sábado, dezembro 27, 2008

Xanana diz que há quem queira o caos em Timor

Jornal de Notícias
27.12.2008
00h30m

O Governo de Timor-Leste garante que o relatório publicado na Imprensa australiana sobre a situação de "anarquia" no país não é - ao contrário do noticiado - da responsabilidade das Nações Unidas.

O jornal "The Australian" divulgou na sua edição de terça-feira o conteúdo de um alegado relatório "confidencial" da ONU, que alerta para o facto de a situação de "anarquia" em que se encontra Timor-Leste poder resultar na reedição dos distúrbios que dividiram o país em 2006.

O relatório fala de forças de segurança "disfuncionais", um sistema de justiça "caótico" e um poder político "dividido", acrescentando que o país apresenta "funestos" problemas sociais e uma economia em "queda livre".

"O alegado relatório não partiu da ONU e trata-se, mais uma vez, de se alimentarem especulações, com outros interesses, tendo como finalidade atingir determinados objectivos: políticos, económicos e geoestratégicos", refere um comunicado do gabinete do primeiro-ministro de Timor-Leste. Nele, Xanana Gusmão considera que a publicação da notícia reflecte o facto de haver quem queira que o país volte ao caos, e destaca a avaliação "positiva" da evolução da situação feita por organizações internacionais como a UNPOL, ISAF e a missão da ONU em Timor-Leste (UNMIT).

"De acordo com UNMIT a situação interna em Timor-Leste em 2008 é perfeitamente normal", adianta o comunicado.

Após a notícia, o representante especial interino do secretário-Geral da ONU para Timor-Leste, Finn Reske-Nielsen, esclareceu que a situação no país "é calma e pacífica".

"As ruas de Díli e o resto do país estão calmos e pacíficos. Tem havido avanços sólidos na governação democrática e no respeito pelos Direitos Humanos. O Parlamento está a exercer o seu papel de uma maneira cada vez mais activa e o diálogo entre os partidos políticos sobre questões de importância nacional é robusto e construtivo", disse Finn Reske-Nielsen.

"Do ponto de vista da UNMIT, podemos dizer claramente que estamos muito contentes com o progresso que foi feito em Timor em 2008", sublinhou.

Relativamente às falhas apontadas no referido relatório, Xanana Gusmão garante que existe "funcionalidade entre as estruturas policiais" e que o país vive em condições de estabilidade e segurança "normais".

Justice minister sues East Timor newspaper

Radio Australia: Lucia Lobato and Tempo Seminar

Updated December 24, 2008 09:37:52

A respected newspaper in East Timor has been charged with defamation over a series of stories it published accusing the country's Justice Minister of corruption, collusion and nepotism. The newspaper's director, Jose Belo, says he's prepared to go to jail to defend his publication.

Presenter: Stephanie March
Jose Belo, director Tempo Semanal; Mario Carrascalao, East Timorese MP and former president of the Social Democratic Party
Listen:
Windows Media
MARCH: East Timor's prosecutor-general is bringing a defamation action against the Tempo Semanal newspaper, based on a series of articles it published concerning alleged activities of the Justice Minister. In October, the newspaper accused Justice Minister Lucia Lobato of engaging in corruption, collusion and nepotism during the issuing of a number of government tenders. The reports were based on alleged SMS communications.

Tempo Semanal's director Jose Belo has been a journalist for 13 years, and has worked for a number of international news organisations including the ABC and Associated Press.

BELO: We are not simply just trying to, accuse a minister or defame a minister, but because she is a minister of the justice, this is really in the interest of the public.

MARCH: The government passed a new penal code that decriminalises defamation, however the president hasn't promulgated it yet. That means Jose Belo is being charged under the Indonesian penal code, which considers defamation to be a criminal act. If found guilty he could be fined, or sent to prison. Jose Belo fears the minister is exploiting his limited budget and resources.

BELO: You know the Tempo Semanal is a very poor newspaper in this country - we don't have any money or any resources. So we can't fight a person who has influence [and] who has money. So I presume it is very, very difficult to win this case in the court.

MARCH: In a written response to Radio Australia, Lucia Lobato stated she feels the articles were hurtful and have discredited her both personally and professionally. She says she supports free and fair media, but also supports accountability and responsibility in reporting. Minister Lobato stated she would accept any verdict handed down by the court.

Despite the prospect of jail time, Jose Belo says he'll fight the charges.

