar um diálogo honesto. Infelizmente não há muito tempo e os sinais de tensão já começam a surgir.

A rivalidade entre Xanana Gusmão e Mari Alkatiri e a sua poderosa Fretilin continua por resolver e encontra-se neste momento numa fase dormente devido ao choque de 11 de Fevereiro. Este período de tréguas irá acabar muito rapidamente se não forem tomadas iniciativas urgentes para continuar o diálogo entre os vários senhores da guerra da ilha do sândalo.

Não deixa de ser sintomático que Mari Alkatiri, logo após a tentativa de assassinato contra Ramos Horta, irresponsavelmente tenha dado a entender que Xanana fez uso do que em Díli já começa a ser visto como o seu exército privado, a recém-criada task force, para deter certos membros da Fretilin pretensamente suspeitos de envolvimento no atentado de 11 de Fevereiro.

O ódio pessoal que existe entre Xanana e a Fretilin continua a ser um perigo para Timor-Leste e, enquanto não for resolvido, continuará a afectar a polícia e as forças armadas.

É imperativo que se inicie um diálogo urgente entre a Fretilin, Xanana, a Igreja Católica e as mais importantes forças políticas timorenses, como o PD, a ASDT e o PSD. Este diálogo deve ter como objectivo promover a criação de um pacto de estabilidade nacional onde certos princípios de conduta política sejam acordados por todas as partes envolvidas. Um governo de grande inclusão devia ser seriamente considerado, pois nem a Fretilin nem Xanana têm legitimidade suficiente para governar sozinhos.

Independentemente de quem ganhe as previstas eleições antecipadas, é pouco provável que uma só força consiga sobreviver sozinha. Xanana e a Fretilin têm de estar no mesmo governo porque, estando um de fora, haverá sempre a tendência para minar o outro.

Com este objectivo, o general Taur Matan Ruak teria sugerido (1) um retiro na ilha de Ataúro de todas as personalidades influentes do país, para uma conversa franca e aberta em que tudo seja posto em cima da mesa. Muitos dos desentendimentos dos senhores da guerra de Timor são eventualmente resultado de questões pessoais e mesquinhas, que nada têm a ver com o interesse nacional.

Porque é que Xanana odeia tanto a Fretilin? Será porque, quando estava no mato, era um indisciplinado e foi várias vezes castigado por comandantes das Falintil, que eram do Comité Central da Fretilin?

Por que é que o primeiro-ministro Xanana Gusmão tem aparentemente tanto ódio a Rogério Lobato e cria a percepção de, através dos seus associados, tentar sabotar um indulto presidencial? Xanana foi capaz de receber aquele que é tido como um grande criminoso, Hércules, no meio de grandes abraços e espalhafato, mas não é capaz de perdoar a Lobato. Será que o prestigiado nome Lobato lhe faz sombra?

A Igreja Católica, que prega o perdão, tem feito campanha contra o indulto e nada diz sobre a família de Rogério Lobato, incluindo crianças e mulheres queimadas vivas em 2006, por indivíduos ligados a facções supostamente apoiantes de Xanana, que já foram claramente identificados.

São estas e outras questões que os líderes de Timor têm de abordar de forma aberta. Chega de golpes pelas costas, vamos abrir o jogo, vamos pôr os nossos medos. complexos e dúvidas cara a cara, como fizemos durante os 24 anos de luta para libertá-lo.

Vamos para Ataúro, onde Alkatiri poderá perguntar a Xanana o que é que ele sabe, sobre o que parecia ser um plano para raptar a família directa de Alkatiri, em plena crise de 2006.

Vamos para Ataúro, onde o general Ruak, outros veteranos da luta armada e Xanana podem deixar para trás eventuais desavenças e esclarecer desentendimentos do tempo da guerra.

Em Ataúro, os bispos podem esclarecer os seus medos e ódios à Fretilin e o seu escandaloso envolvimento em política, que contraria a sua própria doutrina de neutralidade.

Vamos para Ataúro para uma catarse nacional antes que seja tarde.

Timor-Leste tem uma liderança com muitas qualidades. Quantos países têm alguém com o prestígio e a rede internacional de Ramos Horta? Quantos têm um líder com a capacidade de Xanana de conduzir e entender a psicologia do povo timorense? Quem em Timor-Leste tem a capacidade e competência administrativa de Mari Alkatiri?

