quinta-feira, outubro 16, 2008

Xanana Gusmão pode ter Mário Carrascalão no Governo

Díli, 16 (Lusa) - Mário Viegas Carrascalão, presidente do Partido Social Democrata (PSD) e ex-governador sob a ocupação indonésia, poderá integrar em breve o Governo de Timor-Leste, afirmou hoje o primeiro-ministro em Díli.

O líder do PSD deverá ocupar um dos dois cargos de vice-primeiro-ministro previstos na Constituição timorense, confirmou o próprio Mário Viegas Carrascalão à Agência Lusa.

Xanana Gusmão nomeou, em 2007, apenas um vice-primeiro-ministro, José Luís Guterres.

“Ainda não convidei oficialmente Mário Carrascalão mas está-se a pensar nisso”, afirmou hoje o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, quando questionado sobre a hipótese de o líder do PSD integrar o Governo.

O PSD é um dos quatro partidos que forma a Aliança Para Maioria Parlamentar (AMP), que constituiu o IV Governo Constitucional após a indigitação de Xanana Gusmão, em Agosto de 2007.

O partido de Mário Viegas Carrascalão tem três pastas no actual Governo, incluindo a Justiça, Negócios Estrangeiros e Economia e Desenvolvimento.

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e Cooperativas era também ocupada por um elemento do PSD até à demissão, o mês passado, de Papito Monteiro.

O cargo “será de novo preenchido por alguém do PSD”, afirmou Mário Viegas Carrascalão à Lusa.

A AMP realizou no fim-de-semana passado um retiro em Dare, a sul de Díli, para definir a estratégia de cada ministério na discussão orçamental que se avizinha.

A hipótese de alargar o Governo e de o primeiro-ministro delegar algumas das funções que concentra actualmente foi também abordada no retiro de Dare, afirmaram à Agência Lusa vários participantes.

“Vamos ainda ter mais outro encontro já que no encontro em Dare, o PSD teve que vir a Díli por causa da reunião do partido”, explicou hoje Xanana Gusmão sobre a hipótese de Mário Viegas Carrascalão ser chamado ao Governo.

“As coisas andam na boca do mundo”, comentou Xanana Gusmão aos jornalistas, no final da sessão de apresentação do anteprojecto do novo Código Penal, em Díli.

“O primeiro-ministro reconheceu que está sobrecarregado e quer delegar funções”, explicou Mário Viegas Carrascalão à Lusa.

Xanana Gusmão, além de chefe do Governo, é ministro da Defesa e da Segurança.

PRM.
Lusa/fim

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Dr Mari Alkatiri had his early training in surveying. During the twenty four years of the occupation of his country he studied and later taught Law at Eduardo Mondlane University in Mozambique, while representing the Timorese independence movement each year at the United Nations.

He held the position of Prime Minister in Timor-Leste from 2002 to 2006 where his greatest achievement was securing a favourable deal from Australia in relation to oil and gas in the Timor Sea, and securing the country’s financial future with the establishment of the Petroleum Fund.

He is Secretary General of FRETILIN, the largest party in the Parliament of Timor-Leste, of which he is a founding member.

Timor-Leste é o mais afetado por crise alimentícia regional, segundo Oxfam

Da EFE

Sydney (Austrália), 16 out (EFE).- Timor-Leste é a nação mais afetada pela crise alimentícia na Ásia Oriental e no Pacífico Sul, informou hoje a organização humanitária Oxfam na Austrália.

O último relatório da ONG aponta que o número de crianças menores de cinco anos que sofrem desnutrição crônica no país oscila entre 50% e 59%.

Além disso, mais de 70% das famílias enfrentam a cada dia à incerteza de se conseguirão comida para o dia.

O diretor da Oxfam Austrália, Andrew Hewett, explicou em comunicado que "os preços do arroz, que é um alimento de primeira necessidade, duplicaram desde 2006, e quase 50% do grão é importado".

"A estação da fome aumentou. Cresceu desde uma média de dois meses ao ano para cinco em algumas partes do país", acrescenta o comunicado.

A organização humanitária aponta que a situação não afeta unicamente o Timor-Leste, e que é similar em outros países da área como o Camboja, onde cerca de 2,6 milhões de pessoas são afetadas pela crise alimentícia.

O relatório, divulgado hoje por causa do Dia Mundial da Alimentação, foi preparado com o apoio do Programa para a Segurança Alimentar da União Europea, do Fundo Cristão para as crianças, do Concern Worldwide e do CARE Internacional.

Entre as soluções colocadas pelo diretor da Oxfam Austrália ele destacou o envio de emergência de alimentos para atenuar a crise de fome a curto prazo, e o início de investimentos agrícolas a longo prazo.