BELO: If I just give up, to this kind of attitude by the government it seems likely that I am going to give away to the government to shut down the media here, and it is really bad for the independence of media in Timor-Leste. So I am committed to go and fight in the court, with the evidence we have, based on the evidence we publish these stories.

MARCH: Jose Belo fears the action against his newspaper will discourage other media organisations from investigative reporting.

BELO: I think the other media is very, you know, self-protective. They don't really want to go after this investigative reporting because they know the risk. And I myself understand this risk. But you know we have to come out. If we are serious media we have to come out.

MARCH: Justice Minister Lucia Lobato is a member of the Social Democratic Party - or PSD - one of the members of the coalition government led by Xanana Gusmao. Mario Carrascalao is an MP and member of PSD. He says while he is certain there is corruption in some government departments, he doesn't believe Minister Lobato is guilty of any wrongdoing, but he too says the case could have a negative impact on press freedom.

CARRASCALAO: Of course it sounds not good because this also will prevent some journalists to have the courage to publish what they know, and to stop corruption here we need in fact, how do you say, the press to be really open and to publish everything they know about the wrongdoings made by officials here.

MARCH: A number of corruption allegations have been made against East Timor's government over the past twelve months. The opposition has called for Minister Lobato and a number of other government officials to be sacked in light of the claims, however the only action taken so far has been the charges against the Tempo Semanal newspaper.

During his time as both President and Prime Minister, Xanana Gusmao has spoken often for the need for media freedom and transparency in government. Jose Belo says his words have not translated into action to deal with the growing problem.

BELO: Until today is very, very little action has been taken to investigate these cases, and I am apessimist - I'm very, very pessimistic that Xanana will be taking these actions against these ministers.

MARCH: The Prime Minister is developing a new anti-corruption commission. The government hopes it will start functioning in 2009. Mario Carrascalao says it would be impossible to eradicate corruption entirely, but has high hopes the commission will make a big difference.

CARRASCALAO: I believe in one year, two years, corruption will come to a level. It will never be acceptable, but a level that would be reasonable for a country just like ours that doesn't have skilled people and even without mechanism to prevent corruption to happen.

Governo garante que relatório "confidencial" sobre "anarquia" no país "não partiu da ONU"

Lisboa, 26 Dez (Lusa) - O Governo de Timor-Leste garantiu hoje que o relatório publicado terça-feira na imprensa australiana, que fala de um país em situação de "anarquia" e com o poder político dividido, não partiu das Nações Unidas (ONU).

O jornal The Australian divulgou na sua edição de terça-feira o conteúdo de um alegado relatório "confidencial" da ONU, que alerta para o facto de a situação de "anarquia" em que se encontra Timor-Leste poder resultar na reedição dos distúrbios que dividiram o país em 2006.

O referido relatório fala de forças de segurança "disfuncionais", um sistema de justiça "caótico" e um poder político "dividido", acrescentando que o país apresenta "funestos" problemas sociais e uma economia em "queda livre".

"O alegado relatório não partiu da ONU e trata-se, mais uma vez, de se alimentarem especulações, com outros interesses, tendo como finalidade atingir determinados objectivos: políticos, económicos e geoestratégicos", refere um comunicado do gabinete do primeiro-ministro de Timor-Leste.

No comunicado, o gabinete de Xanana Gusmão considera que a publicação da notícia não passa de uma "campanha de desinformação" e destaca a avaliação "positiva" da evolução da situação em Timor-Leste feita por organizações internacionais como a UNPOL, ISAF e a missão da ONU em Timor-Leste (UNMIT).

"De acordo com UNMIT a situação interna em Timor-Leste (2008) é perfeitamente normal", adianta o comunicado.

Após a notícia do The Australian, o representante especial interino do Secretário-Geral da ONU para Timor-Leste, Finn Reske-Nielsen, esclareceu quarta-feira, em comunicado divulgado no site da UNMIT, que a situação no país "é calma e pacífica".

"As ruas de Díli e o resto do país estão calmos e pacíficos. Tem havido avanços sólidos na governação democrática e no respeito pelos Direitos Humanos. O Parlamento está a exercer o seu papel de uma maneira cada vez mais activa e o diálogo entre os partidos políticos sobre questões de importância nacional é robusto e construtivo", disse Finn Reske-Nielsen.

Mostrou-se ainda satisfeito com a evolução da situação política e de segurança no território.