Os bispos têm o respeito e a admiração do povo e a igreja, se o quiser, será sempre um elo forte de unidade nacional. Unidas as forças acima mencionadas trariam estabilidade e paz a um país tão rico como é Timor-Leste. É necessário humildade e perdão entre os timorenses. Todos cometeram erros. Vamos aceitar os nossos erros e discutir frente a frente. Aceitemos o desafio do general Matan Ruak, um dos poucos que se têm comportado com honra nesta tragédia, e vamos para Ataúro. Que se demore o tempo que for preciso, mas que se ponham as coisas frente a frente duma vez por todas.

Países como Portugal e a Austrália deveriam coordenar esforços para promover tal diálogo e a possível assinatura de um pacto de estabilidade nacional antes das eleições. Mas, no final, cabe aos líderes timorenses unir o seu país.

(1)Quando do diálogo de alto nível que teve lugar no Hotel Timor, na presença do corpo diplomático acreditado em Timor-Leste, mas na ausência de Mari Alkatiri.

Investigador na S. Rajaratnam School of International Studies da Nanyang Technological University de Singapura.

Xanana Gusmão perde um aliado a favor da Fretilin

Público, 07.05.2008

A situação política em Timor-Leste registou esta semana uma evolução no sentido de se tornarem mais prováveis eleições antecipadas no decurso do próximo ano, pois um dos partidos da Aliança para a Maioria Parlamentar (AMP), a Associação Social Democrata Timorense (ASDT), de Francisco Xavier do Amaral, assinou um acordo político com a Fretilin, na oposição.

As legislativas de 30 de Junho do ano passado concederam ao conjunto formado pela ASDT, o Partido Social Democrata (PSD), o Conselho Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) e o Partido Democrático (PD) um total de votos que lhes permitiu reivindicarem maioria absoluta no Parlamento, relegando a Fretilin para as fileiras da oposição. Mas agora começa a entender-se que a AMP, liderada pelo ex-Presidente Xanana Gusmão, não estará a revelar--se uma alternativa sustentável, com vozes crescentes a defenderem uma nova ida às urnas, em 2009.

O acordo com a Fretilin "é para fazer uma coligação se as condições nacionais o exigirem e o permitirem", elucidou Francisco Xavier do Amaral, de 71 anos, que chegou a ser designado Presidente da República aquando da primeira proclamação da independência timorense, em 28 de Novembro de 1975.

"Não admitimos que haja ministros a andar de avião pelo mundo, a gozar lá fora, enquanto o povo está a morrer à fome cá dentro", disse à Lusa o velho político, que não gostou de ter visto "quase 60 pessoas" na comitiva que na semana passada foi à Indonésia com Xanana; incluindo nove ministros. O actual Governo tomou posse a 8 de Agosto de 2007.

Incidente no quartel da Polícia Nacional sob investigação

Díli, 07 Mai (Lusa) - Um incidente envolvendo militares e polícias timorenses no quartal-general da Polícia Nacional (PNTL), em Caicoli, Díli, "está sob investigação", afirmou à Agência Lusa uma fonte oficial das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL).

O incidente ocorreu cerca das 20:00 (12:00 em Lisboa) de terça-feira, quando um elemento da PNTL e dois militares das F-FDTL entraram no Centro Nacional de Operações (NOC, na sigla inglesa), em Caicoli, Díli, e tiveram uma discussão com o elemento da PNTL de serviço àquela hora.

O NOC depende da PNTL e funciona no quartel-general da instituição, em Caicoli. Tecnicamente, o NOC está sob a supervisão do chefe da Polícia das Nações Unidas (UNPol), que também funciona nas instalações de Caicoli.

A UNPol tem poderes executivos de polícia em Timor-Leste, por acordo entre o Governo timorense e as Nações Unidas, na sequência da crise de 2006.

Os três elementos estranhos ao NOC "falaram em tom exaltado e apontaram o dedo ao elemento da PNTL", afirmou à Lusa a fonte oficial do Estado-Maior das F-FDTL.

"Um elemento da Polícia das Nações Unidas (UNPol) acalmou-os, mas não está claro de que se tratava a discussão porque falaram em tétum", acrescentou a mesma fonte.

O incidente foi considerado "grave" por oficiais superiores da UNPol, segundo afirmou à Lusa uma fonte da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT).

Na versão da UNPol, segundo esta fonte, "a entrada dos elementos estranhos ao NOC aconteceu depois de eles terem feito 10 chamadas" para o número de emergência nacional, o 112.

"Nesses telefonemas, foi perguntado ao oficial da PNTL no NOC se ele tinha recebido alguma chamada de uma senhora ministra", afirmou à Lusa a fonte da UNMIT.

