quinta-feira, outubro 23, 2008

Suharto também não se importava...

Xanana Gusmão repete que não vai permitir "pânico" na população

Díli, 23 Out (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, reafirmou hoje em Díli à Agência Lusa que não vai permitir que alguém crie “pânico” na população, referindo-se à Marcha da Paz, convocada pela Fretilin, maior partido da oposição.

“Costumam-me acusar de ditador”, explicou Xanana Gusmão quando questionado pela Lusa sobre o sentido de declarações feitas segunda-feira passada numa conferência de imprensa.

Na altura, Xanana Gusmão, segundo a France Presse, ameaçou mandar deter todas as pessoas que participem em qualquer manifestação anti-governamental, tendo em conta o risco de desestabilização do país.

« Vamos deter todos aqueles que participem em qualquer manifestação a bem da segurança do Estado », afirmou o primeiro-ministro, na segunda-feira.

« É-me indiferente que me considerem ditador porque a nossa prioridade é a estabilidade e a segurança de todos os cidadãos », disse, acrescentando que não deixará « nunca o país reviver os mesmos problemas de 2006», com a crise militar e política, que levou centenas de milhares de pessoas a abandonar Díli.

“O que disse é que respeito o direito das pessoas e das massas às demonstrações. O que me preocupa são grupos que podem provocar pânico na população e começam a fugir e a queimar coisas e a roubar coisas”, esclareceu hoje o primeiro-ministro, em declarações à Lusa à margem da primeira interpelação ao Governo, no Parlamento Nacional.

“Isso não vou permitir”, insistiu o chefe do Governo, que é também responsável das pastas da Defesa e da Segurança.

De resto, acrescentou Xanana Gusmão, “façam marchas todos os dias”.

Ao mesmo tempo, Xanana Gusmão afirmou que “não há problema” com a anunciada redução de efectivos militares australianos das Forças de Estabilização Internacionais (ISF), que desde a crise de 2006 contribuem para a segurança no país.

A Fretilin, o maior partido da oposição e vencedora das eleições legislativas de 30 de Junho de 2007, anunciou, sem marcar data, a realização de uma Marcha da Paz em todo o país, concentrando milhares de manifestantes em Díli.

“A Marcha da Paz pretende provar mais uma vez que este Governo não tem legitimidade para governar”, repetiu na semana passada o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, em duas conferências de imprensa.

PRM.
Lusa/fim

Army role in Timor could soon be over

SMH
BEN DOHERTY AND DANIEL FLITTON
28/08/2008 1:00:01 AM

AUSTRALIA'S 750-strong troop commitment to East Timor could be over by the end of next year, as security in the nation steadily improves, the East Timorese Prime Minister, Xanana Gusmao, said yesterday.

He also remains confident that East Timorese will soon be working in Australia under a guest-worker scheme, despite suffering a setback this week when his country was excluded from a pilot program that will focus on Pacific Island nations.

Mr Gusmao told the Herald yesterday the brittle security climate in his country had improved after shock attacks on himself and the President, Jose Ramos-Horta, earlier this year.

"Right now it is very calm. Mums are going outside at night and [in the] evening, with children, playing around. We feel this is one of the best achievements that we have," he said.

Mr Gusmao said more than 50,000 displaced people had returned home in the past year, adding to the sense of security, while a rift between the East Timor army and police - a cause of 2006 riots that wrecked the capital Dili and prompted the return of Australian forces - had begun to heal.

Security forces have captured remaining members of the small rebel group once led by Alfredo Reinado, a former major who broke with the government in 2006 and was killed by guards during the attack at Mr Ramos-Horta's house in February.

"They gained the confidence of the people; now our people can trust in our security forces," Mr Gusmao said.

As security improves, he said he expected East Timor's army to concentrate on civil projects, building roads, bridges and other basic infrastructure, allowing international troops to withdraw.
Mr Gusmao said his country's political and economic future would be shored up by giving Timorese youth the chance to take up temporary jobs in Australia, but he understood Australia first wanted to test the program with Pacific Island nations.

Transformational Arts for Peace

Local NGO, Ba Futuru based in Dili, Timor-Leste and I recently conducted a photography project for Timorese children and youth, which resulted a photo exhibition ongoing in Dili, funded by the European Commission and featured in several Australian media. This project is about introducing a cathartic medium for young people to express themselves.

We invite you to visit our project blog to see the remarkable photos taken by these children and youth and more information about the project.

http://transformationalartsforpeace.blogspot.com/


With kindest regards,

Rose Magno

Governo e oposição não se entendem

RR
22-10-2008 8:26

O Governo de Díli acusou o partido da oposição, a FRETILIN, de estar a incitar a divisão entre a parte este e ocidental da ilha.

Tem estado a circular, na capital timorense, um panfleto anónimo, com ameaças de violência, ao mesmo tempo que se fala na preparação de uma «marcha de paz».

O porta-voz do Governo, Ágio Pereira, citado pela agência Reuters, afirma que "qualquer iniciativa para retomar as hostilidades em Timor-Leste será inaceitável".

Á Renascença, Mari Alkatiri, antigo Primeiro-ministro e actual líder da FRETILIN, responde às acusações: diz que o Governo não tem legitimidade, que o povo não quer este Governo e sublinha que a FRETILIN tem colaborado para manter a paz no país.

Recorde-se que os conflitos étnicos e regionais em Timor levaram aos incidentes de violência em Maio de 2006, que causaram 37 mortos, e obrigaram 150 mil timorenses a abandonar as suas casas.

A juntar à situação no terreno, fica o anúncio da Austrália, que vai reduzir o número de tropas no território. O ministro australiano da defesa considera que as autoridades timorenses estão a conseguir controlar a segurança no país e por isso é altura de retirada para os capacetes azuis da Austrália.

Já em 2009 regressam 100 efectivos - ficam 650 militares australianos em Timor.

Entretanto, o Presidente timorense, Ramos Horta, anunciou, em conferência de imprensa, que ainda esta semana vão ser destruídas quase dez mil armas ilegais e munições, entregues durante a campanha que decorreu entre Julho e Agosto.


AC

Som:

Mari Alkatiri critica Governo de Dili
O líder da Fretilin foi entrevistado pelo jornalista Pedro Mesquita, a propósito da tensão em Timor-Leste

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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