"Do ponto de vista da UNMIT, podemos dizer claramente que estamos muito contentes com o progresso que foi feito em Timor em 2008", sublinhou.

Relativamente às falhas apontadas no referido relatório, o gabinete de Xanana Gusmão garante que existe "funcionalidade entre as estruturas policiais" e que o país vive em condições de estabilidade e segurança "normais".

O comunicado refere ainda que a existência de problemas judiciais não é exclusiva de Timor-Leste e que as divergências políticas são "naturais em democracia" e "não contribuirão para uma eventual anarquia".

Adianta ainda que a crise financeira tem afectado todo o mundo e que "o Governo de Timor-Leste criou um Fundo de Estabilização Económica (FEE) para responder à crise actual e a outras que eventualmente a sucedam".

CFF/SB.

Lusa/Fim

Mais um caso de corrupção

Comentário na sua mensagem "AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ, OU O EFEITO BUMERANGUE –...":

Gostaria de aproveitar este blog para fazer uma denúncia:

Trata-se da escandalosa circular que foi posta pelo Ministro NE Zacarias no Ministério dos Negócios Estrangeiros a solicitar que todas as passagens aéreas têm que ser compradas numa agência de viagens cujo custo é, em geral, 3 VEZES SUPERIOR ao valor do mercado e das outras agências de viagem porque, alegadamente, oferece melhor serviço... O mais engraçado desta história é que, por coincidência (ou não…), o Sr. Ministro Zacarias é um dos proprietários desta agência de viagens!!!
Dou um exemplo muito simples: numa visita oficial ao Irão o custo, no mercado, de um bilhete de avião é de aproximadamente 2000USD enquanto o mesmo bilhete adquirido na agência de viagens do nosso Exmo. Ministro custou 6000USD! Agora multipliquem este valor pelo número de membros da comitiva e tentem saber quantas viagens o MNE faz por ano.
Como cidadão timorense não deixo manifestar a minha preocupação porque, enquanto o nosso povo sofre de fome e miséria, com elevadas taxas de mortalidade infantil, alguns líderes esbanjam o nosso precioso dinheiro para, no final, terem benefício próprio. Poderá dizer-se que é mais um dos casos de “abuso de poder”, “tráfico de influências “, “má gestão do dinheiro público”, “concorrência desleal”, etc. Já nem falo de corrupção (embora já esteja na “boca do povo” que este governo é muito corrupto…) porque queria acreditar que não há corrupção em Timor-Leste.

Contestem! Investiguem! Que se faça justiça!

NOTA:

A agência de viagens chama-se Mega Tours e confirmamos que o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Presidente do PSD, Zacarias da Costa é um dos sócios.

E a isto chama-se CORRUPÇÃO.

PETIÇÃO ONLINE "JUSTIÇA PARA TIMOR-LESTE

Fábrica dos Blogs

Caros amigos

Considerando a importância desta Petição Online, referente a Timor-Leste e aos crimes cometidos pelos militares indonésios e milícias ao seu serviço, vimos solicitar a sua divulgação pelo maior espaço de tempo possível e em local privilegiado das vossas publicações – blogues ou outras.

Gratos pela atenção dispensada

António Veríssimo, da Fábrica dos Blogs

Nota: Sugerimos texto complementar que sendo de vossa concordância e vontade poderá ser aproveitado e/ou adaptado na vossa publicação.


PETIÇÃO ONLINE "JUSTIÇA PARA TIMOR-LESTE

JULGAR OS CRIMES CONTRA A HUMANIDADE EM TIMOR-LESTE

Finalmente surgiu a petição que já há muito tempo devia ter sido elaborada pela comunidade internacional e, principalmente pelo mundo lusófono, uma petição dirigida ao Secretário-Geral da ONU para que sejam julgados os crimes contra a humanidade em Timor-Leste, crimes cometidos durante a invasão e ocupação indonésia em Timor-Leste, um período de 24 anos em que centenas de milhares de timorenses foram devastados pelos militares, para-militares e civis indonésios sem que até ao momento justiça tenha sido feita.

Como não podia deixar de ser, os cidadãos do mundo, organizações justas, por não verem a sua vontade e noção de justiça devidamente representados na ONU, por este ou anteriores SG, tomam a iniciativa de exigir que algo seja feito para punir os criminosos.

ASSINEM A PETIÇÃO

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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