"Depois dos telefonemas, os militares e o polícia foram ao NOC. Estavam embriagados e tiveram um comportamento agressivo", acrescentou a mesma fonte.

O caso foi levado hoje à reunião diária em que o representante-especial do secretário-geral das Nações Unidas, Atul Khare, analisa os acontecimentos das 24 horas anteriores com os chefes das diferentes unidades da UNMIT.

Segundo o relato feito à Lusa por um elemento da UNMIT, o incidente "foi considerado grave porque é mais um incidente em que está em causa a falta de respeito das F-FDTL pelas forças policiais timorenses e pela UNPol".

Na mesma reunião foi recordado que houve outros incidentes envolvendo elementos das F-FDTL.

Um dos incidentes ocorreu em Fevereiro na parte reservada aos voos da UNMIT no aeroporto internacional Nicolau Lobato, em Díli, quando militares armados das F-FDTL levaram um elemento do grupo do major Alfredo Reinado que se tinha rendido à UNPol no enclave de Oécussi.

"Outro incidente aconteceu em Março, quando uma funcionária civil da UNMIT foi ameaçada por um elemento das F-FDTL", acrescentou a mesma fonte da missão internacional.

A "relação má" entre as forças conjuntas da operação "Halibur" e a UNMIT, em particular com a UNPol, têm sido analisadas em diferentes instâncias nos últimos três meses, segundo declararam à Lusa ao longo desse tempo diferentes fontes políticas, diplomáticas e do sector de segurança.

PRM
Lusa/fim

Dois cadáveres exumados na praia do aeroporto de Díli

Díli, 07 Mai (Lusa) - Os restos mortais de duas pessoas foram exumados terça-feira e hoje junto ao aeroporto de Díli por especialistas da Unidade de Crimes Graves (SCU) da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT).

As investigações em torno das ossadas "está numa fase muito inicial", afirmou à Agência Lusa um dos especialistas forenses envolvidos na exumação.

"Nesta altura ainda não sabemos nada sobre a identidade, o sexo, a proveniência dos cadáveres ou sobre as circunstâncias em que morreram ou foram mortos, nem quando", acrescentou o especialista, que pediu o anonimato.

A exumação permitiu recuperar até agora um crânio e vários ossos, com restos de vestuário e calçado. A um dos corpos falta o tronco. Num dos braços desenterrados, há uma espécie de algema de plástico em torno do pulso, contou à Lusa outro elemento envolvido na exumação.

Segundo fonte policial, os restos mortais foram descobertos "por um casal estrangeiro" no pequeno declive que existe entre o aeroporto de Díli e a estreita praia existente na ponta oeste da pista de aterragem.

O casal alertou o Centro Nacional de Operações (NOC, na sigla inglesa), cuja unidade forense decidiu recorrer aos especialistas da SCU para exumar os restos mortais.

O local onde apareceram as duas ossadas é batido pela maré-alta e está sujeito à erosão do mar. Os médicos e antropólogos forenses envolvidos ainda não sabem, por isso, em que condições os corpos foram enterrados, "porque a configuração do solo pode ter sido alterada pelas ondas ou pelas obras do aeroporto".

O mandato da SCU da UNMIT abrange a investigação relacionada com crimes cometidos em 1999, antes e depois do referendo pela independência.

Se se apurar que os restos agora descobertos são relativos a 1999, a SCU prosseguirá a investigação do caso. Se os corpos tiverem sido enterrados antes ou depois de 1999, o caso cai fora do mandato da SCU e será seguido pela Direcção de Investigação Nacional (NID).

Pelo menos 205 mil pessoas, segundo cálculos de vários especialistas, foram mortas durante os 24 anos de ocupação de Timor-Leste pela Indonésia, entre 1975 e 1999.

A violência no ano do referendo custou um número indeterminado de vítimas, provocadas pelas milícias pró-indonésias.

Timor-Leste, em particular a capital, voltou a ser palco de acontecimentos sangrentos em Abril e Maio de 2006, que provocaram cerca de 30 mortos.

PRM.
Lusa/fim

Fretilin e ASDT assinam plataforma política e defendem legislativas antecipadas

Díli, 07 Mai (Lusa) - A Fretilin e a Associação Social Democrática Timorense (ASDT) assinaram hoje em Díli uma plataforma política em que defendem um “governo de grande inclusão” e eleições legislativas antecipadas.

