sábado, fevereiro 14, 2009

GNR prepara reforma da polícia timorense

RR
13-02-2009 7:41

Dois oficiais da GNR partem no sábado para Timor-Leste, com o objectivo de estudar a reforma da polícia nacional daquele país.


É a resposta do Governo português a um pedido expresso do Presidente timorense, Ramos Horta, que está convencido de que o modelo de polícia civil imaginado no pós-independência não é o mais indicado para Timor.

Ramos Horta pretende agora uma polícia organizada num modelo semelhante ao da GNR e foi isso que pediu ao Governo português.

Os dois oficiais têm seis meses para traçar um plano, que terá depois um prazo de execução de cinco anos.

O trabalho dos dois militares é autónomo face aos outros 140 se encontram em Timor-Leste – e, ao que tudo indica, lá vão continuar por mais um ano – integrados na missão das Nações Unidas.


MG/Celso Paiva

1 comentário:

Anónimo disse...

A "polícia" timorense já foi "reformada" não sei quantas vezes.

Parece que certas pessoas ainda não perceberam que o problema não está no "modelo de polícia", mas na maneira como este (não) é posto em prática.

Com a agravante de a corrupção, as cumplicidades, as amizades, os conhecimentos, as trocas de favores, etc, minarem completamente qualquer tentativa séria de pôr de pé o edifício da PNTL.

Não preciso de lembrar o transporte de amigos/familiares/animais nas viaturas da polícia, as corridas a alta velocidade pelas ruas de Dili, o encandeamento dos motoristas com os faróis nos máximos, de noite, os comentários ordinários para quem se atreva a reclamar, a total indisciplina e impunidade, etc.

Isso só as autoridades timorenses podem corrigir.

Seis meses? Se nada for mudado internamente, nem em 60 anos. No entanto, desejo boa sorte aos oficiais da GNR que responderam "SIM" ao apelo.

Uma última nota: o "modelo semelhante ao da GNR" é uma força de segurança militar (à semelhança das suas congéneres europeias "Gendarmerie" e "Carabinieri") e não civil. Parece-me que isso entra em contradiçao com o próprio conceito da PNTL. Como solucionar este problema? Criar uma polícia completamente nova, da estaca zero? Como resolver a compatibilidade com as FDTL de uma tal polícia?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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