Após quatro séculos de colonização portuguesa e 24 anos de invasão indonésia, o Timor-Leste proclamou sua independência no dia 20 de maio de 2002, e ingressou na comunidade internacional como uma das nações mais pobres do mundo. EFE

mg/ma

QUEM GOVERNA TIMOR-LESTE É A IGREJA DO VATICANO

Blog Timor Lorosae Nação

QUEM GOVERNA TIMOR-LESTE É A IGREJA DO VATICANO

Por MÁRIO MOTTA – Portugal Direto

Creio num Deus, mas não todo-poderoso, nem criador do céu e da terra, assim como creio na existência de um homem chamado Jesus Cristo, filho de José Carpinteiro e de Maria, mas não muito mais que isso. Assim como creio que Jesus foi concebido sem pecado. Eu também fui, todos fomos. Desde quando as relações sexuais são “pecado”, às vezes são é um bom bocado… que sabe a pouco.

Se na atualidade sabemos que Deus não é todo-poderoso, que não criou o céu nem a terra, porque assim foi cientificamente provado, que não há quem engravide sem ter relações sexuais e que ter relações sexuais não é pecado, porque não se atualiza a igreja e deixa de nos andar a querer enganar com patranhas que não passam de milenares contos da carochinha. Que falta de honestidade.

Pegando pela rama, a conclusão a que podemos chegar è que a igreja está repleta de mentirosos que nos andaram a vigarizar durante séculos. Compreende-se que ao princípio pudesse ser por ignorância e que até estivessem convencidos de serem os detentores da verdade mas na atualidade não se compreende tal comportamento. Enganarem-nos mais para quê?

Repare-se que em todas as religiões as bases são místicas. Dizemos isso agora porque conhecemos a realidade mas antes era essa a verdade. Evidentemente que estávamos a ser enganados e os profissionais da igreja já o sabiam. Por isso eram os detentores do conhecimento, que fechavam a sete chaves e promoviam o obscurantismos, as crenças que lhes levassem vantagens, bem como aos seus aliados, os ricaços, os exploradores, os vigaristas, os inumanos que eram detentores de escravos e de reinos terrenos conseguidos por cima de milhares de cadáveres. Quem quer uma igreja assim?

Estive a ler a conversa que o bispo de Baucau teve com Pedro Rosa Mendes e ponho sérias dúvidas que ele acredite no que diz. D. Basílio do Nascimento é um homem inteligente, muito inteligente, e sabe que essa coisa de fé, apesar de poder mover montanhas, não é mais do que muitas vezes acreditar em mentiras ou inexatidões que permitam consolidar o poder de elites que mais não fazem do que enganar e tirarem vantagens desmedidas que mais tarde surgem como seus bens pessoais. Aliás, não é por acaso que o Vaticano é riquíssimo, a igreja é riquíssima. Alia-se aos que sonegam os “crentes” para que daí retire os seus dividendos, as fortunas que vai amontoando em Roma e sucursais.

Apesar de tudo a igreja passa a vida a choramingar e na pedincha, dizendo-se pobre, sem fortuna, e até fazendo com que os mais pobres também lhes dê. E zuca, vai para o monte! Até nos seus ricos e faustosos paramentos se nota. Mas que ostentação!

Descartando-se com Descartes, filosofando barato, aquilo que o bispo de Baucau acabou por dizer foi que a igreja timorense é quem governa Timor-Leste por via dos seus nomeados e principalmente de José Ramos Horta. O que se percebeu desta entrevista foi retórica estafada e hipócrita, assente num papa-missas chamado Ramos Horta, que mistura misticismos, aldrabices, com a orientação e governação de um país. Assim é demais.

Também em entrevista de Pedro Rosa Mendes, da Lusa, Ramos Horta fala da “crise de 2006” e deixa claro que a mãe da referida crise foi a igreja timorense, os pais foram os bispos e, quiçá, o próprio Vaticano na pessoa deste papa retrógrado até mais não poder. Decerto que tudo em nome da cristianização e contra os muçulmanos, feios, porcos e maus, como sempre nos disse esta igreja que cometeu e comete as maiores atrocidades em nome de umas cruzadas sanguinárias exemplificadas no Iraque ou em Timor-Leste, apesar de em escalas diferentes.

Com uma igreja assim nem é preciso petróleo no Mar de Timor para aquele país passar a vida agitado se disser não a alguns dos interesses da histórica opressora dos povos, que se mascara de santidade para obter as suas lautas vantagens em nome da sua predominância.

Claro que na Europa e em muitas partes do mundo já sabemos que assim é. Cada vez são mais a saber. Cada vez são menos os que vão papar missas ou que vêem os representantes do Vaticano como na idade das trevas. Os timorenses também irão adquirir conhecimentos bastantes para o seu número decair nas missas, no cego credo, na possibilidade de apoiar quem afinal sobrevive há dois mil anos sem evoluir no essencial, na verdade e na honestidade. Note-se que quanto mais religião mais obscurantismo existe, também mais miséria e mais guerras.

Os padres e os bispos podem ser muito boas pessoas mas é certo que estão a servir interesses que não são os dos povos que querem evoluir, que querem fazer e saber, que querem ser auto-suficientes. Coisas positivas a igreja terá, tem, mas depois estraga tudo com esta sede de poder, de controlo, de governar por interpostas pessoas, seus fiéis, que acabam por, como o Vaticano, ver os seus bens terrenos crescerem por resultado das suas intervenções. Isso é roubar, para depois darem umas migalhas e os pobres enganados julgarem que até são muito bonzinhos. Em todas as religiões é assim. Já chega.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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