A “plataforma política da aliança estratégica ASDT/Fretilin” foi criada hoje numa declaração assinada perante a comunicação social pelos presidentes das duas formações partidárias, Francisco Xavier do Amaral (ASDT) e Francisco Guterres “Lu-Olo” (Fretilin).

Na assinatura de criação da plataforma política estiveram igualmente presentes os secretaria-geral da ASDT, Francisco Gomes, e da Fretilin, Mari Alkatiri.



PRM

Lusa/fim

FRETILIN MPs walk out of parliament in protest

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN
Media Release
May 7, 2008


FRETILIN MPs walked out of yesterday afternoon's session (Tuesday 6 May 2008) of Timor Leste's Parliament in protest at attempts to prevent questioning of two government ministers involved in dubious commercial transactions worth many millions of dollars.

FRETILIN said the President of the National Parliament, Fernando Lasama Araujo misused parliament’s standing orders to restrict questioning of the Mr Mariano Sabino, Minister for Agriculture and Fisheries, and Mr Gil Alves, Minister for Tourism, Commerce and Industry, to one question per party.

FRETILIN parliamentary leader Aniceto Guterres said today he wanted to ask the Minister for Tourism, Commerce and Industry why a multi million dollar contract for rice importation was single sourced instead of through an international tender.

“The de facto Minister for Agriculture and Fisheries needs to confirm or deny reports that he has signed agreements granting foreign companies 300,000 hectares for rubber plantations and another 100,000 hectares for sugar cane for bio fuel, when our people are facing high prices for all food commodities and our country is still importing most of its rice needs,” Guterres said.

Guterres accused parliamentary President Lasama of misusing standing orders to protect the de facto Ministers and the de facto AMP government from being held accountable to the people's representatives on these very serious questions.

“This is contrary to parliamentary rules and the practice in the previous parliament. This is an undemocratic trend and shows how desperate the de facto government’s allies are becoming in the face of a wave of allegations of maladministration and highly questionable deals involving government tenders worth many millions of dollars,” added Guterres.

“These latest cases of maladministration follow revelations that Deputy Prime Minister Jose Luis Guterres, used public funds to increase his wife’s salary as a diplomat in New York, whilst he was Minister for Foreign Affairs and Cooperation. The money was used to purchase a grand piano.

“For over one week we have formally requested the parliament to call the de facto AMP government to attend parliament to respond to our queries about the level of success in spending the budget for the transitional period 1 July to 31 December 2007. But to date we have had no response. Given the restrictions by the President of the Parliament yesterday, we fear that our efforts to hold the government accountable on budget execution will be similarly thwarted,” said Guterres.

Despite the lack of quorum once FRETILIN and ASDT were not present, the parliament continued to proceed, another serious issue with the conduct of the President of the Parliament.

Contact:

Jose Teixeira +670 728 7080
Nilva Guimaraes +670 734 0389

Tradução:

Deputados da FRETILIN abandonam o parlamento em protesto

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN
Comunicado de Imprensa
Maio 7, 2008


Deputados da FRETILIN abandonaram ontem a sessão da tarde (Terça-feira 6 Maio 2008) do Parlamento de Timor-Leste em protesto por tentativas de evitar o questionamento de dois ministros do governo envolvidos em transacções comerciais duvidosas no valor de muitos milhões de dólares.

A FRETILIN disse que o Presidente do Parlamento Nacional, Fernando Lasama Araújo usou mal as regras em vigor no parlamento para restringir o questionamento do Sr Mariano Sabino, Ministro da Agricultura e Pescas e Sr Gil Alves, Ministro do Turismo, Comércio e Indústria, a uma pergunta por partido.

O líder parlamentar da FRETILIN Aniceto Guterres disse hoje que queria perguntar ao Ministro do Turismo, Comércio e Indústria porque é que um contracto de muitos milhões de dólares para importação de arroz foi feito com um único fornecedor e não através dum concurso internacional.

“O Ministro da Agricultura e Pescas de facto precisa de confirmar ou negar relatos de que assinou acordos para dar a companhias estrangeiras 300,000 hectares para plantações de borracha e outros 100,000 hectares para cana de açúcar para bio-combustível, quando o nosso povo está a enfrentar altos preços para bens alimentares e o nosso país está ainda a importar a maioria do arroz que precisa,” disse Guterres.

Guterres acusou o Presidente do parlamento Lasama de usar mal as regras em vigor para proteger os Ministros de facto e o governo AMP de facto de serem responsabilizados pelos representantes do povo nestas questões graves.

“Isto é contrário às regras parlamentares e à práctica no parlamento anterior. Esta é uma tendência não democrática e que mostra como estão a ficar desesperados os aliados do governo de facto perante uma vaga de alegações de má-administração e de negócios altamente questionáveis envolvendo encomendas do governo no valor de muitos milhões de dólares,” acrescentou Guterres.

“Estes últimos casos de má-administração seguem-se a revelações de que o Vice-Primeiro-Ministro José Luis Guterres, usou fundos públicos para aumentar o salário da mulher como diplomata em Nova Iorque, quando ele era Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação. O dinheiro foi usado para comprar um piano de cauda longa.

“Durante mais de uma semana requeremos formalmente ao parlamento para chamar o governo AMP de facto para comparecer no parlamento para responder às nossas perguntas acerca do nível de sucesso nos gastos do orçamento para o período transitório de 1 Julho a 31 Dezembro 2007. Mas até à data não tivemos nenhuma resposta. Dadas as restrições levantadas pelo Presidente do Parlamento ontem, receamos que os nossos esforços para responsabilizar o governo pela execução do orçamento sejam igualmente frustrados,” disse Guterres.

Apesar da falta de quórum uma vez que a FRETILIN e a ASDT não estiveram presentes, o parlamento continuou em funcionamento, o que é outra questão grave na conduta do Presidente do Parlamento.

Contacto:

José Teixeira +670 728 7080
Nilva Guimarães +670 734 0389

Governo angolano reafirma apoio à cooperação PALOP/Timor-Leste

AngolaPress

Luanda, 06/05 – O Governo angolano reafirmou hoje (terça-feira), em Luanda, o seu apoio à cooperação política entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste, visando buscar resultados que ajudem a promover o desenvolvimento dos respectivos Estados.

A posição foi manifestada pela ministra do Planeamento, Ana Dias Lourenço, quando discursava na abertura da VI Reunião dos Ministros Ordenadores dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Timor-Leste e Comissão Europeia (CE), na qualidade de Ordenador Nacional do Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED) para Angola.

"A República de Angola continua empenhada em dar todo o seu apoio para que a cooperação PALOP/Timor-Leste alcance os resultados que ajudem a promover o desenvolvimento dos PALOP e Timor-Leste", assegurou a ministra angolana.

Segundo Ana Dias Lourenço, a cooperação entre os parceiros tem sido um elemento de destaque nas suas relações. O Programa Indicativo Regional (PIR) que, ao longo de 15 anos, mobilizou o apoio da União Europeia (UE), no âmbito do 7º, 8º e 9º FED, tem sido um importante instrumento de regulação da cooperação, proporcionando o desenvolvimento dos PALOP em vários domínios.

“Em Dezembro de 2006, na reunião de Lisboa (Portugal) reafirmamos o compromisso político da continuidade da nossa cooperação com a UE e começamos a preparar o quadro de cooperação para os próximos cinco anos, consubstanciado no memorando de entendimento assinado em Lisboa, em Dezembro, pelos Ordenadores Nacionais dos PALOP e a Comissão Europeia”, referiu.
O actual nível de cooperação entre os PALOP, Timor-Leste e a CE, de acordo com a ministra angolana, leva a que se proceda a uma análise dos aspectos práticos da programação da cooperação do 10º FED e dos seus mecanismos de implementação e gestão.

A VI reunião dos ordenadores nacionais analisa, na capital angolana, o cumprimento das decisões e recomendações da reunião extraordinária realizada em Novembro de 2007, em Lisboa, a programação da cooperação no âmbito do 10º FED, no período 2008-2013, e a avaliação do ponto de situação dos projectos actualmente em curso no quadro do 9º FED.

O encontro anterior realizado em São Tomé e Príncipe, em Maio de 2007, recomendou a realização de um estudo, visando a identificação de áreas de intervenção, susceptíveis de se enquadrarem na área da “Boa Governação”, que deverá constituir a principal área da cooperação PALOP, Timor-Leste/CE do 10º FED.

Criado pelo Tratado de Roma de 1958, o FED é o principal instrumento do apoio à cooperação para o desenvolvimento dos países de África, Caraíbas e Pacífico (ACP), financia projectos que contribuam para o desenvolvimento económico, social ou cultural dos países abrangidos.

Dos leitores

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "East Timor coalition loses majority":

Em 21-2-2007, escrevi no blog Timor Online, a propósito da criação do "CNRT":

"Xanana vai apanhar uma grande desilusão.

Esta história parece a repetição do caso Eanes. O ex-Presidente português, agastado por não poder intervir mais na política, criou um novo partido, o PRD, assim que terminou o mandato presidencial. Depois de um pequeno apoio inicial, o partido eclipsou-se e desapareceu, ao ponto de hoje em dia serem raras as pessoas que se lembram dele.

Espero que o mesmo não suceda a Xanana."

Recordo que pouco tempo depois Xanana criava a sua "AMP" para assim poder dominar o parlamento e convencer RH de que era ele quem devia formar Governo.

Porém, tal como aconteceu a Eanes, após um curto entusiasmo inicial os partidos constituintes da "AMP" foram saindo um por um. Primeiro, houve as primeiras deserções logo no início, quando Mário Carrascalão se demarcou de Xanana. Agora a "AMP" sofreu novo golpe, porventura o mais forte, com a saída da ASDT. Esta saída é importante porque foi o partido inteiro que saiu, assinando um acordo com a Fretilin, e porque assim a "AMP" perde a maioria no PN.

Em 3-7-2007, escrevi premonitoriamente no blog Timor Online:

“ASDT/PSD. É esta coligação, e não o PD, que vai ditar as regras do futuro Governo, pois Mário Carrascalão não tem nada a perder.”

"AMP" significa "Aliança da Maioria Parlamentar" e, como o nome indica, foi constituida exclusivamente com o objectivo de impedir a Fretilin de formar Governo, criando uma maioria parlamentar.

Porém, nada mais unia os partidos que a constituiram, para além desse objectivo. Para além disso, esse conjunto de partidos teve que se submeter à vontade autocrática de Xanana.
Resumindo e concluindo, Xanana precisava desses partidos e dos seus deputados só para fazer número. A "AMP" nunca foi verdadeiramente uma coligação, mas apenas a soma aritmética dos deputados dos seus partidos.

Esta sempre foi a base da crítica feita a RH, quando este optou por conceder a Xanana o privilégio de formar Governo.

O pior é que a "AMP" se esfrangalhou e, para todos os efeitos, a "maioria" desapareceu. O Governo fica assim numa posição muito frágil, sem apoio parlamentar e ainda por cima debaixo de suspeitas de "corrupção e nepotismo", segundo a própria ASDT.

Parece que afinal Xanana sempre seguiu as pisadas de Eanes e o seu sonho de um partido que o projectasse para PM, já seriamente abalado pelo magro resultado eleitoral, se transformou numa miragem cada vez mais distante.

Parece que afinal os rumores de que toda a gente desejava eleições antecipadas menos Xanana, eram verdadeiros. Aqui está a prova.

No entanto, penso que Xanana foi o coveiro da sua própria coligação, quando desde o início revelou uma intransigência total com os outros parceiros de coligação e vontade de concentrar todas as decisões na sua pessoa.

Essa intransigência teve o seu cúmulo quando recusou terminantemente que Mário Carrascalão fosse PM, quando até a própria Fretilin concordava com essa opção para um Governo que tivesse o apoio geral de todas as forças políticas.

Como era de prever, uma "coligação" assim, baseada apenas na vontade de uma única personalidade, estava votada ao fracasso. Era apenas uma questão de tempo, como veio a acontecer.

Para agravar ainda mais a situação, lembro a actuação desastrada e completamente inepta de certos ministros e o gravíssimo facto de este Governo nem sequer ter apresentado um plano económico como base do Orçamento.

Xanana foi vítima da sua própria falta de capacidade em governar e liderar uma coligação.

Também da sua obcecação em ajustar contas com a Fretilin.

Em 21-2-2007, no blog Timor Online, escrevi:

"O povo sabe que aquele em quem votou e confiou não esteve à altura das suas responsabilidades. O povo sabe, mesmo aqueles que gostaram de Xanana como Presidente, que Xanana nunca seria um bom 1º Ministro. O povo está farto de ser vítima de guerrilhas pessoais e institucionais e quer apenas um governante que governe.

Xanana será vítima do seu último grande erro: uma candidatura anti-Fretilin e não pró-Timor; uma candidatura pela negativa e não pela positiva; uma candidatura cujo objectivo não é ganhar, mas impedir que a Fretilin ganhe."

Sempre entendi que este Governo, tal como o de Alkatiri, deveria cumprir o seu mandato até o fim. Infelizmente, parece que Xanana nem vai conseguir chegar aos dois anos de Governo, pois a sua “coligação” deixou de existir.

Veremos agora o que o futuro nos reserva.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.